Para que serve a sua fé?
Você já se fez
essa pergunta?
Esse
questionamento
deve ser feito
por todo
cristão,
independente de
qual seja a
religião que
tenha escolhido.
Pelo menos é o
que nos
recomenda
Emmanuel, no
capítulo 92 do
livro Vinha
de Luz: “Qual
a finalidade do
esforço
religioso em
minha vida?”
Esta é a
interrogação que
todos os crentes
deveriam
formular a si
mesmos,
frequentemente.
– ensina ele.
Vamos fazer
alguns
questionamentos
relativos ao
nosso dia a dia.
Por exemplo,
quando uma
família paga
aluguel e se
esforça para
trabalhar unida,
economizando
bastante, e
consegue comprar
a casa própria,
qual foi o
objetivo dessa
conquista?
Melhorar as
condições de
vida de todos,
não é assim?
Deixa-se de
gastar com a
locação e passa
a residir em
residência
própria.
Outra pergunta:
quando temos um
carro velho que
começa a dar
muitas despesas
na oficina para
reparar os
estragos e
conseguimos
trocar por um
carro mais novo
em melhores
condições, qual
foi o objetivo
desse novo
veículo?
Melhorar as
condições de
vida de seus
usuários, não é
verdade?
Passemos a mais
um raciocínio:
quando temos que
tomar um remédio
amargo ou até
mesmo nos
submetemos a uma
cirurgia para
reconquistar a
saúde, qual é a
intenção ao
passarmos por
esse sofrimento?
Melhorar a saúde
do nosso corpo
físico,
concorda?
Só mais um
exemplo: ao
procurarmos por
um emprego
melhor para
obtermos um
ganho que atenda
mais às
necessidades
financeiras da
família ou da
própria pessoa,
qual é a meta
dessa mudança?
Melhorar a
situação de
ganho da pessoa
ou da família;
alguém discorda?
Reparamos com
esses poucos
exemplos que
estamos sempre
objetivando uma
situação melhor
em nossa vida, o
que é um direito
de todos.
Em O Livro
dos Espíritos,
questão 781,
Kardec afirma
que o progresso
é uma condição
da natureza
humana, não
estando ao
alcance de
ninguém a ele se
opor. Portanto,
procurar a
melhoria das
condições
materiais da
vida por meios
honestos, não
envolve nenhum
erro.
Retornemos à
indagação
inicial de
Emmanuel: Qual a
finalidade do
esforço
religioso em
minha vida?
Já procurou
responder a essa
questão? Vou
transcrever a
afirmação de
Emmanuel no
mesmo capítulo
citado: “Raramente se
entrega o homem
aos exercícios
da fé, sem
espírito de comercialismo
inferior.
Comumente,
busca-se o
templo religioso
com a
preocupação de
ganhar alguma
coisa para o dia
que passa”.
Ufa! Ainda bem
que quem afirma
isso é Emmanuel!
E se você pensa
que parou por
aí, se enganou.
Ele prossegue:
“Seria a crença
tão somente
recurso para
facilitar certas
operações
mecânicas ou
rudimentares da
vida humana? Os
irracionais,
porventura, não
as realizam sem
maior esforço?
Nutrir-se,
repousar,
dilatar a
espécie são
característicos
dos próprios
seres
embrionários”.
Meu Deus! Como
sempre os
Espíritos
superiores não
apalpam a
situação, vão
direto ao ponto.
Já que
começamos, vamos
continuar em
companhia de
Emmanuel: “O
objetivo da fé
constitui
realização mais
profunda. É a
‘salvação’ a que
se reporta a Boa
Nova, por
excelência. E
como Deus não
nos criou para a
perdição,
salvar, segundo
o Evangelho,
significa
elevar,
purificar e
sublimar,
intensificando-se
a iluminação do
espírito para a
Vida Eterna”.
Disse tudo! O
Espiritismo não
vive a oferecer
soluções prontas
para os
problemas da
vida, quer seja
material ou
espiritual.
Aponta o caminho
para
solucionarmos as
nossas angústias
através da nossa
reforma íntima.
Essa tal de salvação interpretada
por muitos de
maneira cômoda
como se alguma
religião ou
alguém nos
entregasse a
solução para
nossas
dificuldades,
gratuitamente,
absolutamente
não existe.
Salvar-se não é
ir para um céu
imaginário.
Salvar-se é
aproveitar ao
máximo a atual
reencarnação que
nos foi
permitida pela
misericórdia de
Deus. E, para
que isso
aconteça, não
podemos
exercitar a
nossa fé com
objetivo de comercialismo
inferior que
se caracteriza
em ir ao templo
religioso, seja
ele qual for, em
busca de solução
pronta para a
colheita
dolorosa daquilo
que plantamos na
posse do
livre-arbítrio.
Afirma Emmanuel
nesse mesmo
capítulo que a
fé representa a
bússola, a
lâmpada acesa a
orientar-nos os
passos através
dos obstáculos.
Orienta-nos os
passos, mas não
caminha por nós.
Aliás, essa
condição foi
deixada bem
clara por Jesus
quando afirmou
que quem
desejasse
segui-Lo, que
tomasse sua cruz
e o fizesse. Não
prometeu
caminhar por
nós. Não
prometeu
carregar a cruz
que nos é
própria.
Da mesma forma
como temos
planos,
estímulo,
forças, para
buscar a
melhoria das
condições de
vida, que
procuramos
exemplificar nas
linhas
anteriores, com
muito mais razão
devemos ter a
mesma decisão
firme para
empregar a fé
que nos abençoa
a atual
existência para
adquirir tudo de
que necessitamos
para a nossa
melhoria
espiritual.
Essa decisão
exclui o egoísmo
e o orgulho
ainda tão
arraigados em
nosso íntimo.
Conforme afirma
Emmanuel, não há
vitória da
claridade sem
expulsão das
sombras, nem
elevação sem
suor da subida.
E essa vitória e
essa elevação
somente serão
alcançadas se
pararmos para
meditar
corajosamente
para que serve a
nossa fé.