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Brasil
Ano 10 - N° 503 - 12 de Fevereiro de 2017
MARIA CLAUDIA SOUZA RODRIGUES
creuba1960@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

  

Divaldo Franco: “Voltemos a aprender a conversar” 

O conhecido médium e orador foi a atração maior do 10º aniversário do CEJA-Barra, situado no Rio de Janeiro,
instituição da qual é um dos fundadores


Uma plateia de aproximadamente 1.300 pessoas esteve presente na tarde-noite do dia 29 de janeiro de 2017, para ouvir o cofundador do CEJA-Barra, Divaldo Franco, em palestra comemorativa do 10º aniversário da instituição.

Antes de se dirigir ao auditório totalmente lotado, uma surpresa estava reservada ao querido palestrante: um painel quase em tamanho natural à entrada da livraria do CEJA trazia uma foto e contava um pouco de seus grandes feitos na área de assistência social e na seara espírita. Uma homenagem cheia de amor e gratidão ao amigo

de todas as horas e inspiração para todos nós.

Já no auditório e após a presidente do CEJA-Barra, Iraci Campos Noronha, chamar ao palco a diretoria da Casa: Ceres Muhare, vice-presidente; Giseli Soares, diretora financeira; e Denise Reis, diretora administrativa, foi a vez de chamar Divaldo Franco.

Iraci deu as boas-vindas aos presentes e aos internautas ligados na TV FEB, canal 14. Entre os convidados, estavam presentes: a diretora da FEB, Regina Lucia Rodrigues, o diretor do CEERJ, Alexandre Pereira, e o diretor da Rádio Rio de Janeiro, Roberto Vitorino, acompanhado de diversos diretores da emissora.

Iraci ressaltou que não se tratava de um aniversário comum, pois este é um ano especialmente marcante. Uma década de trabalho ininterrupto, produtivo mesmo, incansável, com atividades todos os dias. 

A saudação inicial da presidente do CEJA-Barra 

Continuou dizendo que as comemorações iniciadas naquele momento vão durar o ano inteiro, ano em que o "jovial Divaldo Franco" completará 90 anos. Uma celebração de sua vida, de seu trabalho. Iraci também expressou sua gratidão a Joanna de Ângelis, "presença incansável, com carinho e amor sempre orientando, com muita firmeza dando direcionamento a todo o trabalho desenvolvido pela casa". Não faltaram em nenhum momento os conselhos do amigo querido de longa data que se mostrou sempre fiel e solidário ao trabalho do CEJA-Barra.

Citando palavras de Joanna, Iraci explicou que apenas após os 10 primeiros anos são vividos com abnegação. Porque até 10 anos de atividade de uma casa espírita pode-se considerar apenas um trabalho de entusiasmo. Mas quem já é fiel em 10 anos de lutas pode receber uma promoção de responsabilidade. O que significa que a Casa alcançou sua maturidade espiritual, o que não representa motivo de orgulho, mas razão que duplica a responsabilidade. E enumerou as várias atividades do CEJA: 250 palestras públicas e aproximadamente 50 turmas de cursos doutrinários, evangelização, cursos profissionalizantes mantidos regularmente, todos os anos. Enumerou ainda outros trabalhos como a produção do programa Plenitude, que vai ao ar às segundas-feiras às 16h na Rádio Rio de Janeiro e do programa Superando Desafios na Espiritismo.net às terças-feiras às 17h30.

Em seguida, ela enumerou os trabalhos voluntários da casa: acolhida e orientação aos irmãos moradores de rua nas comunidades da Barra e adjacências; assistência em várias frentes, assistência médica a quase 600 famílias, bazar na comunidade Tijuquinha, dentre outras atividades. "Estão convidados os trabalhadores de boa vontade a se juntarem a nós", disse ela, que citou Dr. Bezerra: “Juntos somos mais fortes. Sozinhos somos apenas ponto de vista”. 

O amor exige convivência; é preciso recuperar isso 

Iraci apresentou, na sequência, uma breve biografia de Divaldo, que impressiona, incluindo a diversificada divulgação da doutrina e as atividades da Mansão do Caminho. Um exemplo vivo de disciplina e dedicação a ser seguido por todos nós. Por fim, agradeceu a presença constante dele na casa, assim como a de Joanna de Ângelis.

Divaldo Franco iniciou sua conferência com importantes informações a respeito dos avanços da ciência, acentuando que a última década do século XX foi a década do cérebro, assinalada, entre outras coisas, pela decodificação do genoma humano.

Prosseguiu citando Danah Zohar, psicóloga, grande pesquisadora na área da física quântica a quem conheceu pessoalmente.

Divaldo fez um apelo, a propósito das conversas e dos relacionamentos via smartphones: "Voltemos a aprender a conversar. Sem WhatsApp, sem distância e isolamento. O amor exige convivência e os parceiros não sabem mais conversar. Perdemos a faculdade de amar. É através dela que somos conquistados. Esquecemos do nosso caminho, nossos ideais”. “É preciso recuperar isso.”

O Semeador de Estrelas enfatizou a importância de que não estejamos armados uns contra os outros, mas sim que estejamos amados uns pelos outros. “Se alguém não corresponde ao nosso amor, o problema é dele.” Devemos ter a autoconsciência e autoconfiança no Amor de Deus em nós. 

Na saída, várias pessoas sentiam-se leves 

Por fim, Divaldo estimulou os trabalhadores da casa com as seguintes considerações: “Ao evocarmos o decenário desta casa sob a mediunidade da nossa querida Iraci, nós vimos o interesse que o mundo espiritual tem de nos despertar para uma vida feliz; ao invés de falarmos tanto em crise, sejamos nós aqueles que procedemos bem; sejamos aqueles que não têm crises existenciais, e se houver nós temos um instrumental maravilhoso: a oração. Quando oramos, elevamo-nos a Deus. O serviço de amor, de caridade o trabalho fraternal junto ao nosso próximo, a necessidade que temos de fazer um mundo melhor do que aquele que encontramos ou do que esse que estamos vivendo. Que nós tenhamos a felicidade mais elevada de amar e de ajudar alguém”.

Após a palestra, Divaldo autografou seus livros. Na saída, várias pessoas sentiam-se leves, comentando com animação o que acabaram de ouvir e trazendo em seus corações o chamamento final: "Faça a outrem o que você deseja que façam a você. E nunca lhe faltará a presença de Deus".

 

 

Nota da autora:

As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Luismar Ornelas de Lima e Isabela Spranger.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita