Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno
de Miranda
(Parte 15)
Damos sequência
ao estudo metódico
e sequencial do
livro Sexo e Obsessão,
obra de
autoria de
Manoel Philomeno
de Miranda,
psicografada por
Divaldo P.
Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões
preliminares
A. Sintonizando
em faixa mental
mais elevada,
que providência
adotou o padre
Mauro?
Ao captar a
presença do
Mentor, que se
lhe apresentava
como um Anjo da
Guarda,
socorrendo-o
naquele momento
crucial da sua
existência,
Mauro buscou uma
singela capela,
desprovida de
adereços e
quinquilharias,
ajoelhou-se,
porejando suor
por todo o
corpo, fechou os
olhos e abriu o
Evangelho. O
Benfeitor
conduziu-lhe os
dedos aos
momentos que
precederam o
arbitrário
arrastamento de
Jesus na direção
dos Seus cruéis
algozes. O texto
assinalava a
estada do Mestre
no Horto das
Oliveiras em
plena agonia.
Mauro nublou os
olhos com
lágrimas
sinceras de
arrependimento e
começou a ler,
mergulhando
profundamente o
pensamento,
talvez pela
primeira vez, no
conteúdo incomum
e sublime
daqueles
instantes de dor
e de rudes
angústias do
Condutor a Quem
buscava servir.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
B. Envolvido
pelo sentimento
decorrente do
seu sincero
arrependimento,
que decisão o
padre tomou em
seguida?
Primeiro,
experimentou um
grande
sofrimento, um
abatimento
íntimo como
nunca sentira
antes, passando,
na sequência, a
considerar a
magnitude
infeliz dos seus
atos.
Resolveu-se,
então, a mudar
de vida,
custasse o que
custasse.
Decidiu buscar a
confissão com o
seu Bispo,
narrar-lhe tudo,
rogar-lhe
auxílio e
perdão,
misericórdia e
oportunidade.
Estava, sim,
disposto a
recomeçar longe
dali, distante
do lugar da
escravidão, em
campo novo,
abrindo o
coração a Deus e
ao serviço em
favor da
Humanidade.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
C. Os
benfeitores
espirituais
participam
também das
atividades de
atendimento
fraterno
realizadas na
casa espírita?
Sim. Na
Instituição onde
estavam
albergados, o
serviço de
atendimento
fraterno reunia
duas equipes:
uma constituída
por Entidades
generosas e
trabalhadoras e
a outra pelos
companheiros que
militavam na
Casa Espírita.
Eles haviam
recebido
treinamento
espírita e
psicológico e,
periodicamente,
eram
reavaliados,
reciclados, de
modo que
pudessem
cooperar com
bondade e
discernimento
doutrinário em
favor dos muitos
sofredores que
buscavam
orientação. Em
ambos os planos
de atividade
havia um
responsável que
se encarregava
de orientar cada
candidato, de
forma que tudo
transcorresse em
harmonia e os
resultados
fossem os
melhores
anelados. As
pessoas que
desejavam
orientação eram
reunidas em uma
sala ampla, na
qual recebiam
esclarecimento
espiritual,
mediante a
leitura e
comentários de
uma página
espírita e
recebiam passes
coletivos.
Posteriormente,
aqueles que
desejassem
informações mais
profundas eram
levados a
diversas salas,
nas quais
recebiam
atendimento
pessoal,
discreto e
carinhoso.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
Texto para
leitura
70. Mauro
consegue mudar a
sintonia mental
– Sensível ao
registro de
inspiração
espiritual, pois
que, por muito
tempo, a recebia
com frequência
de Entidades
perversas,
agora, mudando o
direcionamento
mental ao
sintonizar em
faixa mais
elevada, o padre
Mauro conseguia
captar a
presença do
Mentor, que se
lhe apresentava
como um Anjo da
Guarda,
socorrendo-o
naquele momento
crucial da sua
existência.
Buscou uma
singela capela,
na imensa
Igreja,
desprovida de
adereços e
quinquilharias
de que não
necessita a
memória dos
Espíritos
nobres, dedicada
a um santo que
parecia socorrer
os desesperados,
ajoelhou-se,
porejando suor
por todo o
corpo, fechou os
olhos e abriu o
Evangelho. O
Benfeitor
conduziu-lhe os
dedos aos
momentos que
precederam o
arbitrário
arrastamento de
Jesus na direção
dos Seus cruéis
algozes. O texto
assinalava a
estada do Mestre
no Horto das
Oliveiras em
plena agonia.
