A. Qual foi
o objetivo
da
experiência
da “visão no
cristal”
levada a
efeito pela
Srta.
Goodrich-Freer?
Com essa
experiência,
a Srta.
Goodrich-Freer
propunha-se
a entrar em
relação com
a sua
própria
subconsciência
e, assim,
certificar-se
se os
conhecimentos
obtidos
mediunicamente
por William
Stead a seu
respeito,
por meio da
psicografia,
eram
efetivamente
devidos à
ação
voluntária
de sua
personalidade
subconsciente
ou se, ao
contrário,
eram
consequência
de um
momento de
“clarividência
telepática”
por parte de
Stead. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
B. Foi
positivo o
resultado da
experiência
citada na
questão
anterior?
Sim. Como se
viu pelo
relato feito
pela própria
sensitiva, a
experiência
demonstrou
que a
subconsciência
dela estava
perfeitamente
informada
sobre o
conteúdo da
mensagem
recebida
mediunicamente
por William
Stead, o que
dá grande
força à tese
sustentada
nesta obra,
ou seja, que
na
comunicação
entre vivos
há efetiva
conversação
entre o
comunicante
e o médium. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
C. No
tocante às
dúvidas
sobre a sobrevivência
do espírito
humanodesencarnado,
qual é,
segundo
Bozzano, o
melhor
método de
investigação?
Bozzano
entende que,
para
resolver o
grande
problema da
sobrevivência
do espírito
humano
desencarnado,
o melhor
método
consiste em
estudar ospoderes
do espírito
humano
encarnado.
Nesse
sentido,
segundo ele,
as
comunicações
mediúnicas
entre vivos
constituem
excelentes
provas a
favor da
genuinidade
das
comunicações
mediúnicas
dos mortos. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
Texto para
leitura
214. A Srta.
Goodrich-Freer,
que era,
como
dissemos,
sensitiva e
dotada, de
modo
excepcional,
da faculdade
de “visão no
cristal”,
diz então
que fixou de
novo a bola
de cristal e
viu imensa
extensão de
água, na
qual
flutuavam
enormes
massas de
gelo, visão
que também
coincidia
com a
mensagem
mediúnica
recebida por
William
Stead.
Contava-se
nela que seu
“corpo
psíquico”
atravessara
o oceano,
encontrando
enormes
massas de
gelo; que
havia ido a
Boston
visitar a
Sra. Piper;
que a tinha
visto com
prazer; que
a encontrara
sozinha ou,
mais
precisamente,
em companhia
de um grande
gato preto. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
215. Achando
o caso muito
interessante,
ela escreveu
ao Dr.
Hodgson, nos
Estados
Unidos,
perguntando-lhe
se a Sra.
Piper teria
consciência
de tê-la
visto
recentemente.
O Dr.
Hodgson
respondeu
que a Sra.
Piper a
havia visto
recentemente
em uma
visão,
momentos
antes de
tomar um
carro, tendo
nas mãos uma
bolsa verde,
bordada de
flores.
Depois, num
quadro
sucessivo, a
havia visto
descer em
frente de um
grande
edifício.
Além disso,
o Dr.
Hodgson
confirmava
que naquele
dia a Sra.
Piper estava
vestida com
um leve
penteador e
que tinha o
aspecto de
doente e
cansada.
Acrescentava,
finalmente,
que nos
últimos dias
ela pensara
muito na
mísera sorte
de um grande
gato preto
que morrera
em condições
bem penosas. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
216. As
informações
realmente
procediam,
eram sem
dúvida
probantes,
mas a melhor
prova foi
fornecida
pela bolsa
verde
bordada de
flores que
Goodrich-Freer
levava. No
começo do
inverno,
acontecia
muitas vezes
de ela ter
de sair com
muitos
cartões, por
isso
recorria ao
uso de uma
bolsa, que
era
justamente
verde e
bordada de
flores.
Acrescente-se
ainda que
naquela
época o
porto de
Boston
estava
bloqueado
pelos gelos
e a
temperatura
era
extremamente
fria. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
217. Na
narração da
Srta.
Goodrich, a
alternância
dos
incidentes
parece
realmente
complexa e
intrincada.
Convirá,
portanto,
esclarecê-los,
alinhando-os
em ordem
sucessiva.
Em primeiro
lugar,
nota-se que
a Srta.
Goodrich,
dotada de
faculdades
mediúnicas
pouco
comuns, teve
certa noite
de
submeter-se
a um
fenômeno de
“clarividência
no espaço”,
ou de “bilocação”,
em que sua
personalidade
espiritual
subconsciente
entrou em
relação, da
Inglaterra à
América do
Norte, com a
personalidade
subconsciente
da médium
Sra. Piper,
que lhe era
desconhecida. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
218.
