Viver com sabedoria
O
Evangelho nos orienta
sobre a posse dos bens
materiais. Muitos são os
que os buscam
avidamente, tomando por
base o seu bem-estar.
Aquilo que lhe sobra,
não importando o quanto,
quase nunca é suficiente
para satisfazer. Na sua
busca, há os que se
desviam por caminhos que
só tardiamente
compreendem serem
despenhadeiros para a
alma.
Alguns aceitam corromper
e serem corrompidos, na
estranha aventura da
posse do temporário.
Agitam-se, meditam,
arquitetam e tecem teias
nas quais eles próprios
ficarão enredados.
Esquecidos de Deus, por
conveniência momentânea,
não permitem que a sua
consciência lhes ilumine
os caminhos e assim, de
erro em erro, na
esperança de muito
possuir, vão perdendo
mais do que possam
imaginar, terminando um
dia em reencarnações de
abençoada correção, onde
viverão a fome, a sede e
a desesperança que a
tantos fizeram passar,
em virtude da sua
invigilância na busca da
posse. Ouçamos,
entretanto, o Mestre, no
ensinamento do óbolo da
viúva: "Eu afirmo que a
viúva pobre deu mais do
que todos, porque os
outros deram do que lhes
sobrava..."
Deve o Espírito buscar
sempre, de forma
honesta, o sustento para
si e para os seus,
todavia, jamais deve se
esquecer de que a
jornada na Terra é,
antes e acima de tudo,
oportunidade sagrada
para um único
enriquecimento, o
espiritual.
O necessário não lhe
faltará, se tudo fizer
corretamente, e para
isso precisa entender
que a posse desmedida
tem raízes fortes no
egoísmo, chaga a exigir
combate constante pela
vida afora.
Deve saber que a fonte
do verdadeiro bem se
assenta na fraternidade
universal. Precisará
aprender a conversar a
linguagem do amor, única
fonte que lhe trará a
felicidade.
Se por breves momentos
passa pela prova da
pobreza, não deverá
sucumbir à tentação da
apropriação indébita.
Trabalhe, ajude, sirva
sem resmungos e sairá da
Terra mais rico do que
possa imaginar. Se passa
pela prova da riqueza,
coloque-se na condição
de administrador divino,
pondo os seus bens a
benefício de muitos e
aceite a certeza de que
nada lhe pertence, a não
ser as suas ações.
Somos todos moradores
transitórios nesta casa
de Espíritos
reencarnados a que
chamamos Terra. Tudo o
que seja material a ela
pertence e aqui será
deixado. Somente as
conquistas espirituais
são os verdadeiros
tesouros, que seguirão
com o Espírito, na sua
jornada rumo à Luz e à
felicidade perene.
Somente o amor ilumina.
Reflitamos nestas coisas
e, transformados para
melhor, enfrentemos,
resolutos, as
atribulações do dia a
dia, administrando com
sabedoria esses bens
transitórios.