Livrai-nos da ansiedade
e
de todo mal, amém
Os especialistas
recomendam várias
técnicas para driblar a
ansiedade e o estresse
da vida moderna.
Entretanto, devemos
entender a ansiedade
como um fenômeno que ora
nos beneficia, ora nos
prejudica, dependendo
das circunstâncias ou
intensidade.
Ela é uma sensação
estimulante quando o
indivíduo entra em ação
e faz o que precisa ser
feito, não
procrastinando as
coisas. Caso contrário,
se a ansiedade se
manifesta seja em
excesso, o indivíduo
fica impedido de reação,
sem ânimo, sem saber o
que fazer. Quando se
torna ansiedade
patológica, é muito
negativa ao
funcionamento psíquico
(mental e espiritual) e
físico
(somático-corporal).
Além de atrapalhar a
vida pessoal, atrapalha,
e muito, a vida
profissional. A
ansiedade também
minimiza a concentração
em tarefas necessárias e
de atividades
planejadas.
Já sabemos que as
doenças fazem parte das
provas e das
vicissitudes da vida
terrena. Elas são
inerentes à nossa
grosseira natureza
material e à
inferioridade do mundo
em que habitamos. As
paixões e os excessos de
todos os tipos semeiam
em nós germes malsãos,
muitas vezes
hereditários. A Terra é
ainda um mundo de provas
e expiação. Está a
caminho de mundo de
regeneração. Nos mundos
mais avançados, física e
moralmente, o organismo
humano – mais depurado e
menos material – não
está sujeito às mesmas
enfermidades.(1)
A Bíblia trata da
questão da depressão e
da ansiedade. Elias, por
exemplo, foi um profeta
que ficou em depressão,
segundo o Livro de Reis.
A ansiedade também é
tratada pelo nosso
mestre Jesus no
Evangelho de Mateus,
19:25-34:
“Portanto vos digo: Não
andeis cuidadosos da
vossa vida, com o que
comereis, nem para o
vosso corpo, com que vos
vestireis. Não é a alma
mais do que a comida, e
o corpo mais do que o
vestido?”
“Olhai para as aves do
céu, que não semeiam,
nem segam, nem fazem
provimentos nos celeiros
e, contudo, vosso Pai
celestial as sustenta.
Porventura não sois
muito mais do que elas?
(...)”
“Buscai primeiramente o
Reino de Deus e a sua
justiça, e todas estas
coisas se vos
acrescentarão. E assim
não andeis inquietos
pelo dia de amanhã.
Porque o dia de amanhã a
si mesmo trará seu
cuidado; ao dia basta a
sua própria aflição.”
A recomendação do Cristo
é o desapego material e
emocional, soltar-se
entregando-se nas mãos
de Deus. Mas, além da
oração, recomendamos os
três recursos que a
Terra oferece:
tratamento médico,
tratamento psicológico
ou os dois juntos mais o
contato meditativo com
Deus. Aqui algumas dicas
para driblar a
ansiedade, recomendadas
por alguns
especialistas:
• Respire fundo sempre
que se sentir mais
ansioso ou nervoso.
Inspire profundamente e
expire o mais lentamente
que puder.
• Quando se sentir
atingido pelo
ressentimento ou raiva
de alguém, procure não
responder de imediato.
Desculpe, faça o
exercício do perdão:
considere quem ofendeu
você como ignorante ou
doente. Não aceite a
ofensa e reaja de forma
diferente. Se fez algo
errado, tenha humildade,
peça desculpas.
• Procure agir com
delicadeza e gentileza
em suas relações
pessoais. No trabalho ou
em casa, seja fraterno.
É respeitando que somos
respeitados.
• Realize
alguma atividade física
algumas vezes por semana
por, no mínimo, meia
hora. Ela vai melhorar a
sua autoestima, relaxa e
alivia as tensões. E
caminhe, sempre que for
possível, deixando o
carro de lado. A vida
está em constante
movimento.
(1)
O Evangelho segundo o
Espiritismo,
Editora EME.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é editor da
Editora EME e
especialista em
dependência química pela
USP-SP-GREA.