WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 502 - 5 de Fevereiro de 2017

RICARDO ORESTES FORNI 
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 


Alô! É o meu guia?


Podemos dizer, numa linguagem figurada, que os guias espirituais recebem ligações nossas via mental, quase todos os instantes de nossa vida, enquanto no corpo estagiamos. Quando desencarnamos suponho que essas ligações aumentem ainda mais porque é aí que o calo aperta ao nos encontrarmos com a própria consciência.

A imagem da mãe conduzindo o filho por uma das mãos, ensinando-o andar, vem bem ao caso. Queremos atravessar pela estrada da jornada terrestre com o nosso guia conduzindo-nos pelos caminhos seguros para que não venhamos encontrar grandes dificuldades. Seria assim como se solicitássemos de Deus a anulação do nosso livre-arbítrio, transferindo a responsabilidade para nosso guia a tiracolo. Situação deveras cômoda, porém, incompatível com a justiça Divina. É da Lei que venhamos a caminhar com as nossas próprias pernas para que tenham méritos os nossos acertos e sejamos responsabilizados nos erros cometidos.

Existem em determinados agrupamentos espíritas uma agenda de consulta aos guias para quase todas as decisões a serem tomadas. Estabelece-se uma linha direta entre as necessidades dos encarnados e o seu guia num mecanismo ininterrupto de alô, alô  quem fala? É o meu guia?

Uma história muito conhecida no meio espírita é propícia para representar essa verdadeira perseguição ao guia desencarnado. Conta-se que uma pessoa espírita, que quase tudo perguntava ao seu guia, estava dirigindo seu carro em alta velocidade quando o motorista irresponsável resolveu perguntar ao guia se daria para realizar um determinado cruzamento em local de grande movimento. Teria, esse encarnado guia-dependente, ouvido a seguinte resposta: vai! E ele, lógico, foi. E bateu em outro veículo. Revoltado perguntou ao coitado do guia o que tinha acontecido porque, afinal, ele ouvira nitidamente a recomendação – vai! – quando então, foi e bateu. O guia muito paciente respondeu-lhe: você não deu tempo para que eu completasse a frase! Eu ia dizer: vai bater! Mas você não deu tempo para a resposta por inteiro!

Vai pintar o Centro espírita? Qual a cor? Pergunte ao guia. Vai reformar o Centro espírita? Onde mexer? Pergunte ao guia. Vai programar algum evento? Qual o melhor? Informe-se com o seu guia. Vai escolher o nome para o Centro? Pergunte ao guia. Se ainda não tiver um, pergunte a quem tem para que ele pergunte a esse guia qual o melhor nome. Vai escrever um livro? Melhor colocar como sendo de autoria de algum Espírito, porque só Espírito desencarnado sabe escrever. Espírito encarnado, não. Só depois que deixar o corpo físico entrará na posse dos dons literários que hoje não possui e que irá adquirir pela mágica da morte corporal.

Exageros fora, é preciso despertar para a realidade de que estamos no mundo físico em trânsito para a imortalidade exatamente para exercitarmos nossas responsabilidades e não convocar Espíritos para que o façam em nosso nome. Essa busca exagerada pelas opiniões dos desencarnados deixa a impressão que eles trabalham mais do que aqueles que estão no corpo para executar as suas funções, saldar seus compromissos, exercitar o livre-arbítrio, aprender a caminhar com as próprias pernas.

Sobre esse tema, Emmanuel, no livro O Consolador, questão 194, tem alguns ensinamentos muito úteis, que vamos recordar. Diz ele: Um guia espiritual poderá cooperar sempre em vossos trabalhos, seja auxiliando-vos nas dificuldades, de maneira indireta, ou confortando-vos na dor, estimulando-vos para a edificação moral, imprescindível à iluminação de cada um; entretanto, não deveis tomar as suas expressões fraternas por promessa formal, no terreno das realizações do mundo, porquanto essas realizações dependem do vosso esforço próprio e se acham entrosadas no mecanismo de provações indispensáveis ao vosso aperfeiçoamento.

Pode ser que exista alguém que irá perguntar ao seu guia sobre a utilidade do conteúdo desse artigo. Alô, alô? É o meu guia?...

Será que quando estamos fazendo alguma coisa que a nossa consciência não recomenda também pedimos a opinião do nosso guia, ou nessas ocasiões a linha telefônica encontra-se ocupada?

Em tempo: n’O Livro dos Espíritos, questão de número 625, os Espíritos da Codificação nos ensinam que o nosso modelo e guia deve ser sempre Jesus!

Que tal consultarmos os ensinamentos Dele em nossos momentos de dúvidas?

 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita