Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno
de Miranda
(Parte 21)
Damos sequência
ao estudo metódico
e sequencial do
livro Sexo e Obsessão,
obra de
autoria de
Manoel Philomeno
de Miranda,
psicografada por
Divaldo P.
Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões
preliminares
A. Como agem os
serviçais das
paixões vis?
Quando os
serviçais e
agentes do sexo
perturbado
direcionam o
pensamento para
alguém, e
concedem-lhe
assistência
nefasta, a sua
insistência é
tão grande e
pertinaz que são
poucos aqueles
que conseguem
evadir-se do
cerco ou
superar-lhes a
pressão doentia,
escravagista.
Inspiram a
mentirosa
excelência do
gozo, dão ideia
que a pessoa
está perdendo
excelentes
oportunidades de
ser feliz e que,
afinal, a vida
não pode ser
levada tão a
sério que
dispense as suas
concessões
carnais, visto
que o tempo
monástico não
mais se
instalará na
Terra... Noutras
vezes, auxiliam
por inspiração
reflexões
perturbadoras,
procurando
diminuir a
gravidade dos
compromissos sem
responsabilidade,
a banalização
dos
relacionamentos
apressados e das
múltiplas
experiências
como fonte de
vida, em
terríveis
conciliábulos
que, não poucas
vezes, resultam
exitosos para os
seus
delineamentos.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
B. Mesmo quando
resistem às
influências
espirituais
nefastas, o
perigo continua?
Sim. Segundo o
Mentor, muitos
conseguem
resistir às
influências
nefastas que nem
sempre lhes
encontram
guarida na mente
ou no
sentimento, mas
acabam, às
vezes,
tornando-se
vítimas de
companhias
encarnadas que
se corromperam e
se oferecem para
o banquete da
loucura,
alcançando-os
com maior
facilidade:
“É-lhes possível
resistir às
interferências
espirituais pelo
pensamento,
renovando-se e
impondo-se
ideias
edificantes, no
entanto, quando
perseguidos por
pessoas amigas
que se
transtornam e
passam a
assediá-los, o
problema se lhes
faz mais grave”.
É preciso, pois,
vigilância
permanente.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
C. Qual era o
quadro reinante
na cidade
pervertida?
Um pandemônio
reinava por toda
parte. A
sensualidade
desbordante
tomava conta dos
alucinados em
transe de
loucura. O
desfile dos
carros
alegóricos
expressando as
organizações
genitais
deformadas e
absurdas, os
atos praticados
em grupos
vulgares e
desvairados,
inspiravam
compaixão, não
fosse a náusea
que provocavam.
Tudo ali fazia
recordar os
lupanares de
baixa categoria
e os antros da
mais sórdida
vulgaridade
sexual
animalizada.
Estátuas
horrendas,
decorações
absurdas,
construções
aberrantes, tudo
era calcado no
sensualismo
chocante, ao
tempo em que as
músicas
estridentes
faziam-se
acompanhar por
detrás de
conteúdo chulo e
palavreado
grosseiro,
enquanto seres
humanos
transformados em
bestas
animalescas
serviam de
condução a
hediondas
personagens que
as conduziam,
utilizando-se de
rédea e chicote,
seminuas ou
vestindo-se
primitivamente
com o que
pareciam couro
negro escuro e
brilhante, tendo
adereços e
argolas
grosseiras
penduradas em
várias partes do
corpo, incluindo
o sexo de
aparência
descomunal...
Tudo eram
referências às
mais vis
expressões da
conduta
desregrada do
abuso sexual.
Grupos
desfilavam
exibindo
espetáculos
coletivos de
caráter
sadomasoquista,
em que as
aflições que
eram infligidas
aos seus membros
produziam gritos
e dilacerações
absurdas,
mutilações e
flagelos entre
gargalhadas
estentóricas e
zombeteiras,
como a
imaginação mais
exagerada não é
capaz de
conceber.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
Texto para
leitura
102. Como
agem os
serviçais das
paixões vis
– Dando
sequência à sua
fala acerca dos
planos das
trevas, o Mentor
acrescentou:
“Não têm sido
poucos os homens
e as mulheres
que se
reencarnaram nas
fileiras da
Doutrina
Espírita,
conduzindo altas
responsabilidades
em torno da sua
divulgação e
vivência
corretas. Nada
obstante, após
alcançarem a
notoriedade e
mesmo certa
respeitabilidade
no Movimento,
vêm tombando
ante as
facilidades em
favor do uso do
sexo
irresponsável,
comprometendo-se
gravemente e
gerando
perturbação nos
companheiros
que, aturdidos,
constatam que a
sua não era uma
conduta
exemplar, nem
autêntica.
Quando esses
serviçais das
paixões vis
direcionam o
pensamento para
alguém, e
concedem-lhe
assistência
nefasta, a sua
insistência é
tão grande e
pertinaz que são
poucos aqueles
que conseguem
evadir-se do
cerco ou
superar-lhes a
pressão doentia,
escravagista.
Inspiram a
mentirosa
excelência do
gozo, dão ideia
que a pessoa
está perdendo
excelentes
oportunidades de
ser feliz, tendo
em vista a
predominância do
prazer doentio,
e que, afinal, a
vida não pode
ser levada tão a
sério que
dispense as suas
concessões
carnais, que o
tempo monástico
não mais se
instalará na
Terra, e que
estes são dias
diferentes.
Noutras vezes,
auxiliam por
inspiração
reflexões
perturbadoras,
procurando
diminuir a
gravidade dos
compromissos sem
responsabilidade,
a banalização
dos
relacionamentos
apressados e das
múltiplas
experiências
como fonte de
vida, etc. em
terríveis
conciliábulos
que, não poucas
vezes, resultam
exitosos para os
seus
delineamentos”.
O gentil amigo
percorreu a sala
com o seu olhar
percuciente, e
vendo o
expressivo
número de
Espíritos
encarnados,
desdobrados pelo
sono, e
desencarnados,
buscando amparo
e orientação,
não se pôde
furtar à emoção,
prosseguindo:
“Orando
sinceramente, os
companheiros
ergastulados na
matéria,
sentindo-se
perturbados com
as caprichosas
odisseias da
sensualidade e
visitados pelos
desejos
ignóbeis, vêm
rogando
proteção,
buscando a
reflexão nas
leituras de
obras
confortadoras,
trabalhando na
ação da
caridade, e como
o cerco
prossegue,
apelam, quase em
desespero, pela
ajuda, que nunca
falta, a fim de
seguirem fiéis
aos compromissos
abraçados com
devotamento”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
103. Não é
fácil o trânsito
na esfera carnal
– Segundo o
Mentor, muitos
conseguem
resistir às
influências
nefastas que nem
sempre lhes
encontram
guarida na mente
ou no
sentimento, mas
acabam, às
vezes,
tornando-se
vítimas de
companhias
encarnadas que
se corromperam e
se oferecem para
o banquete da
loucura,
alcançando-os
com maior
facilidade:
“É-lhes possível
resistir às
interferências
espirituais pelo
pensamento,
renovando-se e
impondo-se
ideias
edificantes, no
entanto, quando
perseguidos por
pessoas amigas
que se
transtornam e
passam a
assediá-los, o
problema se lhes
faz mais grave.
Por essas e mais
outras razões,
iremos tentar
remover alguns
obstáculos do
seu caminho e
interferir na
planificação
odienta que se
trama na cidade
da perversão
contra esses
trabalhadores da
Era Nova. Todos
sabemos que não
é fácil o
trânsito na
esfera carnal,
onde já
estivemos, entre
tropeços nas
trevas da
ignorância e o
ressumar das
paixões
adormecidas e
não superadas”.
