Um leitor radicado em
Curitiba (PR) pergunta-nos
quem foi São Luís, Guia
espiritual da Sociedade
Parisiense de Estudos
Espíritas, fundada por Allan
Kardec.
Um dos verbetes que compõem
o Índice Biográfico
publicado com a Revista
Espírita de
1869 traz a seguinte
informação:
SÃO LUÍS (LUÍS IX)
(1214-1270), rei de França.
Destacou-se como bom
administrador: instituiu
assembleias judiciárias que
são a origem dos
parlamentos; e organizou um
sistema para evitar abusos
administrativos. Proibiu o
jogo e construiu a Sorbonne.
Respeitado como soberano
imparcial, agiu como
mediador entre alguns reis.
Católico fervoroso, ao
organizar e participar de
sua segunda Cruzada, faleceu
vitimado pela peste.
"Venerado por suas virtudes,
foi canonizado em 1297." (Revista
Espírita de
1869 – Índice Biográfico)
O leitor pode consultar a Revista
Espírita de
1869 ou mesmo baixá-la, sem
custo algum, clicando neste
link:
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/revista-espirita-1869.pdf
Extraímos da biografia de
Luís IX, disponível em
vários sites da Web, os
dados abaixo.
Nascido em Poissy, próximo a
Paris, como quarto filho de
Luís VIII da França e de
Branca de Castela, filha do
rei Afonso VIII, o futuro
Luís IX recebeu educação
esmerada, especialmente a
partir do momento em que,
por causa da morte dos
irmãos mais velhos,
tornou-se o herdeiro do
trono, que presidiu de 1226
a 1270.
Com a morte do pai, ascendeu
ao trono quando tinha menos
de 13 anos de idade. Por ser
ainda muito jovem e
inexperiente, a rainha-mãe
assumiu a regência e se
empenhou para superar os
problemas que ameaçavam o
reino, sobretudo a
hostilidade dos nobres à
coroa, a revolta dos hereges
albigenses no sul do país e
a guerra contra a
Inglaterra.
Branca de Castela conseguiu
neutralizar os nobres e
assim dedicar-se a suprimir
a revolta albigense. Quanto
aos ingleses, o próprio
soberano tomou a frente
quando contava apenas 15
anos e obrigou as tropas
inimigas a abandonar a
França. Casou-se (1234) com
Margarida, filha mais velha
do Conde de Provence e de
Forcalquier, Raimundo
Béranger IV, e de Beatriz de
Saboia, e com ela teve 11
filhos. Quando os ingleses
voltaram a desembarcar no
continente (1242),
expulsou-os outra vez.
Decidiu, então, empreender
uma cruzada à Terra Santa
(1244), para reconquistar
Jerusalém e Damasco dos
muçulmanos. Organizada a
sétima cruzada, à frente de
um exército de 35.000 homens
e uma frota de cerca de cem
navios, desembarcou em
Damietta (1248), no Egito,
mas com a peste que se
abateu sobre suas tropas e a
enchente do Nilo, viu-se
impedido de prosseguir. Os
soldados foram forçados a se
retirar, e ele com sua
família e os nobres que o
acompanhavam foram
capturados pelos muçulmanos.
Libertado em troca de um
resgate, o rei permaneceu no
Egito por mais quatro anos,
período em que conseguiu
transformar a derrota
militar numa bem-sucedida
negociação diplomática, na
qual fez alianças vantajosas
e fortaleceu as cidades
cristãs da Síria. Com esses
feitos, voltou à França
(1254) e adquiriu imenso
prestígio na Europa, do qual
se valeu para conseguir que
o rei inglês Henrique III
assinasse a paz (1258).
Como governante, tratou de
impedir os abusos de seus
funcionários e de favorecer
o comércio francês.
Tornou-se mais famoso,
contudo, por seu proverbial
espírito de justiça e pelo
amor às artes, a quem deu
grande impulso e
desenvolvimento. Mandou
erigir a Sainte Chapelle
(1245-1248) em Paris, a
Sorbonne e o hospício dos
Quinze-Vingts.
Extremamente católico, mas
sem ser fanático, organizou
uma nova Cruzada contra os
muçulmanos (1269), mas ao
desembarcar em Túnis,
Tunísia, a peste novamente
atacou seu exército e ele
morreu igualmente atacado
pela praga, em Túnis (1270).
Um de seus dedos foi trazido
para a Basilique de
Saint-Denis, mas seu corpo
ficou sepultado na Tunísia.
Foi considerado santo muito
antes que a Igreja Católica
o canonizasse (1297) por ato
do papa Bonifácio VIII.
Como um dos Espíritos que
participaram ativamente do
processo de codificação da
doutrina espírita, o papel
de São Luís foi decisivo.
Quem se dispuser a ler os
doze volumes que compõem a Revista
Espírita, dos
anos 1858 a 1869, verá quão
importante foi sua atuação
na condução da Sociedade
Parisiense de Estudos
Espíritas, que, como
sabemos, foi o grande
laboratório que permitiu que
o trabalho de Allan Kardec
fosse realizado.
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