Sexo e Obsessão
Manoel
Philomeno de Miranda
(Parte 19)
Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro Sexo
e Obsessão,obra de autoria de Manoel
Philomeno de Miranda, psicografada por
Divaldo P. Franco e
publicada originalmente em 2002.
Questões preliminares
A. A mãe conseguiu falar ao padre Mauro e
ser por ele ouvida?
Sim. Com as palavras que lhe foram
endereçadas por sua mãe, uma nova onda
mental penetrou o cérebro do aturdido
sacerdote, que experimentou um choque
vibratório por todo o corpo, fazendo-o
despertar do letargo doentio. Experimentando
um estado superior alterado de consciência,
Mauro pareceu escutar o apelo materno e,
inesperadamente, pôde detectá-la à sua
frente com os braços distendidos em atitude
de quem desejava afagá-lo, tombando de
joelhos e exclamando: “Mamãe, é você ou
algum anjo do Senhor que veio em meu
socorro?” A mãe respondeu: “Sou a tua
mãezinha de sempre, que retorna como
anteriormente, a fim de ajudar-te neste
instante grave da tua existência. O Senhor
deseja a morte do pecado, nunca a do
pecador. Não há mal para o qual não exista
remédio, nem ação nefanda que possa ser
considerada irrecuperável. Para e pensa! O
teu é um erro hediondo, mas o amor do Pai é
infinito, e pode albergar todos os crimes
para diluí-los, ajudando os criminosos a se
recuperarem a fim de auxiliarem as vítimas
que infelicitaram”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
B. Diante das palavras que a mãe dirigia ao
filho, qual foi a atitude do obsessor que
tentara levar Mauro ao suicídio?
Vendo tudo o que ali acontecia e não
suportando a cena de ternura, o réprobo e
perseguidor retirou-se blasfemando,
furibundo. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
C. Quem era a Entidade que induzira o padre
ao suicídio?
Conforme já vimos, Madame X (o
mesmo padre Mauro em existência anterior)celebrizou-se
no período napoleônico pela insensatez e
cobiça, utilizando-se da sua mansão-bordel
para as extravagâncias, nas quais
infelicitou muitas pessoas. O Espírito que
ora a induzia ao suicídio é mais um daqueles
que foram dilapidados nos sentimentos e
trucidados na razão, em face do desbordar de
paixões que a infeliz proxeneta de luxo se
permitia na sua corte de depravados, na qual
misturava favores sexuais com interesses
políticos, tornando-se agente de
conciliábulos perversos que mutilaram muitas
pessoas. Vitimado, naquele período, pela
astúcia de um inimigo junto à política
vigente, Madame intermediou a sua queda,
conduzindo-o a uma armadilha muito bem
urdida, na qual perdeu a existência
corporal, além de ter enlameada a memória. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
Texto para leitura
90. A
mãe fala e é vista pelo padre –
Com as palavras que lhe foram endereçadas
por sua mãe, uma nova onda mental penetrou o
cérebro do aturdido sacerdote, que
experimentou um choque vibratório por todo o
corpo, percorrendo-o pelo dorso espinal e
fazendo-o despertar do letargo doentio. Ante
a força poderosa do pensamento de amor
aureolado pelas vibrações defluentes da
prece, o adversário desencarnado
experimentou a forte reação nervosa do
paciente que lhe desconectou o plug fixado à
mente que lhe ia cedendo campo ao convite
desnaturado. Só então percebeu a todos que o
contemplavam com expressão de misericórdia e
de compaixão. Experimentando um estado
superior alterado de consciência, Mauro
pareceu escutar o apelo materno e,
inesperadamente, pôde detectá-la à sua
frente com os braços distendidos em atitude
de quem desejava afagá-lo, tombando de
joelhos e exclamando: “Mamãe, é você ou
algum anjo do Senhor que veio em meu
socorro?” A mãe respondeu: “Sou a tua
mãezinha de sempre, que retorna como
anteriormente, a fim de ajudar-te neste
instante grave da tua existência. O Senhor
deseja a morte do pecado, nunca a do
pecador. Não há mal para o qual não exista
remédio, nem ação nefanda que possa ser
considerada irrecuperável. Para e pensa! O
teu é um erro hediondo, mas o amor do Pai é
infinito, e pode albergar todos os crimes
para diluí-los, ajudando os criminosos a se
recuperarem a fim de auxiliarem as vítimas
que infelicitaram”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
91. O
obsessor, ante aquela cena, se retira –
Mauro estava confuso, num misto de alegria e
de sofrimento, convulsionado pelo pranto e
ardendo em febre de desespero. Sua mãe,
dando prosseguimento, fez-se então mais
enfática: “Este é o teu momento de redenção,
meu filho. Foi longa a marcha degradante que
te permitiste, e que agora te exige uma
recuperação demorada e de sublimação. Não te
recuses ao dever de sorver a taça na qual
apenas depositaste fel, vinagre e mirra. É o
teu momento de expiar, nunca de fugir para
lugar nenhum, porquanto o suicídio somente
piorará o quadro das tuas aflições.