Nota-se, em
segundo
lugar, que
numa
experiência
mediúnica
entre vivos,
tentada por
William
Stead com a
Srta.
Goodrich,
esta
transmitiu
sumariamente
ao primeiro
a narrativa
do episódio
exposto,
cujos
pormenores
correspondiam
à verdade,
salvo um
único em que
afirmava a
presença de
um grande
gato em
companhia da
Sra. Piper,
quando na
realidade
não se
tratava de
um gato
vivo, e sim,
de uma
“projeção do
pensamento”
da Sra.
Piper, que
naquele
momento
pensava na
infeliz
sorte de um
grande gato
preto, morto
pouco antes. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
219. Em
terceiro
lugar, vê-se
que a
médium, Sra.
Piper,
interrogada
pelo Dr.
Hodgson,
contou que
tivera a
visão da
Srta.
Goodrich,
dando provas
de minúcias
que
demonstravam
a veracidade
da visão da
mesma,
conquanto
demonstrasse
também que
as
circunstâncias
de lugar e
tempo não
coincidiam
com a visão
da outra
sensitiva. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
220.
Finalmente,
que a Srta.
Goodrich-Freer,
desejando
saber se a
sua própria
personalidade
subconsciente
seria capaz
de
informá-la
acerca do
conteúdo das
mensagens
por ela
transmitidas
a William
Stead,
pensou em
empregar,
para esse
fim, as suas
faculdades
de “visão no
cristal”,
tentando a
experiência
antes de
conhecer o
conteúdo da
comunicação
recebida em
seu nome
pelo Sr.
Stead. Dita
experiência
foi coroada
de pleno
êxito,
porque
apareceram
no cristal
as imagens
verídicas do
oceano
obstruído
por massas
de gelo e da
Sra. Piper
vestida com
um
penteador,
sentada em
uma
poltrona,
com aspecto
de cansada e
doente, mas
não apareceu
a imagem do
gato preto. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
221. Como se
vê, o caso é
teoricamente
de grande
interesse,
pois que se
trata de um
fenômeno
tríplice de
comunicações
mediúnicas
entre vivos:
a primeira
comunicação
em forma de
“visão
clarividente”
ou de
“bilocação”
entre a
Srta.
Goodrich-Freer
e a Sra.
Piper; a
segunda,
ainda em
forma de
“visão
clarividente”
entre a Sra.
Piper e a
Srta.
Goodrich-Freer
e a terceira
vez, por
meio da
psicografia,
entre a Sra.
Goodrich-Freer
e William
Stead. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
222. Pela
experiência
da “visão no
cristal”, a
Srta.
Goodrich-Freer
propunha-se
a entrar em
relação com
a sua
própria
subconsciência
e, assim,
certificar-se
se os
conhecimentos
obtidos
mediunicamente
por William
Stead a seu
respeito
eram
efetivamente
devidos à
ação
voluntária
de sua
personalidade
subconsciente
ou se, ao
contrário,
eram
consequência
de um
momento de
“clarividência
telepática”
por parte de
Stead. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
223. No
primeiro
caso, a
subconsciência
dela deveria
mostrar-se
informada a
respeito da
mensagem
transmitida
e, no
segundo,
deveria
ignorá-la.
Como se viu,
a
experiência
demonstrou
que a
subconsciência
da sensitiva
estava
perfeitamente
informada
sobre o
conteúdo da
mensagem
recebida por
Stead, o que
lhe dá muita
força em
favor da
tese aqui
sustentada.
Lamenta-se,
porém, que
Stead
houvesse
assistido à
experiência,
porque sua
presença
enfraqueceu
o valor da
prova,
tornando
legítima a
objeção de
uma possível
transmissão
do seu
pensamento à
sensitiva. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
224.
Contudo,
noto que se
se tratasse
de
transmissão
de
pensamento,
a visão que
apareceu no
cristal
representando
a Sra. Piper
sentada em
uma
poltrona,
vestida com
um penteador
e com ar de
cansada e
doente,
deveria
completar-se
com o
aparecimento
do gato
citado na
mensagem de
Stead, mas o
gato não
apareceu no
quadro visto
nele. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
225.
Teoricamente,
isto é
importante,
porque, na
hipótese da
origem
genuinamente
subconsciente
das imagens
vistas no
cristal, o
gato não
deveria ter
aparecido
porque, na
realidade,
tratava-se
de um erro
de
transmissão,
em que a
imagem-pensamento
que naquele
instante
afligia a
alma da Sra.