Mauro nublou os
olhos com
lágrimas
sinceras de
arrependimento e
começou a ler,
mergulhando
profundamente o
pensamento,
talvez pela
primeira vez, no
conteúdo incomum
e sublime
daqueles
instantes de dor
e de rudes
angústias do
Condutor a Quem
buscava servir.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
71. O
padre decide
mudar de vida
– Ele demorou-se
em cada frase,
perscrutou o
sentido oculto
de cada palavra,
estabeleceu
pontes com a sua
conduta,
recordando-se do
Mestre que lhe
dera a vida,
enquanto
permanecia
adormecido na
escabrosidade
moral.
Experimentou um
grande
sofrimento, um
abatimento
íntimo como
nunca sentira
antes. Passou a
considerar a
magnitude
infeliz dos seus
atos e
resolveu-se,
custasse-lhe o
que fosse, mudar
de vida. Pensou
em buscar a
confissão com o
seu Bispo,
narrar-lhe tudo,
rogar-lhe
auxílio e
perdão,
misericórdia e
oportunidade.
Estava, sim,
disposto a
recomeçar longe
dali, distante
do lugar da
escravidão, em
campo novo,
abrindo o
coração a Deus e
ao serviço em
favor da
Humanidade.
Estavam em feliz
prosseguimento
os planos
delineados,
quando o irmão
Anacleto
convidou Miranda
e os demais
amigos a outras
atividades,
deixando o
paciente
entregue a si
mesmo e às suas
reflexões, pois
que ele
necessitava,
mais do que
nunca, de
ouvir-se, de
sentir o
coração, de
despertar para
novos
compromissos, e
esse trabalho
deveria ser
exclusivamente
seu. A mãezinha
vigilante e
quase feliz,
assessorava o
filho envolta em
vibrações de
grande ternura.
Simultaneamente
ocorreu-lhe
pensar na
situação do
marido desditoso
que lhe
infelicitara o
filho. É certo
que, após muitos
atritos que
mantiveram no
reduto
doméstico, ele
houvera
abandonado a
família, e logo
depois
desencarnara,
sem que ela
houvesse tomado
conhecimento da
forma como
sucedera o seu
desenlace. Ao
chegar ao mundo
espiritual,
tomando
conhecimento das
aflições do
filho, passara a
assisti-lo,
buscando evitar
que sucumbisse
totalmente à
ação do Mal. Mas
o companheiro,
indigno e
doente, só agora
lhe voltara ao
pensamento. Por
onde andaria
Heraldo, o
indigitado
esposo e genitor
cruel? Ele
também merecia
misericórdia e
compaixão. Fora
o intermediário
físico do filho
por ela muito
amado, e era
também criatura
de Deus,
portanto credor
de carinho e de
amor. (Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
72.
Atendimento
fraterno na casa
espírita
– O dia
alargou-se,
facultando a
Miranda e seus
amigos ampliar
os compromissos
que lhes diziam
respeito. A
Instituição onde
estavam
albergados
mantinha um
vasto programa
de assistência
espiritual às
criaturas, além
da ação da
caridade ali
exercida sob
vários aspectos,
realizando,
concomitantemente,
um bem
programado
serviço de
atendimento
fraterno a
quaisquer
pessoas que se
apresentassem
com
necessidades,
buscando ajuda.
O irmão Anacleto
convidou-os a
acompanhar a
faina dos
obreiros
devotados à
caridade de
iluminação de
consciências e
de
direcionamentos
para o
equilíbrio, para
a saúde, para a
recuperação da
paz. A atividade
reunia duas
equipes: uma
constituída por
Entidades
generosas e
trabalhadoras e
a outra pelos
companheiros que
militavam na
Casa Espírita.
Haviam recebido
treinamento
espírita e
psicológico e,
periodicamente,
eram
reavaliados,
reciclados, de
modo que
pudessem
cooperar com
bondade e
discernimento
doutrinário em
favor dos muitos
sofredores que
buscavam
orientação. Em
ambos os planos
de atividade
havia um
responsável que
se encarregava
de orientar cada
candidato, de
forma que tudo
transcorresse em
harmonia e os
resultados
fossem os
melhores
anelados. As
pessoas, que
desejavam
orientação, eram
reunidas em uma
sala ampla, na
qual recebiam
esclarecimento
espiritual,
mediante a
leitura e
comentários de
uma página
espírita e
recebiam passes
coletivos.
Posteriormente,
aqueles que
desejassem
informações mais
profundas eram
levados a
diversas salas,
nas quais
recebiam
atendimento
pessoal,
discreto e
carinhoso.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
73. Uma
dama aturdida
– O gentil
Instrutor
sugeriu a
Miranda
acompanhar uma
dama que chegara
aturdida e
apresentando um
quadro obsessivo
bem
caracterizado.