Aproveita este breve instante e recompõe-te
mentalmente, preparando-te para
experimentares as mais cruas dores e rudes
humilhações, afinal decorrentes dos teus
próprios atos, mas que te oferecerão os
meios para ajudares a todos quantos feriste
os sentimentos de pureza e de dignidade,
conferindo-te meios para a ascensão que te
aguarda. Entrega-te a Jesus e nEle confia.
Nunca desfaleças e crê no divino auxílio.
Até breve, meu filho!” Mauro desejou
prolongar aquele colóquio quase sublime, mas
não teve tempo, porque a figura veneranda
começou a desvanecer-se, deixando a suave
sensação de paz no coração dilacerado do
jovem, enquanto dúlcidas vibrações de paz
invadiam o recinto como resposta dos Céus às
aflições e preces da Terra. Vendo isso e não
suportando a cena de ternura, o réprobo e
perseguidor retirou-se blasfemando,
furibundo. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
92. A
identidade do obsessor é revelada –
Mauro então deitou-se para melhor introjetar
tudo quanto lhe acabara de ocorrer e fixá-lo
para sempre na memória e no coração. Um
lânguido torpor foi-lhe tomando todo o corpo
e, poucos minutos após, dormia
tranquilamente. A mãezinha, feliz, continuou
a velá-lo, enquanto, convidado pelo distinto
Anacleto, o grupo socorrista retornou ao
Núcleo onde se hospedara. Nesse comenos,
quando seguia na direção da Casa de amor e
luz, utilizando-se da proverbial bondade do
amigo, Manoel Philomeno perguntou-lhe: “De
quem se tratava a Entidade que induzia Mauro
ao suicídio?” Anacleto esclareceu: “Conforme
nos recordamos, Madame X celebrizou-se no
período napoleônico pela insensatez e
cobiça, utilizando-se da sua mansão-bordel
para as extravagâncias, nas quais
infelicitou muitas pessoas. O infeliz, que
ora a induz ao suicídio, embora se encontre
na roupagem carnal de Mauro, é mais um
daqueles que foram dilapidados nos
sentimentos e trucidados na razão, face ao
desbordar de paixões que a infeliz proxeneta
de luxo se permitia na sua corte de
depravados, na qual misturava favores
sexuais com interesses políticos,
tornando-se agente de conciliábulos
perversos, que mutilaram muitas pessoas...
Vitimado, naquele período, pela astúcia de
um inimigo junto à política vigente, Madame
intermediou a sua queda, conduzindo-o a uma
armadilha muito bem urdida, na qual perdeu a
existência corporal, além de ter enlameada a
memória”. Dito isso, concluiu: “Quando as
criaturas se derem conta da gravidade do
crime e das suas consequências, pensarão
sempre com muito cuidado antes de assumir ou
criar situações perversas e infelicitadoras
para as outras, que sempre redundarão em
desdita para si mesmas”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
93. Uma
multidão de desencarnados na Casa Espírita –
De novo na Instituição espírita, Manoel
Philomeno se impressionou com o número de
Espíritos que ali se encontravam em
verdadeira azáfama. Alguns acorriam ao salão
doutrinário, onde, logo mais, deveria ser
realizada uma conferência por abnegado
espiritista desencarnado, que realizara na
Terra expressiva tarefa de divulgação dos
postulados exarados na Codificação. O número
de encarnados em desdobramento parcial pelo
sono, que ali se encontravam, era
expressivo, os quais misturavam-se aos
libertados do corpo através da morte física.
