HYEROHYDES
GONÇALVES
hyero.inlar@hotmail.com
Governador
Valadares, MG
(Brasil)
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Nos bastidores
da
intimidade
Com a finalidade
de escrever a
respeito dos bastidores
de nós mesmos,
ou seja, dos
acontecimentos e
envolvimentos da
nossa
intimidade, do
nosso universo
íntimo, passei a
compulsar os
nobres
dicionários
desta
encantadora
língua
portuguesa, pelo
que me trouxeram
os seguintes
significados da
palavrabastidores:
p. ext., toda
a parte das
instalações do
palco que não se
vê da plateia; fig., intrigas,
enredos e tramas
íntimas
particulares ou
que não vêm a
público, a
exemplo dos
bastidores da
política.
Pois bem! Não me
convém escrever,
apontar e fazer
julgamentos
sobre aquilo que
desconheço.
Todavia,
pretendo
expressar nestas
mal ou bem
traçadas linhas,
o desafio dos
artistas da arte
de viver
artisticamente o
duro cotidiano,
que conseguem
manter a calma,
principalmente
nos momentos de
dificuldades ou
de crises,
inclusive numa
demonstração de
amor e de humor.
Aqui, neste
artigo, não
pretendo adentrar as
entranhas dos
detalhes dos
bastidores, mas
louvar o ânimo
firme daqueles
que saem de lá,
sorrindo ou
gargalhando para
a vida, ao
encontro da
plateia que, sem
ela, para o
artista, o que
seria da vida!!!
O que se pode
discutir nos
bastidores?
Será a busca do
acerto, diante
dos desacertos,
no enfrentamento
ou ao encontro
da plateia,
razão de existir
do artista?
Destacamos aqui
as palavras artisticamente artistas. Sim!!!
Por um motivo: viver e,
acima de tudo, conviver,
é fazer arte, a
arte da vida. É
saber lidar, no
dia a dia, com
os desafios do
caminho, é
engenho e arte.
Lembremo-nos do respeitável
público!!!
E, em seguida,
surge a figura
animadora do
palhaço, com a
sua máscara,
transbordando
alegria e
contagiando a
plateia que
corresponde com
tantas risadas,
assovios e
aplausos.
De onde
tantas
palhaçadas,
tantas piruetas,
anedotas,
energias... De
onde???
De onde essa
intensidade de
energias e
controle
emocional, em
saber se
posicionar
em cada situação
em seu devido
lugar e devido
momento?
* * *
É público e
notório que
todos nós seres
humanos
carregamos
problemas e
desafios na
caminhada pelas
veredas da vida.
Entretanto, se
entendermos que
esses problemas,
na verdade, são
desafios ou
instrumentos em
favor do nosso
crescimento
moral e
espiritual,
certamente
estaremos mais
harmonizados com
os bastidores de
nós mesmos,
reconhecendo que
o jugo realmente
se torna suave e
o fardo leve.
Para isso,
precisamos fazer
um exercício de
reconhecimento
do terreno da
consciência,
buscando a
promoção da
reforma íntima,
através do
autoconhecimento.
É perguntarmos e
investigarmos a
nós mesmos:
O que está
nos tocando no
dia a dia, na
convivência com
as pessoas, com
a natureza, com
os animais e com
o próprio “eu”?
Isto é, o que
está nos tocando
diante do
espelho de nós
mesmos?
Em que
setores, nos
bastidores da
consciência,
devemos promover
melhorias do
controle e da
aplicação das
emoções?
Recordemos a
recomendação de
Jesus: - Quando
orares, entra no
teu aposento e,
fechando a tua
porta, ora a teu
Pai, que vê o
que está oculto;
e teu Pai, que
vê o que está
oculto, te
recompensará. (Mateus
6:6)
Certa ocasião,
Chico Xavier,
através das suas
palavras
esclarecedoras,
disse que o
sofrimento faz
parte da
existência
humana; e que,
por isso, o
espírita
consciente chora
escondido, e
depois lava o
rosto e vai
atender,
sorrindo, à
multidão. (Trecho
extraído da
revista O
Reformador,
nº 2.118,
set/2005, p.
12.)
* * *
Nessas passagens
de Jesus e de
Chico Xavier,
fica bem claro
que devemos
cuidar dos
nossos
aposentos, que
são exemplos de
bastidores;
devemos chorar
escondido, isto
é, nos
bastidores da
nossa
intimidade.
O certo é que o
sofrimento faz
parte da
existência
humana.
Inclusive, Jesus
nos alertou que
no mundo
teríamos
aflições, mas
que tenhamos bom
ânimo, porque
Ele venceu o
mundo. (João
16:33)
E se tivermos o
controle dos
nossos
bastidores,
filtrando ou
selecionando o
que dele pode
vir a público,
promovendo
alegria,
felicidade,
elevação de
autoestima,
estaremos
aprendendo
corretamente a
lição de
autocontrole
emocional e de
que os nossos
problemas ou
desafios são de
nossa exclusiva
responsabilidade
resolvê-los;
podendo, no
entanto, contar
com o amparo e o
auxílio dos
irmãos de boa
vontade,
encarnados e/ou
desencarnados.
E, apesar das
coisas e
situações que
nos incomodam
intimamente, a
doçura que
repassarmos ao respeitável
público do
cotidiano
retornará, com
certeza, para a
nossa
intimidade,
tornando o jugo
suave e o fardo
leve, devido à
força do
autoconhecimento.