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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 494 - 4 de Dezembro de 2016

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 


A seu modo...


Em artigos anteriores comentamos sobre a utilidade da obra Jesus no Lar, do Espírito Neio Lúcio, no culto do Evangelho doméstico. Porque é o exato método de atrair ao nosso modesto ambiente familiar a presença do Mestre, em diálogo íntimo, como acontecia há dois milênios nas suas reuniões com os Apóstolos e círculo mais próximo de seguidores e presenteava pela primeira vez a humanidade com instruções de luz, para todos os séculos vindouros.

Nessa última semana, o texto oferecido em nosso culto particular, sob a tutela dos mentores queridos, foi O Poder das Trevas*. Resumidamente, o Mestre ensina a um dos seguidores sobre os métodos que os Espíritos decaídos utilizam para enfraquecer as iniciativas dos mais fortalecidos nas práticas benfeitoras que favorecem o mundo.

O chefe daqueles domínios sombrios instrui seu preposto no sentido de agir junto ao que resiste aos ataques das sombras enfraquecendo a sua autoestima. Convencendo-o de que é um reles zero à esquerda no universo, sem nenhuma importância, e que presunção grande é supor que pode significar ou praticar algo relevante para a vida. Assegurar à vítima dos seus atos infelizes que ele nada representa no contexto geral da existência, e que presumir o contrário é incorrer em risível arrogância. Assim – assegurava o chefe ao aprendiz dos desenganos – atingiriam o propósito de enfraquecer em definitivo o ânimo daquele resistente trabalhador do bem, retirando-o de campo, para atingirem mais facilmente seus objetivos mesquinhos e prejudiciais aos cenários terrestres.

Mais uma vez, na prática do Culto no Lar, fui presenteada com excelente e oportuno ensinamento!

Em quantas situações não nos flagramos, em instantes de cansaço extremo, com esses pensamentos desalentadores boiando em nossas mentes?

De que adianta tanto esforço, se o resultado não se faz visível? Pior – aparenta muitas vezes não surtir efeitos, ou surtir pouco, na ordem geral das poderosas engrenagens cotidianas, contribuidoras dos panoramas caóticos que todos presenciamos!

Em quantas ocasiões não nos imaginamos, de fato, pequenos demais, ínfimos demais, e pretensiosos, com nosso eventual entusiasmo de contribuir para algum tipo de melhoria na vida, em esforços que se mostram quase sufocados, invisíveis, estiolados debaixo da avalanche diária de preocupações que nos asfixiam os propósitos?

A lição do Mestre é clara. O trabalhador bem-disposto da parábola, ao fim de tudo, sucumbe às insinuações insidiosas, e termina a vida em desalento completo, estagnando-se em letargia improdutiva – para só despertar na ocasião da desencarnação, recordando a realidade de que a mais majestosa das árvores começa sempre na semente humilde sob o solo, mais à frente desabrochada no broto tenro, depois de vencer paulatinamente os obstáculos ríspidos do solo rasteiro.

Portanto, não poderemos nos esquecer em nenhum momento da lição, enquanto vivenciamos a passagem rápida dos dias na materialidade terrena.

Não importa como! Mas deve-se manter, na prática, as melhores intenções no dia a dia. A seu modo – sem se deter por julgamentos alheios, críticas infelizes, ingratidão, incompreensão, desprezo, ironias ou desdéns.

Sustentemos o foco. Não importa em que lugar frequentado, se no ambiente do lar ou do trabalho profissional, nas ruas, no lazer, nos períodos de descanso. À primeira ideia insidiosa infiltrando-se no campo mental em razão de reações negativas dos que nos cercam, ou como resultado de ideias estranhas, sorrateiramente sussurradas em nossa atmosfera psíquica, recordemo-nos da semente, e não amesquinhemos a importância da colaboração humilde de cada ser para o sucesso da expansão da Luz, em quaisquer lugares onde a vida se faça presente.

Devemos desistir das comparações; das referências equivocadas de valor, vigentes nas ilusões da materialidade sufocante das qualidades luminosas do Espírito.

Um gesto de solidariedade prestado anonimamente a quem quer que sofra, na passagem oculta dos minutos; um auxílio doméstico a quem se vê vencido pelo cansaço; uma informação de boa vontade ao transeunte perdido nas vias públicas. Um abraço, ou o silêncio de compreensão a quem precisa do desabafo, em desalento. O carinho nos filhos, no animal de estimação. A colaboração material e espiritual aos mais deserdados da sorte, não importa!

Nada disso, perante os paradigmas da Luz, é destituído de valor, e menor em importância frente ao considerado como os grandes feitos nos cenários materiais terrenos.

Efetivamente, a posse de um cargo de poder mal-empregado em favor dos agrupamentos numerosos das populações será equívoco de lastimáveis consequências, e de cobrança pesada e certa pelas leis exatas da vida – em contrapartida à diligência cônscia de um sem-número de mães e pais desconhecidos que, na agitação frenética da manutenção da sobrevivência de cada lar, ainda encontram tempo para o diálogo diário amoroso e instrutivo com os filhos. Para o carinho, para a amizade com o próximo; para o sorriso, o humor, e o calor humano, passíveis de produzir melhorias milagrosas na multiplicidade das ocorrências de sofrimento existentes nos recantos desconhecidos do mundo!

Afinal, cada componente grandioso desta mesma vida material só se consolida na Terra pelo concurso importante dos átomos humildes, presentes no imenso corpo da Criação.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita