MARCUS VINICIUS
DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
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Hakuna Matata
A expressão título do
presente artigo ganhou
notoriedade pela
animação estadunidense
“O Rei Leão”, de 1994,
dos estúdios Disney,
como lema dos
personagens Timão e
Pumba. É na verdade uma
expressão de uma língua
falada na África
Oriental e significa, a
grosso modo, “sem
problemas”. Um
equivalente ao “Carpe
Diem” ou “Don’t
worry, be happy”.
Geralmente invocada em
situações de crise, a
adoção de uma linha de
isolamento, de negação
dos problemas, pode ser
uma boa estratégia de
sobrevivência, mas o
fato de fingirmos que um
problema não existe não
o resolve
automaticamente. Mas,
diante de situações que
nos confrontam, é usual
buscarmos o “Hakuna
Matata” e varrermos os
problemas para baixo do
tapete. Às vezes é o que
damos conta de fazer...
No outro extremo, a
fixação nos problemas
nos consome, nos faz
rondar os mesmos sem
encontrar as soluções,
em rumos de tristeza que
deságuam na depressão.
Uma postura de
supervalorizar a questão
e por ela ser engolida,
congelada nas celas do
desânimo. O usual também
diante de problemas de
grande magnitude.
Duas posturas passivas e
evasivas. Uma nega e
espera a crise maior, e
talvez incorrigível,
jogando na conta do
futuro. A outra se fixa
no sofrimento e na
angústia, vivendo e
revivendo o problema,
eternizado no presente.
Podemos, diante das
agruras da vida, fazer
melhor do que isso!
Diante dos problemas, é
sempre possível buscar a
ajuda dos amigos, a
calma da oração e a ação
homeopática na sua
resolução.
A ajuda dos amigos sim,
pois uma visão de fora,
uma palavra de consolo
ou mesmo um apoio
concreto operam
milagres. Muitas vezes,
por vergonha de falar
com um amigo, adiamos a
solução de problemas que
podem estar ali, à nossa
mão. A ajuda mútua é um
dever dos verdadeiros
amigos e temos muito a
ganhar recebendo e
estendendo a mão para
aquele que vive dias
pesarosos. Por vezes,
próximos de nós, e
invisíveis.
A oração nos acalma, nos
permite a ligação com as
forças maiores da vida,
e, pela intuição dos
amigos espirituais,
conseguimos enxergar de
forma distinta nossos
problemas e as possíveis
soluções. Rezar, se não
melhorar, não piora. E
no alto se encontra o
caminho, nem que seja
para nos mantermos mais
serenos e não
aumentarmos os
problemas, com atitudes
desesperadas.
Por fim, os problemas
necessitam de ação. Ação
resolutiva e de modo
homeopático. Com uma
ideia embrionária do que
precisa ser feito, vamos
agindo e vão se
descortinando outras
linhas de ação. Assim,
aos pouquinhos, podemos
ir atuando aqui e acolá
na resolução dos
problemas, com uma boa
estratégia, que nos
permita superar aquela
situação.
Diante dos problemas,
comuns na vida de todos,
por vezes precisamos do
“Hakuna Matata”, para
não sucumbir ao
desespero, encastelado
no emaranhado de
conflitos instalados.
Mas, para a saída desse
“mato sem cachorro”,
oração, apoio amigo e a
ação resolutiva são
capazes de nos conduzir
a outros patamares
diante do que ocorreu. E
aí poderemos, com mais
propriedade, ter o lema
“sem problemas”.