WALDENIR
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Votuporanga, SP (Brasil)
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Multiplicar
talentos
“Quantos pães
tendes? – Cinco
pães e dois
peixes,
disseram..."
(Mateus 14:17.)
O episódio da
multiplicação
dos pães e
peixes, narrado
pelo Novo
Testamento é,
incontestavelmente,
uma notável e
rica lição que
Jesus delegou à
humanidade, para
servir de norte
e bússola às
nossas ações
quotidianas.
Naquele momento
histórico o
Cristo não
transferiu aos
seus discípulos
a tarefa de
socorrer a
multidão
faminta, que O
buscava sedenta
de consolo e
alimento. Apenas
solicitou que
informassem
quantos pães e
peixes tinham e,
após, procedeu à
multiplicação
dos dois
gêneros,
permitindo que
mais de cinco
mil pessoas se
alimentassem.
Sem dúvida, um
ensinamento
profundo e
valioso.
É óbvio que
ninguém em sã
consciência e
plena lucidez de
raciocínio se
proporá a sair
pela vida
fazendo
multiplicações
de pães ou
outros itens
alimentícios,
mas de forma
alguma estamos
impedidos de
multiplicar os
nossos talentos
e recursos, de
forma a
contribuir para
a melhoria do
mundo que
habitamos.
Multiplicando os
pães da
paciência
conseguiremos
conviver com as
mais adversas
situações e
suportar os mais
intrincados
problemas,
aqueles que
desafiam o
equilíbrio das
nossas emoções.
Multiplicando os
pães da
perseverança
haveremos que
caminhar com
coragem em
defesa dos
nossos ideais,
onde a
felicidade e a
paz, por certo,
figuram como
meta e objetivo.
Multiplicando os
pães da
tolerância
seguiremos
firmes na
compreensão das
diferenças que
nos cercam,
principalmente
no âmbito
familiar, onde
devemos entender
que cada
criatura traz
consigo a
própria
individualidade
pensando e
reagindo de modo
particular, como
nós fazemos
também.
Multiplicando os
pães do
altruísmo
teceremos a teia
das nossas ações
sempre voltadas
para o bem, onde
o ser humano, em
quaisquer
situações e
momentos, será
eleito como a
preocupação
máxima e
interesse maior
das nossas
realizações.
Multiplicando os
pães da fé e da
confiança nunca
deixaremos que
acreditar
piamente que não
estamos
sozinhos, mesmo
que
aparentemente o
mundo nos
mantenha
isolados, pois
do olhar da
Providência
Divina ninguém
está alheio.
Multiplicando os
pães do amor
veremos todas as
criaturas do
caminho como
irmãos a serem
considerados,
dignos
merecedores da
nossa
solidariedade e
respeito.
Multiplicando os
pães da alegria
contagiaremos
aqueles que
seguem conosco,
informando a
eles que o
otimismo e a
esperança são
conquistas que
não podem deixar
de residir no
íntimo dos
nossos corações.
Multiplicando os
pães do
silêncio,
saberemos como
conter a palavra
descortês e às
vezes descuidada
que, se lançada,
poderá destilar
o fiel da
crítica ou o
azedume do
comentário menos
feliz, além de
evitar, muitas
vezes, sérias
contendas ou
terríveis e
inoportunas
discussões.
Multiplicando os
pães da
humildade
teremos plenas
condições de
combater as
investidas
deletérias do
orgulho que
tanto
sofrimentos
causam no seio
social, e
segurar os
ataques
perigosos do
egoísmo, essa
chaga nefasta
que aprisiona os
nobres
sentimentos
humanos.
Se fisicamente
não temos
condições de
multiplicar pães
e peixes, como
fez Jesus
Cristo, nada
impede que
façamos crescer
nosso ânimo,
coragem,
determinação e
boa vontade,
para, com os
recursos de que
dispomos,
contribuir para
a construção de
uma sociedade
mais fraterna.
Reflitamos.