O leitor Alírio Silveira
Filho enviou-nos algum tempo
atrás a seguinte pergunta
relacionada com os jogos de
azar: “Por que não jogar?
Gostaria de conhecer
bastante sobre este tema”.
Como advertiu Paulo de
Tarso em conhecida epístola,
tudo na vida nos é lícito,
mas nem tudo nos convém.
O jogo de azar gera uma
série de efeitos negativos,
tanto naqueles que costumam
ser contemplados com a
chamada sorte no jogo, como
naqueles que despendem nessa
prática recursos vultosos
desviados do orçamento
doméstico, fato que chega,
em muitos casos, a levá-los
à ruína econômica e
financeira.
Algum tempo atrás, um
amigo de lides espíritas
atendeu um colega que lhe
solicitou ajuda para
livrar-se da tentação de
jogar, um vício de que ele
pensava estar livre, mas que
voltava com toda a força,
embora os jogos de azar o
tivessem levado, no passado,
a perder tudo o que tinha,
inclusive a própria casa.
Aos dotados da sorte no
jogo, se é que podemos
chamar isso de sorte, o jogo
passa a ideia de que é
melhor jogar do que
trabalhar, incentivando
assim a indolência e a
indisposição para a prática
de uma atividade honesta.
Aos chamados azarados, o
jogo de azar pode trazer a
ruína, não somente em termos
econômicos e financeiros,
mas a ruína moral, com todas
as consequências que esse
fato é capaz de causar no
seio de uma família.
Quando praticado sem
interesse financeiro e como
singelo entretenimento, o
jogo não é intrinsecamente
mau. Mas ninguém pode
ignorar seu potencial
viciante, fato que levou a
Organização Mundial de
Saúde, em 1992, a incluir os
jogos de azar na lista
oficial de doenças, visto
que o vício de jogar causa a
degradação moral do cidadão,
que se torna escravo de uma
situação da qual é, muitas
vezes, incapaz de sair.
O jogador compulsivo,
segundo entendimento dos
especialistas, não destrói
apenas a pessoa que joga,
mas causa frequentemente
prejuízos de toda ordem à
sua família, freando, por
incontáveis vezes, o
desenvolvimento de crianças
e jovens. Não é difícil,
pois, compreender que os
malefícios do vício no jogo
têm impacto, em última
análise, em toda a
sociedade.
Uma oportuna e
interessante nota publicada
no website Brasil sem
Azar -
http://brasilsemazar.com.br/12-coisas-sobre-jogos-de-azar/
- relaciona 12 razões para
que o chamado mercado da
jogatina não seja legalmente
liberado em nosso país.
Das razões apontadas na
nota destacamos estas:
1. Problemas relacionados
aos jogos de azar atingem
cerca de 8% a 10% da
população brasileira em
potencial. Parte dela já
sofre algum tipo de
patologia por conta do jogo.
2. O jogo pode facilmente
mudar de uma simples
brincadeira para um problema
mais sério. Quando se torna
um problema, ele é chamado
de “Ludomania”.
3. Dentre os problemas
relacionados se encontra o
vício compulsivo. Isso
acontece devido a uma
desordem de controle de
impulso, quando os jogadores
não apresentam controle
psicológico no momento de
realizar um jogo.
4. A atividade cerebral é a
mesma da cocaína, dizem
cientistas da Universidade
Harvard, nos Estados Unidos,
que fizeram um experimento
com ressonância magnética em
pessoas viciadas em jogo e
pessoas que utilizaram
cocaína.
5. Em 1992, a Organização
Mundial da Saúde (OMS)
colocou o jogo compulsivo no
Código Internacional de
Doenças, ao lado da
dependência do álcool, da
cocaína e de outras drogas.
6. Com o vício, outra grande
consequência diz respeito às
dificuldades financeiras nas
famílias envolvidas
diretamente com um indivíduo
viciado. Endividamento,
contas atrasadas, pedidos
constantes de dinheiro
emprestado, roubo de objetos
da casa e imóveis penhorados
estão dentre os casos mais
comuns decorrentes da perda
de dinheiro.
7. As consequências do jogo
contínuo e ininterrupto
podem também incluir
desgastes físicos como
úlceras nervosas, enxaquecas
e ataques cardíacos.
8. Com os inúmeros problemas
acumulados pela dificuldade
financeira e desequilíbrio
psicológico, surge a
depressão. Em alguns casos,
o suicídio pode ser a
consequência.
9. O jogo compulsivo é uma
doença comportamental e o
viciado necessita de uma
intervenção rigorosa da
família. Para tal, é
necessário tratamento
especializado, com apoio,
inclusive, da psicoterapia.
No tocante aos aspectos
espirituais da questão,
seria interessante que os
interessados conhecessem a
experiência relatada na obra
mediúnica Jogo: mergulho
no vulcão, escrita por
Claudinei (Espírito) pelas
mãos do médium Eurípedes
Kühl, obra publicada
originalmente em 1998 pela
editora LÚMEN, de São Paulo
(SP),
e recentemente editada pela
EVOC – Editora Virtual O
Consolador.(1)
Nela o autor espiritual põe
a descoberto as
consequências do vício do
jogo, configurando-o como
“ferrugem da alma”. Sincera
e forte, a trama ofertada à
nossa reflexão desloca para
a borda do vulcão
(infelicidade) o cenário
geral do jogo, composto das
vertentes “jogo-ambição”,
“jogo-divertimento”, ou
“jogo-passatempo”, por vezes
com suas faces disfarçadas
de inocência: rifas,
sorteios, bingos e loterias
em geral. Tudo isso,
infelizmente, posto ao
alcance de todos, em
bandejas oficiais, ou o que
é pior: às vezes, no próprio
lar.
No jogo passa-se, em geral,
da “distração” à viciação,
sem se dar conta,
sofrendo-se depois os
tormentos oriundos de perdas
acumuladas. Ganhos, raros no
ato, se dissolvem em novas
perdas, a bordo do
irresistível impulso do “reinvestimento”,
pela cupidez de ganhar mais
e mais. Um dado, uma ficha,
uma cartela ou uma carta de
baralho, na maioria das
vezes, constituem trampolim
para mergulhos naquele
vulcão...
Cremos que as informações
aqui prestadas são
suficientes para que o
leitor encontre, por si
próprio, resposta à sua
pergunta: Por que não jogar?
(1)
O livro Jogo: mergulho
no vulcão pode ser lido,
impresso ou baixado, sem
custo nenhum, bastando para
isso acessar a página da
EVOC na Web. Eis o link: -
http://www.oconsolador.com.br/editora/1a50/Jogo_mergulho_no_vulcao.htm
|
Para
esclarecer
suas
dúvidas,
preencha
e
envie
o
formulário
abaixo. |
|
Sua
pergunta
será
respondida
em
uma
de
nossas
futuras
edições. |
|
|
|