Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno
de Miranda
(Parte 26)
Damos sequência
ao estudo metódico
e sequencial do
livro Sexo e Obsessão,
obra de
autoria de
Manoel Philomeno
de Miranda,
psicografada por
Divaldo P.
Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões
preliminares
A. Que pessoa se
dedicava de
verdade a
resgatar o padre
Mauro da vida
equivocada que
ele escolhera?
Sua própria mãe. O êxito, que ela não
conseguira através da educação e dos
exemplos luminosos de carinho e de renúncia,
quando no corpo físico, ela buscava agora,
em outra dimensão, na condição de anjo
protetor que não se cansa de ajudar. Esse
fato era o mais belo argumento prático
contra o tradicional dogma do Inferno para
os maus e do Céu para os bons. Aquela mãe,
que vivia o céu interior, não se permitia
plenitude enquanto não arrancasse o filho
amado do seu inferno de paixões internas, a
fim de rumarem ambos de mãos dadas para o
Paraíso. (Sexo
e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)
B. Quando o grupo socorrista se encontrava
na instituição espírita, foi ele
surpreendido com a visita de um benfeitor
espiritual. Quem era esse benfeitor?
À porta da sala de atividades mediúnicas,
onde se processavam também atendimentos
espirituais cirúrgicos no perispírito de
inúmeros sofredores do Mais Além, assim como
de portadores de transtornos obsessivos
profundos, o irmão Anacleto dialogava com
alguns Mentores em torno das questões
pertinentes aos deveres a que se entregavam,
quando o grupo foi surpreendido com a visita
do nobre Espírito Dr. Bezerra de Menezes que
chegou, provocando expressiva alegria.
Podia-se perceber quanto a veneranda
Entidade é amada por todos, em razão da
significativa folha de serviços prestados à
Humanidade.(Sexo e Obsessão, capítulo 14:
Visita oportuna.)
C. É correto afirmar que o sexo é, em muitos
casos, instrumento de alucinação?
Sim. Essa afirmação é do Dr. Bezerra de
Menezes, que assim se expressou sobre o
assunto: “O sexo, na Terra, ainda é
instrumento de alucinação, quando deveria
ser abençoado mecanismo de vida, construindo
corpos que se transformam em oficinas de
iluminação e escolas de sublimação para os
Espíritos em processo de crescimento na
direção de Deus. Graças ao fascínio que se
deriva do prazer imediato, não poucos
indivíduos encarceram-se no gozo, distantes
da responsabilidade e do dever para com o
seu parceiro, ou as consequências que
sucedem ao ato sexual, quais a fecundação, o
aprisionamento na afetividade atormentada,
abrindo espaços para as ações criminosas do
aborto delituoso e da separação dilaceradora
dos sentimentos. No seu aspecto mais
grosseiro imana o indivíduo às paixões
asselvajadas, fixando-o nas faixas primárias
do instinto, sem que a razão ou o
discernimento possa contribuir em favor da
plenitude, antes sacrificando aquele que se
lhe entrega irracionalmente”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)
Texto para leitura
128. Amor
de mãe é insuperável –
Da forma como chocaram o autor desta obra as
informações do bordel de luxo e a
consequente desgraça de Madame X, dando-lhe
conta de que hoje se multiplicam inumeráveis
deles na Terra, cujos proprietários e
divulgadores são ex-residentes da cidade
perversa, aonde são levados durante o sono
fisiológico em desdobramentos espirituais, a
repugnância e dor eram agora substituídos
pela ternura e alegria ante a força
perseverante do amor de mãe, que se atirava
no rumo do abismo para resgatar o filho
desvairado que Deus lhe emprestara através
das reencarnações. O êxito, que não
conseguira através da educação e dos
exemplos luminosos de carinho e de renúncia,
quando no corpo físico, permanecia buscando
agora, em outra dimensão através de
tentativas incessantes, na condição de anjo
protetor que não se cansa de ajudar. Ali
estava o mais belo argumento prático contra
o tradicional dogma do Inferno para os maus
e do Céu para os bons. Aquela mãe, que vivia
o céu interior, não se permitia plenitude
enquanto não arrancasse o filho amado do seu
inferno de paixões internas, a fim de
rumarem ambos de mãos dadas para o Paraíso,
onde o trabalho e a misericórdia são o
cotidiano de todos. (Sexo
e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)
129. Uma
visita importante –
De volta à Instituição espírita, sempre
movimentada, Manoel Philomeno se surpreendia
por verificar que não havia horário em que
não estivessem em movimentação trabalhadores
de várias procedências espirituais e
necessitados de ambos os planos da Vida,
buscando a austera Entidade, que a todos
albergava com carinho, misericórdia e
iluminação de consciências, que parecia
ser-lhe a meta maior, a fim de proporcionar
a libertação da ignorância a todos aqueles
que a buscavam. Em realidade, não é outra a
finalidade do Espiritismo, despertando o
Espírito para as suas responsabilidades e
cumprimento dos deveres, conscientizando-o
do significado da sua existência, quando no
corpo, e da sua realidade, quando
desencarnado, a fim de avançar sem
impedimento no Grande Rumo... O vaivém de
Entidades desencarnadas era surpreendente,
caracterizando o esforço de abnegados
Mensageiros da Luz que não descansam, sempre
afeiçoados à ação da caridade e do Bem
inefável. À porta da sala de atividades
mediúnicas, onde se processavam também
atendimentos espirituais cirúrgicos no
perispírito de inúmeros sofredores do Mais
Além, assim como de portadores de
transtornos obsessivos profundos, o irmão
Anacleto dialogava com alguns Mentores em
torno das questões pertinentes aos deveres a
que se entregavam. Nesse ínterim, o grupo
foi surpreendido com a visita do nobre
Espírito Dr. Bezerra de Menezes que chegou,
provocando expressiva alegria. Podia-se
perceber quanto a veneranda Entidade é amada
por todos, em razão da significativa folha
de serviços prestados à Humanidade. (Sexo
e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)
130. O
fascínio do prazer imediato –
À paz que reinava entre todos associou-se o
inefável júbilo pela presença do amado
Mentor. Todos se acercaram, formando um
círculo à sua volta, e ele, sem ocultar,
também, a mesma satisfação, pareceu
justificar-se lamentando não haver informado
antes do seu plano de passar pela
Instituição, a fim de participar do labor
que estava programado em relação ao marquês
de Sade. “Tratando-se de uma questão
palpitante – elucidou com modéstia – qual a
dos distúrbios na área do sexo, todos
estamos muito interessados em aprender e
conseguir soluções, socorrendo aqueles que
se extraviaram, perdendo-se no labirinto das
paixões mais primevas, de maneira que se
possam levantar do charco pestilencial em
que se encontram, aspirando o oxigênio
abençoado do planalto da fé libertadora.”
Depois de pequena pausa, prosseguiu: “O
sexo, na Terra, ainda é instrumento de
alucinação, quando deveria ser abençoado
mecanismo de vida, construindo corpos que se
transformam em oficinas de iluminação e
escolas de sublimação para os Espíritos em
processo de crescimento na direção de Deus.