Muitos desencarnados buscavam os setores de
socorro aos que deambulavam na roupagem
carnal, e os seus familiares vinham em busca
de auxílio para os mesmos, antes que se
comprometessem irreversivelmente. Outros
mais, caminhantes do carreiro orgânico, eram
enfermos que estiveram no Centro Médico da
Entidade durante o dia e, após orientados
pelos esculápios, que também lhes falaram
das interferências espirituais que geram
distúrbios de vária ordem, procuravam
atendimento específico. Diversos outros
conduziam seus filhos que frequentavam as
Escolas da Casa e necessitavam de terapias
espirituais, a fim de terem diminuídos os
seus sofrimentos, melhorando-lhes a
capacidade de entendimento e compreensão das
aulas que lhes eram ministradas. Espíritos
com os sinais e características dos
desgastes orgânicos apresentavam-se
ansiosos, necessitados de orientação e
apoio, de forma que conseguissem concluir a
reencarnação com dignidade e proveito...
Enfim, toda uma colmeia de ação ordenada
prosseguia em incomum movimentação. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
94. Na
sala mediúnica –
Ao lado desses, grupos de desencarnados em
sofrimento eram convidados e conduzidos aos
diferentes setores de triagem para melhor
atendimento, ao tempo em que, perturbadores
e viciosos, embora sem dar-se conta, também
eram encaminhados aos núcleos onde poderiam
ser recebidos e ajudados. Tudo respirava o
oxigênio do amor e da vida, enquanto o
silêncio e a noite amortalhavam no sono
físico os homens e mulheres recolhidos aos
lares. Não obstante a movimentação
enriquecedora, caracterizada pela ação do
bem e da caridade, o grupo socorrista não se
deteve em qualquer daqueles setores onde se
encontravam os necessitados. O irmão
Anacleto seguiu diretamente à sala
mediúnica, já conhecida do grupo, na qual
deveria desenvolver-se o estudo para uma
ação meritória que teria lugar
posteriormente. O recinto dedicado ao
intercâmbio com o mundo espiritual
encontrava-se igualmente repleto. Não era
uma reunião como as anteriores, que tinham
por objeto atender aos desvarios dos
desencarnados em comunicações mediúnicas.
Ali se encontravam alguns Espíritos nobres
acompanhados de assessores, que deveriam
discutir uma questão de importância que se
iria delinear. À chegada do Benfeitor todos
se rejubilaram. Manoel Philomeno pôde então
detectar a superioridade espiritual do
amigo, que se apagara para atender ao apelo
de dona Martina, em favor do filho
desorientado e enfermo. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.)
95. Os
planos de Anacleto –
Após as saudações e apresentações, conforme
sempre também acontece na sociedade
terrestre, o recém-chegado expôs: “Esta
reunião tem por objetivo o estudo de um
plano delicado, em benefício de um Espírito
que, há várias décadas, experimenta o horror
na Cidade das paixões servis, que auxiliara
a erguer antes de mergulhar no corpo e para
onde retornou após a turbulenta
desencarnação. Pelas circunstâncias em torno
da gravidade do cometimento, todos nos
deveremos ungir de sentimentos de compaixão
e de misericórdia para com os sicários que
com ele convivem, de modo que nos recordemos
da imprescindibilidade da oração e da
vigilância, tendo em mente que todos somos
Espíritos imperfeitos em processo lento de
renovação e de crescimento para Deus”. Ele
silenciou por alguns breves segundos, e logo
prosseguiu: “Pela magnitude do labor,
deveremos formar um só bloco de pensamento,
de forma que nos seja possível atravessar as
barreiras defensivas da comunidade de
perversão, para ajudar sem censura, ali
estagiando sem contaminarmo-nos, realizando
o mister para o qual a visitaremos com os
propósitos elevados de bem servir”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e
purificador.) (Continua
no próximo número.)