Concluindo, o
Mentor disse: “A
fim de ganharmos
tempo, deveremos
volitar na
direção da
cidade,
acercando-nos
dos seus
arredores,
conforme
sabemos, muito
bem vigiados por
perversos
guardas
adestrados para
capturar
visitantes
inoportunos. Em
qualquer
situação,
preservemos o
equilíbrio e a
serenidade,
certos do divino
auxílio,
mantendo a
confiança
irrestrita em
Deus e
conscientes dos
objetivos que
até ali nos
conduziram. Da
vez anterior, na
condição de
observadores,
não tivemos
qualquer
dificuldade em
adentrar-nos nos
seus limites,
agora, no
entanto, com
finalidades de
trabalho
específico,
deveremos
manter-nos mais
cuidadosos”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
104.
Voltando à
cidade
pervertida
– Ato contínuo,
o grupo
socorrista, após
breve
concentração,
deslocou-se até
a cidade
perdida. Quando
alcançou a
região pantanosa
próxima às
cavernas escuras
em cuja
intimidade se
homiziavam os
seus infelizes
habitantes, um
odor pútrido
denunciou o teor
vibratório de
baixíssimo nível
moral de onde
procedia, qual
ocorrera por
ocasião da
primeira visita.
Podia-se ouvir o
clamor e o
estardalhaço que
se faziam
crescentes, à
medida que o
grupo de
aproximava de
uma das furnas
de entrada. Para
melhor
dificultar a
identificação
dos vigilantes,
que conduziam
Espíritos
metamorfoseados
em animais por
processos
perigosos de
hipnose
perispiritual
infelizes, os
integrantes do
grupo socorrista
fizeram-se
cobrir por
mantos pesados
que alteravam
sua aparência.
Esse fato e a
presença dos
mastins faziam
que pensassem
tratar-se de
retornados de
excursão ao
planeta de onde
traziam novos
aficionados para
o turbulento
espetáculo.
Todos se
mantinham em
silêncio, não
havendo, pois,
despertado a
atenção dos
guardiães da
entrada, tão
certos estavam
de que ninguém
se atreveria a
vencer as
barreiras
delimitadoras da
comunidade
alucinada.
Respondendo às
questões que
eram propostas
pelos vigilantes
de plantão, o
Mentor,
circunspecto e
concentrado,
informou que se
tratava de um
novo grupo
recém-convidado
para o
espetáculo da
noite. (Sexo
e Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
105. Uma
vulgaridade
alarmante
– Um pandemônio
reinava por toda
parte. A
sensualidade
desbordante
tomava conta dos
alucinados em
transe de
loucura. O
desfile dos
carros
alegóricos
expressando as
organizações
genitais
deformadas e
absurdas, os
atos praticados
em grupos
vulgares e
desvairados,
inspiravam
compaixão, não
fosse a náusea
que provocavam.
Tudo ali fazia
recordar os
lupanares de
baixa categoria
e os antros da
mais sórdida
vulgaridade
sexual
animalizada.
Estátuas
horrendas,
decorações
absurdas,
construções
aberrantes, tudo
era calcado no
sensualismo
chocante, ao
tempo em que as
músicas
estridentes
faziam-se
acompanhar por
detrás de
conteúdo chulo e
palavreado
grosseiro,
enquanto seres
humanos
transformados em
bestas
animalescas
serviam de
condução a
hediondas
personagens que
as conduziam,
utilizando-se de
rédea e chicote,
seminuas ou
vestindo-se
primitivamente
com o que
pareciam couro
negro escuro e
brilhante, tendo
adereços e
argolas
grosseiras
penduradas em
várias partes do
corpo, incluindo
o sexo de
aparência
descomunal...
Tudo eram
referências às
mais vis
expressões da
conduta
desregrada do
abuso sexual.
Grupos
desfilavam
exibindo
espetáculos
coletivos de
caráter
sadomasoquista,
em que as
aflições que
eram infligidas
aos seus membros
produziam gritos
e dilacerações
absurdas,
mutilações e
flagelos entre
gargalhadas
estentóricas e
zombeteiras,
como a
imaginação mais
exagerada não é
capaz de
conceber. A
execração não
tinha limites, e
apesar de nunca
haver sido
impressionável,
mesmo quando da
breve visita
anterior, Manoel
Philomeno
encontrava-se
quase atoleimado
ante o que a
mente em
desalinho é
capaz de
produzir.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
106. Um
cortejo de
crianças em
atitudes
grotescas
– Representações
de seres
mitológicos se
multiplicavam,
sempre com
destaque a área
da sua
perturbação ou
representação
sexual
desconcertante;
ridículos
imperadores
romanos do
período da
pré-decadência
eram imitados
com burlescas
aparências e
debochadas
carantonhas;
meretrizes
famosas e seus
amantes
infelizes
volviam à cena
representativa,
entre aplausos
ensurdecedores,
assobios e
gritos infernais
entronizando
bizarros Eros,
Baços, Afrodites...
