Antonio de
Almeida Silva
Filho:
“Que contas
prestaremos ao
Senhor da vida?”
Paulista
radicado na
cidade de São
Carlos, o
confrade diz
como se tornou
espírita e fala
da riqueza que o
conhecimento
espírita nos
proporciona
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Nascido em
Itirapina e
atualmente
residente em São
Carlos, ambos
municípios
paulistas,
Antonio de
Almeida Silva
Filho (foto)
é formado em
Odontologia e
integra o
Conselho
Deliberativo do
Centro Espírita
Nosso Lar,
instituição que
já presidiu,
situada na
cidade onde
reside. De sua
vivência nas
lides espíritas,
estruturou as
respostas
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Como se tornou
espírita?
Nasci em berço
que estava em
transição do
Catolicismo para
o Espiritismo.
Frequentei o
catecismo e fiz
a chamada
primeira
comunhão,
conforme a
prática
católica, e ia
às missas aos
domingos sempre
pelas mãos de
uma vizinha que
era muito
religiosa e que
fazia isso com
muito carinho.
As coisas da
Igreja, os atos
litúrgicos,
cantos e hinos
sempre me
emocionaram sem
me seduzir, o
que me leva a
supor que a vida
eclesiástica
deve ter sido
parte de mim em
encarnações
anteriores. Me
interessei pelo
Espiritismo
quando ingressei
na faculdade e
dividia o quarto
com um amigo que
era espírita e
com o qual
longas conversas
e algumas boas
discussões
fortaleceram em
ambos as ideias
espíritas e nos
levaram a
ingressar na
mocidade
espírita. Nessa
fase fui muito
anticlerical,
mas o tempo se
encarregou de
ajustar minhas
tendências e
hoje não sou
somente
tolerante, mas
simpático às
diversas
maneiras de se
relacionar com
Deus.
E como ocorreu a
vinculação com o
Nosso
Lar?
O Nosso Lar
surgiu na
Sociedade
Espírita
Obreiros do Bem
que eu
frequentava,
quando um dos
companheiros
reclamava que,
tendo recebido a
visita de um
parente que era
espírita e pediu
para que ele o
levasse a
visitar obras
assistenciais
espíritas da
cidade, ele
ficou
constrangido por
não ter nenhuma
para mostrar.
Naquela tarde
resolvemos criar
uma instituição
e como naquele
tempo muitas
crianças
mendigavam pela
cidade foi
decidido que a
Instituição se
dedicaria a
abrigar menores
carentes. Como
fui o secretário
da reunião que
criou essa
instituição que
recebeu o nome
de Nosso Lar em
2 de dezembro de
1962, minha
vinculação a
essa foi uma
coisa natural e
eu atualmente
sou o único
fundador
encarnado e em
plena atividade.
Qual o principal
perfil da
instituição em
atividades?
Quais principais
departamentos
ela
mantém?
Atualmente o
Nosso Lar atende
230 crianças de
4 meses a 4 anos
e desenvolve
diversos
projetos sempre
relacionados às
crianças e
jovens, como
práticas
esportivas,
recreação e
lazer com ênfase
aos que estão no
contraturno
escolar,
maternidade
consciente com
enfoque na
maternidade de
adolescentes, ou
seja, costumamos
dizer que
cuidamos de
crianças desde
antes de
nascerem e
tentamos
entregá-los
prontos para o
mundo.
Paralelamente à
parte social
desenvolvemos a
parte
doutrinária em
local muito
próximo onde o
Centro Espírita
Nosso Lar tem as
atividades
inerentes à casa
espírita como
COEM, palestras,
grupos
mediúnicos,
cursos,
evangelização e
outras.
O que mais lhe
chama atenção no
conteúdo
espírita?
Mostrar a cada
um por que está
encarnado e,
através do
modelo espírita,
qual a melhor
maneira de
aproveitar ao
máximo a
oportunidade que
lhe é oferecida
de progresso e
felicidade.
De sua
experiência na
vivência
espírita, qual a
recordação mais
marcante de sua
existência?
Sem a Doutrina
Espírita eu não
teria feito nem
a terça parte do
que fiz até
agora. Da dívida
que tenho com a
Doutrina
Espírita, talvez
a maior tenha
sido a
oportunidade de
constituir uma
família, um lar
em que tive por
esposa um anjo
da guarda e
quatro Espíritos
que, como
filhos, deixo
por herança ao
mundo.
Do seu
envolvimento com
o movimento
espírita e as
atividades das
instituições, o
que gostaria de
citar?
O movimento
espírita é como
semente boa
caída em solo
fértil, que é o
povo brasileiro.
Quando vejo
temas espíritas
fazendo enredo
de filmes e
novelas, quando
vejo o linguajar
do povo falar de
reencarnação,
obsessão e
comunicabilidade
com
naturalidade,
vejo que em
algumas décadas
a doutrina se
impôs pela
lógica e
robustez dos
conceitos que
esposa.
Suas palavras
finais.
Estamos no rumo
certo. Temos sob
nossas mãos uma
riqueza enorme e
não apenas
alguns talentos.
Que contas
prestaremos ao
Senhor dessa
riqueza toda? Se
já nos foi dado
nascer na terra
que Chico Xavier
teve por campo
de trabalho, já
nascemos
devedores da
Misericórdia
Divina.