A
primeira pedra
Há, sim, muitos
companheiros
errados.
Ninguém nega.
Esse, que te
protegia a
confiança,
desabou, à
maneira de
tronco pesado,
sobre a
plantação, ainda
frágil, de tua
fé.
O outro, que te
parecia
invulnerável no
desassombro,
acovardou-se e
fugiu.
Conheceste os
que pregavam
generosidade,
agarrando-se à
avareza, e
notaste os que
falavam em
virtude, a
tombarem no
vício.
Situavas a fonte
do consolo em
vários amigos
que acabaram no
desespero e
recolhias
orientações de
outros tantos,
que se afundaram
na corrente das
sombras, quais
barcos à matroca.
Em muitos casos,
trocaste
entusiasmo por
desalento e
admiração por
repugnância.
Diante de
semelhantes
problemas, é
natural te
sintas entre a
mágoa e a
revolta.
No entanto,
entra no
santuário de ti
mesmo procurando
compreender a
nossa obrigação
de auxiliar e
servir, e
reflete nas
exigências da
evolução.
Coloca-te no
lugar da
criatura em
dificuldade e
enumera quantas
vezes tens sido
providencialmente
auxiliado, para
não caíres em
tentação.
Medita nas horas
em que os
pensamentos
infelizes te
dominam a alma;
nos momentos em
que tropeças e
cais; nas
ocasiões em que
te enganas e
sofres; nos
instantes em que
lastimas as
faltas que não
desejarias
cometer; e se te
sentes longe da
possibilidade de
errar e
integralmente
livre de toda
culpa, poderás,
então, ouvir, de
novo, a Lição de
Jesus e atirar a
primeira pedra.
Do livro
Canais da Vida,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
|