Havia
participado da
primeira parte
do atendimento e
agora deveria
receber a
orientação que
buscava. Uma
senhora de
aspecto gentil,
aureolada por
nívea claridade
que dela se
desprendia,
recebeu-a
gentilmente,
deixando-a à
vontade para o
cometimento.
Inspirando-a,
encontrava-se
uma Entidade
afável. Sem
ocultar o
desespero que a
inquietava, a
dama foi direto
ao drama
existencial,
elucidando:
“Nada conheço
sobre o
Espiritismo. Faz
muito tempo que
me afastei de
Deus, já que a
religião que
esposava não
fora capaz de
iluminar-me
interiormente,
ensejando-me a
paz que tanto
busco.
Desculpe-me,
pois, se não
souber como
conduzir-me
nesta
entrevista, que
realizo por
primeira vez”. A
atendente
fraterna sorriu,
explicando-lhe:
- “Esteja à
vontade, sem
qualquer
preocupação.
Afinal, aqui
estou como sua
amiga,
propondo-me a
ouvi-la com
interesse e
apresentar-lhe
as respostas que
o Espiritismo
possui para os
vários dramas
humanos,
naturalmente
incluindo aquele
que a aflige”.
Ainda ofegante,
resultado da
constrição de
que era vítima
habitual do seu
perseguidor
desencarnado,
que se lhe
afastara quando
da dissertação
ouvida e dos
passes coletivos
que haviam sido
aplicados,
esclareceu:
“Minha vida tem
sido um
verdadeiro
inferno. Seja
sob o aspecto
sentimental,
econômico,
social, com a
saúde
alquebrada,
insônia e mil
tormentos que me
encarceram na
revolta,
tornando-me
insuportável em
casa, no
trabalho, e
principalmente
comigo mesma;
esses problemas
alteraram
completamente o
meu
comportamento...”
E logo
acrescentou:
“Alguém, que se
diz médium,
informou-me que
estou obsidiada,
e sugeriu-me que
aqui viesse, a
fim de conversar
com o senhor
Ricardo, que é
um grande
vidente e me
poderá
auxiliar”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
74.
Importância da
oração e da
vigilância
– A mulher
alongou-se em
mais algumas
explicações
desnecessárias,
sem qualquer
fundamento, e
perguntou o que
deveria fazer. A
atendente sorriu
com bondade, e
passou a
explicar-lhe: “O
nosso irmão
Ricardo, ante a
impossibilidade
de atender a
todos que lhe
desejam falar,
recebe somente
aqueles casos
mais graves,
após uma triagem
que fazemos os
atendentes
fraternais”.
“Felizmente,
estamos em
condições de
atendê-la,
acalmando-a e
diminuindo-lhe o
impacto da
informação que
recebeu.” A
mulher então
perguntou se era
verdade que os
Espíritos maus
estavam com ela,
conforme lhe
havia dito a
médium. “Todos
nós - esclareceu
a gentil
atendente -
vivemos cercados
pelos Espíritos.
Eles são os
habitantes do
mundo fora da
matéria, como
você
compreenderá,
porque são as
almas das
criaturas que
viveram na
Terra, agora
desvestidas da
indumentária
material. De
acordo com os
nossos
pensamentos
atraímos aqueles
que nos são
semelhantes, ou
sofremos os
efeitos dos atos
que praticamos
na atual
existência ou em
outras que já
tivemos. O
Espírito viaja
através de
várias
experiências
corporais,
colhendo na
atual as
realizações boas
ou inditosas que
defluem da
anterior, assim
desenvolvendo os
valores que lhe
dormem
internamente e
avançando no
rumo da
felicidade.” Na
sequência, ela
explicou à
consulente que a
reencarnação é o
processo de
evolução mais
compatível com a
Justiça de Deus,
que a todos nos
criou simples e
ignorantes,
facultando o
crescimento
conforme o
livre-arbítrio
de cada um na
direção da
plenitude que a
todos nos
aguarda. E
aduziu: “Não
diria que a
minha amiga e
irmã é uma
obsidiada... De
certo modo,
todos o somos,
porque momentos
há em nossas
vidas em que o
desequilíbrio
nos toma conta,
e atraímos
Espíritos
ociosos,
perversos,
vingativos, dos
quais não
sabemos como
libertar-nos.
Há, porém, um
método
irrefragável
para
conseguirmos o
êxito em
qualquer
situação, que é
o da oração e
vigilância,
recomendado por
Jesus para
todos. Acredito,
sim, que você
vem agindo sob
inspiração
perturbadora,
como é natural,
face aos muitos
problemas que
relata, mas isso
não a deve
afligir, porque
se encontra onde
poderá receber
reforço de
coragem e
recursos para a
libertação”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
(Continua no
próximo número.)