Nesse momento
surgiu um
cortejo de
crianças em
atitudes
agressivas e
grotescas de
atos libidinosos
estarrecedores.
Apurando, porém,
a atenção, pude
detectar que se
tratava de anões
disfarçados,
conforme notara
anteriormente, a
fim de reterem a
imaginação dos
pedófilos e
doentes de
outras
expressões
perturbadoras do
sexo aviltado.
Manoel Philomeno
constatou,
então, mais uma
vez que, naquela
cidade nefasta,
muitíssimos
líderes das
aberrações que
se apresentam na
Terra iam ali
buscar
inspiração, em
razão de estarem
envolvidos com a
população
residente. Isso,
quando não a
visitavam com a
frequência
indispensável a
uma perfeita
identificação de
conduta, que
pretendiam
transferir para
o planeta.
Recordava-se
daqueles que
sempre proclamam
pela liberdade
de expressão, no
seu aspecto mais
grotesco e
selvagem, em
nome da falsa
cultura e da
liberalidade que
raia sempre pelo
despropósito e
pelo abuso.
Alguns desses
companheiros
terrestres, que
se fizeram
famosos pelos
conjuntos e
bandas metálicas
com
personificações
diabólicas, ali
também se
encontravam no
desfile,
exibindo suas
mazelas e
perversões com
que se
compraziam, a
fim de
despertarem no
corpo físico
mais tarde sob
indisfarçável
mal-estar, que
pensavam minorar
com doses de
álcool e de
outras drogas
químicas de que
se fizeram
escravos.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
107. A
oportuna
advertência do
Mentor –
Manoel Philomeno
estava
mergulhado
nessas
reflexões,
quando escutou
nos refolhos da
alma a voz
gentil do
Benfeitor,
chamando-lhe a
atenção: “Não
nos encontramos
aqui para
avaliar ou
julgar o
comportamento
dos nossos
irmãos doentes,
mas sim com o
objetivo de
ajudá-los.
Preservemos a
sincera
compaixão
fraternal,
aprendendo a
avaliar tudo
quanto não mais
nos cumpre
vivenciar,
superadas essas
manifestações
primárias, nas
quais um dia
também nós, de
certo modo,
estagiamos antes
de alcançar o
momento atual.
Oremos e
vigiemos!” A
advertência
oportuna chegara
abençoada,
despertando-o
para o dever da
solidariedade e
não da censura
ou da observação
malsã, uma vez
que somos todos
filhos de Deus,
em cujo amor nos
movimentamos e
para cujo seio
nos dirigimos.
Todos teremos a
nossa ocasião de
ascender aos
páramos da luz,
por mais nos
demoremos nas
trevas da
ignorância e da
perversidade.
Mudando de
atitude mental,
de imediato as
cenas
escabrosas, que
continuaram da
mesma forma,
passaram a ter
um outro sentido
e significado
ante a reflexão
de que Deus as
permitia, porque
o ser humano as
elaborava em
favor de si
mesmo, a fim de
aprender a
purificar-se,
saindo do
pântano a que se
arrojara
livremente na
direção da
paisagem de luz.
Automaticamente
Manoel Philomeno
deixou-se
embalar pela
musicalidade
íntima da oração
de misericórdia
e de ternura em
favor dos
Espíritos
confundidos em
si mesmos,
necessitados
todos de bondade
e compreensão,
experimentando
outro estado
interior de paz
e de compaixão.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 11:
Retorno à cidade
pervertida.)
(Continua no
próximo número.)