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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 498 - 8 de Janeiro de 2017

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br 
Muriaé, MG (Brasil) 

 

 
Reencarnação: segunda palavra do alfabeto divino!

Os fatos provam que a reencarnação existe

“Jesus pronunciou na Terra a primeira palavra do alfabeto divino: Amor; e o Espiritismo, a seu turno, vem pronunciar a Segunda: reencarnação.” - Lázaro[1]
 

No jornal “O Estadão”  foi publicada uma notícia segundo a qual um estudo de “especialistas”, em Washington, América do Norte, liga a crença na reencarnação à falha mental: Os pesquisadores, como mostra a revista LiveSearch do dia 7.4.2007, concluíram que pessoas que acreditam que viveram vidas passadas têm tendência a sofrer alguns tipos de erros de memória. Esta propensão explicaria, em parte, o motivo pelo qual pessoas aderem à filosofia da reencarnação.

Foram recrutados voluntários que, após participarem de uma terapia hipnótica, começaram a acreditar que tiveram vidas passadas. Os estudados tiveram de ler 40 nomes de pessoas desconhecidas e depois de duas horas de espera receberam uma lista com três tipos de nomes: os mesmos da lista antiga, de pessoas famosas e de pessoas desconhecidas que eles nunca viram antes. A tarefa era identificar quais dos nomes eram de pessoas famosas. O resultado dos pesquisadores foi que os crentes em vidas passadas erraram duas vezes mais se comparados a pessoas que não acreditam em reencarnação. Este tipo de erro indica dificuldade de reconhecimento de onde um determinado nome lhe foi apresentado.

O estudo aponta ainda que as pessoas que cometem este tipo de "erro mental" acabam se convencendo de coisas que não aconteceram de fato, segundo declarações do pesquisador da Universidade de Maastricht na Holanda, Maarten Peters: "quando quem sofre deste tipo de distúrbio passa por algum tipo de hipnose, onde se é repetido, várias vezes, que esta pessoa possui uma vida passada, ela se acostuma com a ideia e cria uma falsa memória do que pode ter acontecido no passado", disse Peters à revista LiveScience. "Isto acontece porque a pessoa não é capaz de distinguir o que de fato aconteceu e o que é sugerido", acrescentou.

Com que então, lá se foi a reencarnação, não é mesmo Sr. Peters! (?) Pobres sábios!... Não é sem motivo que Paulo de Tarso disse que a ciência incha[2].  Não sabem eles (os sábios) que o Amor e a Reencarnação constituem os dois elementos principais da equação do progresso, através dos quais a Humanidade logrará conhecer, alcançar e vivenciar a perfeição relativa?!

Assistia, pois, plena razão a Jesus quando exorou[3]: “graças te dou, ó Pai, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”.

De fato, qualquer exegese que venhamos a fazer no Evangelho e também quaisquer estudos referentes à vida de relação, podemos observar a importância desses dois elementos-chave: Amor e Reencarnação. Abstraindo-se a reencarnação da equação da vida, surgem várias perguntas sem respostas; faltando o amor, o caos se instala nas relações interpessoais.

Ao abordarmos as questões que giram em torno da pena de morte, aborto, eutanásia e do suicídio, verificamos o Amor e a Reencarnação agindo no sentido de equacionar os desvios perpetrados. Se o Amor tivesse prevalecido, nenhum deles aconteceria; mas, acontecendo, a Reencarnação alteia-se como a porta aberta para que o Espírito calceta encontre a sua redenção.

Ainda com Lázaro aprendemos1: “(...) o Amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência.  

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a Reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual”.  

Segundo Fénelon[4], “(...) há pessoas a quem repugna a reencarnação, com a ideia de que outros venham a partilhar das afetuosas simpatias de que são ciosas. Pobres irmãos! o vosso afeto vos torna egoístas; o vosso amor se restringe a um círculo íntimo de parentes e de amigos, sendo-vos indiferentes os demais”.  

Allan Kardec deixa claro[5] que a reencarnação é tema do qual trataram inúmeros escritores modernos. Ela está formulada de maneira inequívoca em muitos livros espíritas e não espíritas, mas, infelizmente, em que pese a sua insofismável existência, quer nos arraiais da ciência, quer nos sítios religiosos, ainda existem os teimosos refratários à noção da palingenesia.

Afirma ainda o ínclito Mestre Lionês5 que não deixa de ser especioso o raciocínio dos religiosos quando dizem que a reencarnação é contrária aos dogmas da Igreja, portanto, não pode existir. (!?) Ora, pelo simples fato de bater de frente com os dogmas não significa ser falsa a reencarnação, mas sim, os dogmas é que são equivocados ou mal interpretados, uma vez que foram criados pelo homem, enquanto que a reencarnação é obra de Deus, constituindo-se mesmo em uma das leis da Natureza, um dos pontos básicos do Espiritismo, eixo em torno do qual giram os trâmites da justiça divina.

Segundo Kardec, a resposta para os opositores da reencarnação é muito simples5:

“(...) A reencarnação não é um sistema que dependa da adoção ou rejeição dos homens, como se faz com um sistema político, econômico ou social. Se ela existe, é que está em a Natureza; é uma lei inerente à Humanidade, como beber, comer e dormir; uma alternativa da vida da alma, como a vigília e o sono são as alternativas da vida do corpo. Se é uma lei da Natureza, não é uma opinião que pode fazê-la prevalecer, nem uma opinião contrária que pode impedi-la de ser. A Terra não gira ao redor do Sol porque se crê que ela gira, mas porque obede­ce a uma lei e os anátemas que se lançaram contra essa lei não impediram a Terra de girar. Ocorre assim com a reencarnação; não é a opinião de alguns homens que os impedirá de renascer, se devem fazê-lo.  

Estando, pois, admitido que a reencarnação não pode ser senão uma lei da Natureza, suponhamos que ela não possa concordar com um dogma. Trata-se de saber quem tem ra­zão: o dogma ou a Lei. Ora, quem é o autor de uma lei da Nature­za, senão Deus? Direi, neste caso, que não é a lei que é con­trária ao dogma, mas o dogma que é contrário à lei, tendo em vis­ta que uma lei da Natureza qualquer é anterior ao dogma, e que os homens renasciam antes que o dogma fosse estabelecido. Se havia incompatibilidade absoluta entre um dogma e uma lei da Natu­reza, isso seria a prova de que o dogma é obra dos homens que não conhecem a lei, porque Deus não pode se contradizer, des­fazendo de um lado o que faz de outro; sustentar essa incompa­tibilidade é, pois, condenar o dogma. Segue-se que o dogma seja falso? Não, mas simplesmente que pode ser suscetível de uma interpretação, como se interpretou a Gênese quando foi reco­nhecido que os seis dias da criação não podiam concordar com a lei da formação do globo. A religião nisso ganhará, tendo em vis­ta que achará menos incrédulos.

A questão é saber se a lei da reencarnação existe ou não existe.

Para os Espíritas há mil provas por uma que é inútil repetir aqui; direi somente que o Espiritismo demonstra que a pluralidade das existências é não só possível, mas necessária, indispensável, e dela encontra a prova, sem falar da revelação dos Espíritos, numa multidão inumerável de fenômenos de ordem moral, psico­lógica e antropológica; esses fenômenos são efeitos que têm uma causa; procurando essa causa, não se a encontra senão na re­encarnação tornada evidente pela observação desses fenômenos, como a presença do Sol, embora oculto pelas nuvens, torna-se evidente pela luz do dia. Para provar que há erro, e que essa lei não existe, seria preciso exprimir melhor do que se o faz, e por outros meios, TUDO o que ele explica, e é o que ninguém fez ainda.

Antes da descoberta das propriedades da eletricidade, aque­le que tivesse anunciado que se poderia corresponder a quinhen­tas léguas em cinco minutos, não teriam faltado “sábios” que lhe teriam provado cientificamente, pelas leis da mecânica, que a coisa era materialmente impossível, porque nisso não conhe­ciam outras; seria preciso para isso a revelação de uma nova potência. Assim ocorre com a reencarnação; é uma nova lei que vem lançar a luz sobre uma multidão de questões obs­curas, e modificará profundamente todas as ideias quando for reconhecida. Assim, não é a opinião de alguns homens que prova que essa lei existe, são os fatos. Se evocamos o seu testemunho, é para demonstrar que ela fora entrevista e suspeitada por outros antes do Espiritismo, que delas não é o inventor, mas que a desenvolveu e deduziu-lhe as consequências”.                                                                                              

 

[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XI, item 8, § 2º.

[2] - I Coríntios, 8:1.

[3] - Mateus, 11:25.

[4] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo.121. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003. cap. XI, item 9, § 3º.

[5] - KARDEC, Allan. Revue Spirite, dezembro de 1862. Araras: IDE, 1993. p. 375-377.

 


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