Piper fora
traduzida
erroneamente
pela imagem
concreta de
um gato
vivo. E, ao
contrário, a
mesma imagem
deveria ter
aparecido no
cristal se
se tratasse
de um
fenômeno de
transmissão
do
pensamento
de Stead,
visto que na
mensagem por
ele recebida
o gato era
citado como
realmente
existindo.
Baseando-se
neste
pormenor,
deve-se
concluir que
o episódio
em exame não
é explicável
pela
hipótese da
transmissão
do
pensamento. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
226. Faço
ponto na
ampla
enumeração
de
experiências
de William
Stead, em
que
perseverou
muitos anos,
não com o
propósito de
indagar a
fundo as
manifestações
dos vivos, e
sim com o
fim de
empregá-las
utilmente,
como se
houvesse se
servido do
telefone. Do
ponto de
vista
metapsíquico,
tal sistema
de
comunicações
supranormais
lhe eram
familiares
até o ponto
em que os
fenômenos
não o
interessavam
em si, mas,
quando havia
erros de
transmissão,
para estudar
as suas
causas. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
227. A
propósito
desse fato,
ele
escreveu:
“Estou tão
habituado a
usar minhas
faculdades
para as
necessidades
ordinárias
da vida, em
seu aspecto
civil, que
uma
comunicação
verídica é
para mim
natural. O
que me
interessa
são os erros
de
transmissão,
porque põem
à prova o
meu
discernimento”. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
228. É
supérfluo
acrescentar
que com os
outros
pesquisadores
acontece o
mesmo, pois
os fenômenos
de tal
natureza
mostram
quanto falta
saber sobre
os poderes
ocultos do
espírito
humano.
Ademais,
prestam-se
os ditos
erros a
corrigir a
tendência de
muitos
pesquisadores
espiritualistas,
propensos a
considerar
as
comunicações
mediúnicas
como funções
dos
“espíritos
desencarnados”,
como se o
homem não
fosse
“espírito”
até depois
de sua
morte. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
229.
Finalmente,
confirmo o
meu ponto de
vista de
que, para
resolver o
grande
problema da
sobrevivência
do espírito
humano
desencarnado,
o melhor
método é o
de estudar
os poderes
do espírito
humano
encarnado.
Na base de
tal
critério,
temos podido
afirmar que
o estudo dos
episódios
pertencentes
ao presente subgrupo,
nos quais as
comunicações
mediúnicas
entre vivos
são obtidas
por expressa
vontade do
médium,
episódios
que
aparentemente
subministravam
bom
argumento
aos
contraditores
da hipótese
espírita, se
volta contra
o dito
argumento,
demonstrando
que em tais
circunstâncias,
longe de
tratar-se de
um fenômeno
de
“clarividência
telepática”
ou de
“telestesia”,
trata-se de
verdadeiras
conversas
entre duas
personalidades
espirituais
subconscientes. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
230. Essa
demonstração
altera
completamente
os termos do
problema,
transformando
as
comunicações
mediúnicas
entre vivos
em
excelentes
provas a
favor da
genuinidade
das
comunicações
mediúnicas
dos mortos,
pois que,
com uma
investigação
profunda das
manifestações
dos vivos,
demonstra-se
que não
existem
faculdades
subconscientes
capazes de
selecionar à
distância
detalhes na
subconsciência
de outrem, e
menos ainda
de fazê-lo
sem limites
de tempo,
espaço e
condição,
mas que,
ficando
demonstrado,
nas
comunicações
dos vivos,
que são eles
mesmos que
comunicam os
seus dados
pessoais
para
identificar-se,
então se
deve
reconhecer
que, em
iguais casos
com os
mortos, são
eles
próprios que
proporcionam
os detalhes
de sua
identificação
e não o
médium, no
exercício de
suas
faculdades
supranormais,
quem os
capta e os
seleciona
onde quer
que seja. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
231. De
outro ponto
de vista,
poder-me-iam
objetar que
o fato em
si, de que
as
comunicações
mediúnicas
entre vivos
se realizam
em forma de
conversa
entre duas
personalidades
subconscientes,
não exclui
que os
médiuns
possam
igualmente
obter de
terceira
pessoa
afastada, da
mesma forma,
os detalhes
que
subministram
em nome do
pretenso
espírito do
morto,
objeção que
parece
legítima,
porém que
praticamente
não se
conta, pois
não existem
experiências
que a
confirmem. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C)
232. Uma vez
demonstrado
que as
comunicações
mediúnicas
entre vivos
consiste em
conversas
entre duas
personalidades
espirituais
subconscientes,
fica
inutilizada
a melhor
arma dos
adversários. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo C) (Continua
no próximo
número.)