TEMI MARY FACCIO
SIMIONATO
temi_mary@yahoo.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
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Nossas escolhas
“Entrai pela
porta estreita,
porque larga é a
porta e espaçoso
o caminho
que leva à
perdição e
muitos são os
que entram por
ela.”
Jesus (Mt,
7:13-14).
No período em
que Jesus esteve
entre nós, os
povos viviam em
cidades cercadas
por muralhas,
situadas sobre
colinas e
montes, para que
o assédio dos
inimigos se
tornasse
difícil.
Jerusalém era
uma delas, e
para alcançá-la
era necessário
percorrer
caminhos
íngremes, e,
como as portas
da cidade eram
fechadas ao pôr
do sol, aqueles
que voltavam
para casa
galgavam
rapidamente os
aclives, porque
atrasando-se
ficariam de
fora.
Assim, o Mestre
nos traz um
quadro
impressionante
do caminho
cristão, ou
seja, o das
dificuldades que
precisamos
vencer para
conquistar a
vida eterna.
Duas são as
estradas que se
nos apresentam:
a da evolução e
a da degradação.
Ao passarmos
pela estrada da
evolução,
caminhamos pela
porta estreita,
apertada, que
nos conduz à
vida; no
entanto, ao
caminharmos pela
estrada da
degradação,
atravessamos a
porta larga que
conduz ao
sofrimento e ao
infortúnio, por
conceder-nos as
diversões, a
soberba, as
facilidades
imediatas, a
luxúria, a
preguiça, a
inveja, de qual
o mundo está
repleto. Eis a
porta da
perdição, porque
são grandes as
paixões que
trazemos
arraigadas em
nosso Espírito
milenar!
Caminhando
assim, e
assumindo as
consequências de
nossas escolhas,
como asseverado
na máxima: “Muitos
são os chamados
e poucos os
escolhidos” - (Mt,
20:16).
Em todos os
empreendimentos
humanos, somos
convidados para
realizações
nobres e, no
entanto,
vestidos pela
sombra,
facilmente
desinteressamo-nos
de prosseguir
por falta de
resposta
compensadora ao
vazio interior,
preocupando-nos
em entulhar-nos
de inquietações
e lutas pela
conquista da
primazia.
Portanto, ao
galgarmos a
estrada da
evolução, faz-se
necessário a
prudência, a
temperança, a
fé, a esperança,
a caridade,
percorrendo o
caminho das
lutas, dos
obstáculos, dos
sacrifícios,
esforçando-nos
desta forma para
a redenção e
para a renovação
íntima. Assim,
estaremos nos
preparando para
um futuro de
alegrias e
felicidade. É
uma estrada
árdua, bem
sabemos, pois
necessita ser
trilhada com
cuidado,
examinando onde
entrar, porque
poderemos levar
longo tempo para
retomar o
caminho que nos
é próprio, e
entendendo,
definitivamente,
a importância do
vigiar e orar
tão alertado por
Jesus.
Nosso dever é a
nossa escola e,
por esta razão,
a senda estreita
a que se refere
Jesus é a
fidelidade que
nos cabe manter
constantemente
no culto às
obrigações
assumidas diante
do bem eterno. É
o resultado da
nossa luta
interior em
favor das
virtudes, do
equilíbrio, da
sensatez, da
perseverança nos
ideais de
enobrecimento,
possibilitando-nos
permanecer em
último lugar na
competitividade
do mundo, a fim
de sermos os
primeiros em
espírito de paz
e de realização
do reino dos
céus dentro de
nós, onde frui
bem-estar na
conquista
interior.
Encontramo-nos
envoltos em
batalhas
iluminativas
cada vez mais
severas; e
enfrentando as
lutas adquirimos
sabedoria;
iluminamo-nos
recorrendo à
oração que é
fonte de
energia,
abastecendo e
renovando-nos, e
triunfaremos
sobre as
dificuldades que
já não nos são
obstáculos na
caminhada, mas a
conscientização
no processo de
evolução.
Através de
muitas estações
no campo da
humanidade,
receberemos
proveitosas
experiências,
juntando-as à
custa de
desenganos
terríveis, mas
só em Jesus, no
clima sagrado,
na aplicação dos
Seus princípios,
será possível
encontrarmos a
passagem
abençoada de
definitiva
salvação.
Em momento
algum, Jesus
escolheu a porta
larga. Da
manjedoura ao
calvário,
caminhou entre
as dificuldades
que se
transformaram
para Ele em
degraus para o
encontro com o
Pai Celestial.
Aceitou a cruz
como a Sua maior
mensagem de amor
à humanidade de
todos os tempos,
deixando-nos,
como exemplo
vivo, a porta
estreita do
sacrifício como
sendo o mais
belo caminho de
paz e
libertação.
Tomemos, então,
a nossa cruz em
busca da porta
estreita da
redenção,
colocando-nos
acima de tudo a
fidelidade a
Deus e, em
segundo lugar, a
perfeita
confiança em nós
mesmos.
Longo é o
caminho, difícil
a jornada e
estreita a
porta, mas a fé
remove os
obstáculos da
estrada.
Assim como
aqueles que
caminhavam para
Jerusalém, após
vencerem o
penoso aclive,
encontravam
descanso e
alegria no
convívio
familiar, também
podemos, se
quisermos,
atingir a meta
de nossos
destinos, como a
perfeição
relativa, e
libertar-nos da
cadeia de
renascimento
neste vale de
lágrimas para
ascender à
glória da vida
espiritual, a
fim de usufruir
da paz e da
felicidade
reservadas aos
justos.
Jesus é a única
porta e o
Evangelho é a
chave que nos
levará à
verdadeira
libertação para
a vida eterna.
Bibliografia:
KARDEC, Allan -
O Evangelho
segundo o
Espiritismo –
365ª edição –
Araras – SP -
IDE, 2009 -
Capítulo 18 - A
porta estreita.
RIBEIRO, Cesar
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comentários ao
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