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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 495 - 11 de Dezembro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 16)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Ouvir mais, falar menos. Isso é importante no atendimento fraterno realizado na Casa Espírita?  

Sim. Era o que se via no trabalho de atendimento descrito neste livro por Manoel Philomeno de Miranda, no qual não existia interrogatório nem ficha de identificação na qual se anotassem os dramas das pessoas aflitas, desnudando-as aos olhos estranhos e deixando-lhes as confidências por escrito, para futuros estudos ou mesmo comentários, nem sempre felizes. Tudo ali ocorria de forma natural, conforme as disposições do pensamento espírita, que respeita a vida interior das criaturas. Além disso, o atendente fraterno buscava mais ouvir que falar, orientando o consulente mediante a contribuição do Espiritismo e evitando emitir suas próprias conclusões, bem como o que se convencionou denominar como achismo, mediante o qual se opina sem conhecimento de profundidade a respeito de tudo. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

B. Qual é, exatamente, a função do atendimento fraterno na Casa Espírita?  

Segundo Manoel Philomeno, a função do atendimento fraterno na Casa Espírita não é a de resolver os problemas das pessoas que vão em busca de socorro, mas a de orientá-las à luz da Doutrina Espírita para que cada uma encontre por si mesma a melhor solução. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.)

C. Como nós espíritas entendemos – ou deveríamos entender – a morte?   

A resposta a esta pergunta não é difícil para quem acredita na imortalidade da alma: a morte corpórea não é o fim da vida, mas o começo de uma nova etapa da Eternidade... São felizes aqueles que retornam à Pátria, após cumprida a tarefa na Terra, seja qual for o mecanismo da desencarnação, exceto, evidentemente, se a pessoa contribuiu direta ou indiretamente para que o fato se dê. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

Texto para leitura 

75. No atendimento fraterno, ouvir mais, falar menos – A atendente, mantendo-se serena e envolvendo a dama em vibração de simpatia e de paz, disse-lhe: “Sugiro-lhe que leia O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, a fim de encontrar conforto moral e paciência para os enfrentamentos do cotidiano. A sua leitura lhe fará um grande bem, em razão dos esclarecimentos que lhe proporcionará e das diretrizes necessárias à sua paz interior e, portanto, a uma vida feliz. Igualmente proponho-lhe a terapia bioenergética, isto é: os passes, como aconteceu há pouco, antes da nossa conversação, com o que se fortalecerá para as lutas e os desafios. Por fim, sendo-lhe possível, venha conhecer as nossas reuniões de palestras e estudos do Espiritismo, nas quais adquirirá conhecimento para libertar-se não apenas dessa Entidade que a aturde, como também para auxiliar outras pessoas que se encontram na mesma situação aflitiva”. Dito isso, ela respondeu a outras indagações feitas pela senhora, que saiu dali renovada. O Mentor espiritual da atividade anotou os dados da consulente, e entregou-os a um membro da equipe de visitadores desencarnados, a fim de que oferecesse a assistência conveniente à dama, conforme a sua receptividade ao que lhe fora informado. Manoel Philomeno notou que não fora necessário ali um interrogatório, que resulta dos atavismos religiosos do passado, nas incoerentes confissões auriculares, agora sob disfarce de estatística para futuros resultados; não havia ficha de identificação, na qual se anotassem os dramas das pessoas aflitas, desnudando-as aos olhos estranhos e deixando-lhes as confidências por escrito, para futuros estudos ou mesmo comentários, nem sempre felizes. Tudo era natural, conforme as disposições do pensamento espírita, que respeita a vida interior das criaturas. Outro ponto importante: o atendente fraterno buscava mais ouvir que falar, orientando mediante a contribuição do Espiritismo, evitando as próprias conclusões e o que se convencionou denominar como achismo, mediante o qual se opina sem conhecimento de profundidade a respeito de tudo, apoiado no que se acha, no que se pensa, no que se conclui, nem sempre corretamente. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

76. Relacionamento sexual desequilibrado – Manoel Philomeno acompanhou em seguida um outro atendimento no qual uma senhora casada expôs o seguinte problema: “Sou casada há, mais ou menos, dez anos, e sempre mantive um relacionamento sexual equilibrado com o meu marido. Não me sentia plena, realizada, em nosso intercâmbio íntimo, mas pensava que era assim mesmo. As minhas amigas sempre me relatavam suas dificuldades, e resignei-me. Ultimamente, porém, percebo que o meu esposo se vem corrompendo muito, entregando-se a viagens mentais e visitas a motéis, acompanhando filmes eróticos e pornográficos, e exigindo-me uma conduta semelhante, o que me ultraja”. Feita pequena pausa, ela continuou: “Agora, tornou-se-me insuportável o seu assédio, exigindo-me compartilhar das aberrações que vê nos filmes de prostituição e vulgaridade, o que me aterroriza, produzindo-me reações de ódio e nojo em relação a ele, a quem sempre amei. Não o desejo perder, mas sinto que, se não ceder às suas exigências descabidas e mórbidas, ele me abandonará. Que hei de fazer?” A atendente meditou por alguns instantes e respondeu-lhe com brandura: “Este é, realmente, um momento muito importante para a preservação do seu matrimônio. Vivemos um período de perversões vis em nossa sociedade, que se vêm generalizando assustadoramente. O sexo tornou-se objeto de perturbação e de infelicidade. O matrimônio, no entanto, é um contrato social e moral, de resultados espirituais, unindo duas pessoas pelos laços do amor, a fim de edificarem a família, não podendo transformar-se em bordel de excentricidades profissionais. O companheiro, de acordo com a sua narração, encontra-se doente, e necessita de terapia com um sexólogo, a fim de refazer conceitos e reencontrar o equilíbrio a fim de prosseguir feliz no lar. Não me cabe dizer-lhe o que deve fazer, neste momento, pois que seria assumir a responsabilidade da sua futura atitude. Cada um de nós tem a liberdade de pensar e agir conforme seja melhor para o próprio entendimento. Os resultados, porém, virão inevitavelmente, e cada qual se verá a braços com o que haja desencadeado, num campo saudável ou num terreno ingrato... Não obstante, seria de bom alvitre que a amiga convidasse o esposo a uma conversação serena, explicando-lhe a questão conjugal sob o seu ponto de vista, informando-o sobre as suas reações e anseios, suas necessidades afetivas, que nada têm a ver com os comportamentos doentios ora em voga. Enquanto isso, indico-lhe a oração como recurso autoterapêutico que a fortalecerá para resistir às inconvenientes e descabidas exigências, mantendo-se serena e amando o companheiro, momentaneamente desajustado". (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

77. Função do atendimento fraterno – Quando a atendente concluiu sua sugestão, a mulher perguntou-lhe, aflita: “E se ele não concordar? Perdê-lo-ei ou cederei?” Mantendo a calma e a amabilidade, a atendente respondeu: “Isso dependerá da sua estrutura emocional, dos seus valores morais, da sua constituição espiritual. Ninguém lhe poderá dizer o que fazer, nessa situação delicada. Pense, amadureça reflexões e estude O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, que lhe propiciará a visão correta dos fatos e da vida. Esse é um livro de conforto moral e espiritual. No entanto, considerando a sua claridade intelectual, seria útil a leitura de O Livro dos Espíritos, do mesmo Autor, que lhe dará dimensão do que é a vida e como deveremos experienciá-la na busca da plenitude, explicando-lhe as razões dos acontecimentos no dia a dia e dos dramas existenciais que tanto nos afligem”. A dama, sinceramente confortada, que também fora beneficiada pelos fluidos do Espírito amigo que inspirava a atendente fraterna, pediu licença para abraçá-la, agradecendo com palavras repassadas de ternura. Outro Espírito gentil, que anotou o nome e o endereço da senhora, acompanhou-a na saída da sala. Comentando o fato, Manoel Philomeno afirma que, realmente, a função do Atendimento fraterno, na Casa Espírita, não é a de resolver os problemas das pessoas que vão em busca de socorro, mas a de orientá-las à luz da Doutrina Espírita para que cada uma encontre por si mesma a melhor solução. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

78. A morte não é o fim da vida – Na sequência, um casal de meia idade, assinalado pela amargura da face e a debilidade orgânica, acercou-se de um respeitável cavalheiro que aguardava o próximo consulente. Percebendo a angústia de ambos, que se mantinham silenciosos e trêmulos, o atendente indagou, afável: “Em que lhes poderei ser útil? Posso imaginar a dor que os alanceia, em razão da aflição refletida nos seus rostos”. Isso foi o suficiente para ambos se deixarem dominar pelas lágrimas. Veio em seguida a explicação: “Perdemos o nosso filho único. A morte arrebatou-o em um acidente cruel, deixando-nos desalentados e sem razão para continuar a viver. Somente encontramos alívio pensando em morrer, porque a vida perdeu totalmente o sentido. Desejamos falar com o irmão Ricardo, para tentarmos saber se o nosso filho continua vivo, se pensa em nós, onde e como se encontra. Será possível?” O atendente disse que sim, mas observou: “Antes, porém, permito-me informá-los que ninguém perde um ser querido, quando arrebatado pela morte. A morte não é o fim da vida, antes é o começo de uma nova etapa da Eternidade... Recordem-se de Jesus, morrendo na Cruz, e da angústia de Sua Mãe. Logo após, no entanto, três dias, ei-lo de volta, ressurrecto e vivo, triunfante ao túmulo e afetuoso como sempre. Pensem nEle e entreguem-lhe o filho que, antes de lhes pertencer, o é também de Deus, o Pai de todos nós. Posso afiançar-lhes que ele está bem, caso o acidente de que foi vítima não haja sido resultado de imprudência ou desequilíbrio. Sempre quando ocorre algo dessa magnitude, estamos diante do efeito de algum ato muito grave, cuja causa está no ontem próximo, nesta existência, ou remoto, em outra reencarnação... Desse modo, são felizes aqueles que retornam à Pátria, após cumprida a tarefa na Terra, seja qual for o mecanismo da desencarnação, conforme nós, os espíritas, denominamos a morte, que independeu do viajante espiritual querido”. Depois de confortar por alguns minutos o casal sofrido, encaminhou-o ao atendimento especializado através do irmão Ricardo. Mas, enquanto dialogavam, o Espírito responsável pelo atendente aplicou-lhes, em ambos, energia refazente e calmante que os tranquilizou. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) (Continua no próximo número.)



 


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