GUARACI DE LIMA
SILVEIRA
guaracisilveira@gmail.com
Juiz de Fora,
MG
(Brasil)
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Abençoada ou
amaldiçoada
dor?
E a dor, quem gosta de
senti-la ou tê-la por
perto de vez em quando
ou ainda espreitando sua
vida? Ah dor, fiel
companheira do homem
desde os milênios
passados. Dor aguda, ou
seja: aquela limitada a
um determinado período
de tempo e gravidade, e
a dor crônica, aquela
que perdura por um
determinado tempo ou até
mesmo durante toda a
vida. No livro A Gênese,
Allan Kardec diz no
capítulo 3, it. 5, que:
“A dor é o aguilhão que
impele o Espírito para
frente, na senda do
progresso”. No livro O
Evangelho segundo o
Espiritismo, no capítulo
9, it. 7, um Espírito
Amigo numa comunicação
datada de 1862 vai dizer
que: “A dor é uma bênção
que Deus envia a seus
eleitos”. E continua
dizendo: “Não vos
aflijais, portanto,
quando sofrerdes, mas,
pelo contrário, bendizei
a Deus todo-poderoso,
que vos marcou com a dor
neste mundo, para a
glória no céu”.
Estudos relacionados ao
Perispírito nos leva a
entender que o corpo
físico está sugando do
corpo perispirítico
aquelas manchas,
sequelas causadas por
ações equivocadas
impetradas pelo
Espírito. Isto, claro,
quando a dor for física.
Nos casos de dores
morais, emocionais,
mentais, também se
verifica algum tipo de
reajuste do Espírito
perante as Leis Divinas.
Há também a dor evolução
“Que atua de fora para
dentro, aprimorando o
ser, sem a qual não
existiria progresso”,
nas palavras de André
Luiz no Livro Ação e
Reação, cap. 19. E vemos
que toda a
espiritualidade comenta
que a dor cessará um
dia, quando a humanidade
se der conta da sua
grandeza de centelha
divina e ajustar-se
promovendo
conscientemente sua
evolução.
O que são as células da
glia? A resposta nos diz
que “são células
não neuronais do sistema
nervoso central que
proporcionam suporte e
nutrição aos neurônios”.
Elas zelam pelo sistema
nervoso, mas seu cuidado
pode ir longe demais,
como nos diz R. Douglas
Fields, editor chefe da
revista Neuron Glia
Biology.
E ele comenta: “Se
conseguirmos domá-las,
será possível aliviar as
dores não tratáveis com
os atuais medicamentos”.
Segundo estudos no
passado, todos os
tratamentos da dor
crônica buscavam
amortecer a atividade
dos neurônios, mas
conclui R. Douglas
Fields, dizendo: “... a
dor não pode ser
interrompida se as
células da glia
continuarem a incitar as
células nervosas”. Essas
células trabalham
incessantemente para que
os neurônios cumpram com
exatidão seus papéis,
daí que alguma ação de
dentro pode incitá-las a
mais cuidados que podem
gerar a dor. E de onde
vem essa ação interna?
Pode vir de um
ferimento, de um
comportamento extra com
alimentação ou excessos
físicos, de um estresse
ou outras fontes
detectáveis e que foram
geradas pelo indivíduo
naquela encarnação.
Mas existem ações que
surgem espontaneamente
muito embora a pessoa
não cometa nenhum
excesso e atinge o
sistema nervoso daí
surgindo a dor. É o
momento de repensarmos
as profundas lições que
nos foram e são passadas
pela espiritualidade
amiga. Muitas vezes os
tratamentos devem seguir
os padrões da
fluidoterapia, como
passes e água
magnetizada, cujas
moléculas vão atuar
diretamente na fonte
originária da ação
perturbadora do bom
funcionamento orgânico.
Há os que acreditam em
milagres. Talvez o maior
milagre seja o do
entendimento das leis
que regulam a vida e os
comportamentos do
Espírito em suas
jornadas. O corpo
responde às ordens do
Espírito que as
transmite através do
perispírito. Se esse
estiver doente,
esgarçado ou com
manchas, certamente que
a comunicação entre
Espírito e corpo será
prejudicada.
Se o problema foi gerado
por escolhas do Espírito
é necessário que agora
ele se coloque em alerta
para corrigir o dano
causado. Existem dados
interessantes sobre a
dor: de 10 a 20% da
população dos Estados
Unidos e da Europa
afirmam sofrer de dor
crônica. Desses, 59% são
mulheres e, desses, 18%
apenas buscam a medicina
alternativa. Daí que a
dor campeia eufórica
pelas sociedades. Mais
uma vez afirmamos a
excelência da Doutrina
Espírita que nos coloca
à frente dos estudos
científicos e nos dá a
razão dos efeitos a
partir das causas
cravadas no perispírito
ou por alguma
necessidade evolutiva.
Não é necessário sofrer
ou, se ainda o for, que
o façamos com a certeza
de que esse processo
cessará um dia quando
não mais buscarmos os
carrosséis das fantasias
e nos atrelarmos
definitivamente aos
corcéis que nos levarão
aos caminhos do saber e
das verdades que
necessitamos apreender.
Naqueles tempos nós
mesmos definiremos a dor
como abençoada ou
amaldiçoada.
No século dezenove
Victor Hugo estava
reencarnado. Espírito de
ditos profundos, ao
desencarnar contaminou
seus estudos no campo
dos aprofundamentos e
nos trouxe em seu livro:
Almas Crucificadas,
psicografado por dona
Zilda Gama, a seguinte
informação, contida no
capítulo sete: “A dor é
moeda luminosa com que
todos neste orbe podem
conseguir a salvação
perene da alma, o
resgate de todos os
delitos”. Muito
conclusiva esta
informação. E se a
juntarmos com outro
texto seu, agora
retirado do livro: Do
Calvário ao Infinito,
que diz: “É a dor o
lapidário da alma e
unicamente o seu cinzel
destrói-lhe os vincos,
tira-lhes as
escabrosidades,
adelgaça-a, dá-lhe
polimento e facetas que
a tornam – diamante
divino e vivo que o é –
luminosa e
resplendente”; vamos nos
instruir um pouco mais a
respeito da dor.
Eclipse passageiro vai
luzindo a alma a cada
fase e facetas
necessárias a cada
indivíduo. Não é como
muitos supõem um
tormento desastroso,
trágico e danoso que
infelicita. É antes de
tudo um argumento
superior da vida a favor
dos seus transeuntes a
caminho dos céus. O que
vale saber é o como a
recebemos e convivemos
com sua presença. Daqui
a pouco ela irá como
fiscal que cobra dos
viajantes o bilhete de
ingressos aos planos
superiores da
consciência. Se
amaldiçoada agora, será
abençoada num futuro
onde formos reflexos de
Deus.