A leitora Maria Anunciadora
Gonçalves, em mensagem
publicada na seção de Cartas
desta mesma edição,
escreveu-nos:
Amigos. Gostaria de
esclarecer duas dúvidas que
surgiram em nossa casa
espírita, referentes às
sessões mediúnicas.
Primeira: qual deve ser a
duração ideal de uma sessão
mediúnica? Segunda: as
sessões mediúnicas são
realizadas semanalmente ou
pode um grupo realizar mais
de uma reunião na semana?
Eis o que colhemos, sobre o
assunto, nas obras espíritas
adiante mencionadas.
Duração de uma sessão
mediúnica. Três
obras fazem referência ao
assunto:
1. No livro Diálogo
com as Sombras, Hermínio
Corrêa de Miranda escreveu:
“Uma boa sugestão seria
reservar, para os trabalhos
mediúnicos, a segunda-feira,
a partir de 20 horas ou
20h30m, com duração
máxima de duas horas”. (Obra
citada, primeira parte, cap.
1: O grupo.)
2. Na obra Qualidade
na Prática Mediúnica,
publicada sob os auspícios
do Projeto Manoel Philomeno
de Miranda, está escrito:
“Qual o tempo de duração de
uma prática mediúnica? Um
tempo ideal para a prática
mediúnica é de noventa
minutos, incluindo-se a
preparação com as leituras
doutrinárias que, por
princípio de disciplina, não
devem ser alongadas”. (Obra
citada, pergunta 47.)
3. No livro Desobsessão,
obra mediúnica psicografada
pelos médiuns Francisco
Cândido Xavier e Waldo
Vieira, lemos: “Terminada a
prece final, o diretor, com
uma frase breve, dará a
reunião por encerrada e fará
no recinto a luz plena. Vale
esclarecer que a reunião
pode terminar, antes do
prazo de duas
horas, a contar da prece
inicial, evitando-se exceder
esse limite de tempo”. (Obra
citada, cap. 57:
Encerramento.) (Negritamos.)
Frequência das sessões
mediúnicas. Poucas
referências encontramos a
respeito do assunto nas
obras espíritas, mas duas
delas, cuja importância
ninguém contesta, tratam do
tema:
1. Em O
Livro dos Médiuns, de
Allan Kardec, lemos esta
importante orientação a
propósito do funcionamento
de uma Sociedade espírita:
“Visto ser necessário evitar
toda causa de perturbação e
de distração, uma Sociedade
espírita deve, ao
organizar-se, dar toda a
atenção às medidas
apropriadas a tirar aos
promotores de desordem os
meios de se tornarem
prejudiciais e a lhes
facilitar por todos os modos
o afastamento. As pequenas
reuniões apenas precisam de
um regulamento disciplinar,
muito simples, para a boa
ordem das sessões. As
Sociedades regularmente
constituídas exigem
organização mais completa. A
melhor será a que tenha
menos complicada a
entrosagem. Umas e outras
poderão haurir o que lhes
for aplicável, ou o que
julgarem útil, no
regulamento da Sociedade
Parisiense de Estudos
Espíritas, que adiante
inserimos”. (O
Livro dos Médiuns, cap.
XXIX, item 339.)
No cap. XXX da mesma obra
Kardec inseriu o regulamento
que ele mencionou no texto
acima, e nele lemos: “Art.
17° - As sessões da
Sociedade se realizarão às sextas-feiras,
às 8 horas da noite, salvo
modificação, se for
necessária. As sessões serão
particulares ou gerais;
nunca serão públicas. Todos
os que façam parte da
Sociedade, sob qualquer
título, devem, em cada
sessão, assinar os nomes
numa lista de presença”. (Regulamento
da Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas, cap. III
– Das sessões.) Vê-se
com clareza que as sessões
do grupo dirigido por Kardec
eram semanais.
2. No livro Diálogo
com as Sombras, escreveu
Hermínio Corrêa de Miranda:
“Temos o grupo montado e já
definimos os seus objetivos.
A próxima questão que se
coloca é: onde e quando
reuni-lo? Consideremos
primeiro a segunda parte. A
frequência às reuniões é usualmente
de uma vez por semana, à
noite. Dificilmente um grupo
terá condições de reunir-se
regularmente, durante vários
anos, mais de uma vez por
semana. Todos ou quase todos
os seus componentes têm
compromissos sociais,
familiares e até
profissionais, que tornam
impraticável reuniões mais
frequentes. (Obra
citada, primeira parte, cap.
1: O grupo.)
Hermínio C. Miranda não
mencionou – e poderia
perfeitamente haver
mencionado – que existe
outro motivo muito forte que
recomenda a frequência
semanal das sessões
mediúnicas. Referimo-nos ao
desgaste que os
participantes da sessão,
sobretudo os médiuns de
incorporação, sofrem em
decorrência da prática
mediúnica.
É exatamente por isso que os
autores espíritas mais
conceituados recomendam que
o médium de incorporação
deve limitar as passividades
a duas, ou no máximo três,
em cada sessão mediúnica.
Eis as referências que o
leitor pode aferir no
tocante a essa questão: Qualidade
na Prática Mediúnica (Projeto
Manoel Philomeno de
Miranda), pergunta 50; Diretrizes
de Segurança (Divaldo
Franco e J. Raul Teixeira),
pergunta 52; Desobsessão (André
Luiz), cap. 40.
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