Graças ao fascínio que se deriva do prazer
imediato, não poucos indivíduos
encarceram-se no gozo, distantes da
responsabilidade e do dever para com o seu
parceiro, ou as consequências que sucedem ao
ato sexual, quais a fecundação, o
aprisionamento na afetividade atormentada,
abrindo espaços para as ações criminosas do
aborto delituoso e da separação dilaceradora
dos sentimentos. No seu aspecto mais
grosseiro imana o indivíduo às paixões
asselvajadas, fixando-o nas faixas primárias
do instinto, sem que a razão ou o
discernimento possa contribuir em favor da
plenitude, antes sacrificando aquele que se
lhe entrega irracionalmente”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)
131. Finalidade
do sexo –
Dr. Bezerra havia sido cientificado pela
benfeitora madre Clara de Jesus a respeito
do encontro terapêutico programado para
aquela noite. Sentindo-se inteiramente à
vontade, facultou que o Instrutor Anacleto
lhe solicitasse a cooperação em torno de uma
breve dissertação a respeito da problemática
do sexo e da obsessão, a fim de que todos os
que ali se encontravam pudessem
beneficiar-se com sua palavra sábia e sua
proverbial experiência. O lúcido amigo
concentrou-se, e lentamente começou a
irradiar claridade argêntea que o envolvia
em tonalidades variadas, produzindo em todos
os presentes incomum emoção. Após a breve
interiorização, começou a falar com
inesquecível tonalidade de voz, em que
ressumavam os seus sentimentos de amor e de
paternidade espiritual, convocando os
ouvintes a reflexões muito profundas e
significativas. Sem delongas, considerou: “O
sexo é departamento importante do aparelho
genésico criado com a finalidade específica
para a procriação. Responsável pela
reprodução dos seres vivos, constitui
extraordinário investimento da vida, que o
vem aperfeiçoando através dos milênios, a
fim de o transformar em feixe de elevadas
emoções que exaltam a Criação. Quando
compreendido nos objetivos para os quais foi
elaborado, transforma-se em fonte geradora
de felicidade, emulando ao amor e à ternura
que expressa em forma de vitalidade e de
bem-estar. Quando aviltado por qualquer
forma de manifestação incorreta, faz-se
cadeia retentora do ser na paisagem sórdida
à qual foi atirado. Acionado pelo instinto,
manifesta-se automaticamente por meio de
impulsos que induzem à coabitação para o
milagre da criação de novas formas de vida.
Responsável pelo invólucro material,
responde pela bênção de proporcionar o
instrumento corporal, mediante o qual o
Espírito evolve no rumo do Infinito”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)
132. O
sexo ao longo dos séculos –
Na sequência, o Médico dos Pobres
acrescentou: “Com características próprias
em cada fase do processo evolutivo, no ser
humano alcança o seu estágio mais elevado,
por vincular-se às emoções, lentamente
superando as sensações mais primárias por
onde passou no período das experiências
iniciais da forma animal. Responsável pelos
grandes envolvimentos na arte, na beleza, na
fé, no conhecimento científico e filosófico,
é sede de valores ainda não desvelados. Em
razão das explosões iniciais dos impulsos
mais animalizados, vem governando a
sociedade humana através dos tempos,
constituindo-se instrumento de crimes
hediondos e de guerras lancinantes,
destrutivas, gerando consequências
imprevisíveis para a sociedade de todas as
épocas. Homens e mulheres de destaque na
História utilizaram-no para fins ignóbeis,
entregando-se a aberrações que celebrizaram
determinados povos e períodos, assinalados
pelas suas orgias e inomináveis aberrações
chocantes que, no entanto, obedeciam às
paixões dominantes. Da mesma forma, produziu
manifestações de sentimentos afetivos
celebrados em Obras de incomparável beleza,
em que a renúncia e a abnegação, o
sacrifício e o holocausto se transformaram
em opções únicas para dignificá-lo.
Profundamente arraigado na instrumentalidade
material, encontram-se as suas gêneses no
ser profundo, no Espírito que, habituado às
suas imposições, transfere de uma para outra
existência aspirações e desejos que, não
atendidos, se transformam em conflitos e
sofrimentos dilaceradores, mas quando
vivenciados se expressam através de
estímulos para o crescimento interior e para
a conquista da plenitude. Inegavelmente, na
raiz de inumeráveis aspirações e anseios do
coração, encontra-se a libido como
desencadeadora de motivações, mesmo que de
forma sub-reptícia, o que induziu Freud a
conceder-lhe valor excessivo”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.) (Continua
no próximo número.)