A. Quando um
Espírito
interfere na
comunicação
que o médium
está
recebendo de
outro
Espírito,
este chega a
ver o
intruso
espiritual?
O fato
narrado pela
Sra. Fred.
Maturin,
autora do
livro de
revelações
mediúnicas Rachel
Conforted –
descrito
nesta obra
como o Caso
22 –,
leva-nos a
entender que
o intruso
espiritual
pode
realmente
não ser
visto pelo
Espírito em
cuja
comunicação
ele
interferiu.
Essa é a
tese
defendida
pelo Prof.
Hyslop, que,
baseando-se
em suas
próprias
experiências,
entende que
certos erros
aparentes,
certas
confusões,
certas
incoerências,
quando
ocorrem nas
comunicações
mediúnicas
e,
sobretudo,
certas
intrusões de
acidentes
completamente
estranhos à
personalidade
do morto
comunicante,
são
presumivelmente
devidos a
ingerências
de outras
entidades
desencarnadas,
que se davam
sem que de
tal se
inteirasse o
morto
comunicante. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
B. Por que
razão o
comunicante
não veria
que outro
Espírito
esteja
interferindo
na sua
comunicação?
Bozzano
presume que
isso talvez
aconteça
porque as
comunicações
mediúnicas
não implicam
quase a
“incorporação”
temporal do
“espírito”
no médium,
podendo se
dar o caso
de uma
transmissão
telepática
do
pensamento
do primeiro,
ao órgão
cerebral do
segundo. Um
espírito
estranho,
percebendo a
presença de
um médium,
pode
servir-se
dele para
transmitir
aos vivos
uma mensagem
sua,
provavelmente
ignorando
que outro
esteja
servindo-se
do mesmo
médium
naquele
momento. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
C. São
comuns os
casos de
comunicação
no momento
da morte ou
na agonia?
Há registros
de fatos
assim, mas
diz Bozzano
que tais
episódios
são raros.
Nesta obra,
por exemplo,
ele só
relata
quatro
casos, um
dos quais é
de segunda
mão e,
portanto,
deficiente
como prova. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
Texto para
leitura
251. O
detalhe mais
interessante
deste
episódio se
contém numa
observação
feita pela
narradora,
segundo a
qual “Sunny”
(que era a
entidade
comunicante)
parece não
ter visto o
espírito
intruso que
se
intrometeu
na
comunicação. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
252. Tal
observação é
teoricamente
importantíssima
pelas
seguintes
razões: O
Prof. Hyslop,
baseando-se
em suas
próprias
experiências,
sustentava a
tese de que
certos erros
aparentes,
certas
confusões,
certas
incoerências,
quando
ocorriam nas
comunicações
mediúnicas
e,
sobretudo,
certas
intrusões de
acidentes
completamente
estranhos à
personalidade
do morto
comunicante,
eram
presumivelmente
devidas a
imprevistas
ingerências
de outras
entidades
desencarnadas,
que se davam
sem que de
tal se
inteirasse o
morto
comunicante. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
253. O Prof.
Hyslop o
afirmava com
base em suas
experiências,
mas quem
poderia
aceitar tal
explicação,
que, além de
parecer
gratuita,
não era
cientificamente
confirmável?
Compreende-se
bem que a
afirmativa
de Hyslop
não fosse
levada em
consideração. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
254. Ora, o
incidente
referido
linhas acima
contém um
exemplo de
comunicações
mediúnicas
entre vivos
capaz de
confirmar
experimentalmente
a hipótese
do Prof.
Hyslop,
levando-se
em conta que
desta vez
não se trata
de uma
interferência
não
verificável
do além-túmulo,
mas
verificável aquém-túmulo. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
255. Ao
mesmo tempo
se observa
que o
espírito do
morto
comunicante
não tinha
consciência
do que
estava
acontecendo;
percebeu
apenas que
se levantava
para ele uma
dificuldade
repentina e
inexplicável
de se
comunicar
mediunicamente
com o mundo
dos vivos,
precisamente
como
afirmava o
Prof. Hyslop. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
256. Quanto
às causas
presumíveis
que fazem um
espírito
comunicante
ignorar a
presença de
outro que
procura
servir-se
simultaneamente
do mesmo
médium, já
não é de
urgência
teórica a
sua
elucidação.
É lícito,
porém,
presumir que
isto
aconteça
porque as
comunicações
mediúnicas
não implicam
quase a
“incorporação”
temporal do
“espírito”
no médium,
podendo se
dar o caso
de uma
transmissão
telepática
do
pensamento
do primeiro,
ao órgão
cerebral do
segundo. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
257. Isto
posto,
compreende-se
que se um
espírito
estranho,
percebendo a
presença de
um médium,
possa
servir-se
dele para
transmitir
aos vivos
uma mensagem
sua
(provavelmente
ignorando,
por sua vez,
que outro se
serve do
mesmo
naquele
momento),
pode fazê-lo
sem que o
outro
comunicante
note a sua
presença,
sentindo
apenas uma
repentina e
inexplicável
dificuldade
em
transmitir o
seu próprio
pensamento,
dificuldade
esta
proveniente
da
interferência
de suas
vibrações
psíquicas
pessoais com
outras
vibrações
estranhas. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo D)
258. Casos
de transição
no momento
da morte ou
na agonia – Antes
de tratar do
grupo em que
se
consideram
as
comunicações
entre vivos,
que aparecem
efetivamente
transmitidas
com o
auxílio de
uma entidade
espiritual
intermediária,
será bom
relatar
alguns casos
de
transição,
porque se
referem a
incidentes
em que o
agente que
se comunica
mediunicamente
a distância
é um
moribundo
que anuncia
a iminência
de morte, ou
bem uma
pessoa
falecida
momentos
antes de
ocorrer a
comunicação. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
259. O que
se disse
para os
casos do
último subgrupo deve
ser repetido
aqui, ou
seja, que
tais
episódios
são raros,
de modo que
só disponho
de quatro
deles, um
dos quais é
de segunda
mão e,
portanto,
deficiente
como prova. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
260. Caso
23 – O
maestro
compositor
Ernest Blum,
que havia
conhecido
Victor Hugo
e Auguste
Vacquerie,
refere em
sua
autobiografia
o que
aconteceu
com Victor
Hugo, nas
suas
experiências
na ilha de
Guernesey:
Victor Hugo
sempre
declarou
estar
convencido
das verdades
do espírito.
Igualmente o
estavam seus
dois filhos
e seus dois
amigos
Vacquerie e
Paul Mérice.
O próprio
Vacquerie me
narrou o
seguinte
fato:
– Certa
noite de
inverno em
Guernesey se
faziam
experiências
com o tripé.
Estavam
presentes o
grande
poeta, seus
dois filhos
e Vacquerie.
Servia de
médium
Charles
Hugo, que
tomava conta
das letras
do alfabeto
ditadas pela
mesinha e
transmitia
as
respostas.
Subitamente
lançou ele
um grito de
dolorosa
surpresa e
exclamou:
“Os
espíritos me
participam a
triste
notícia de
que neste
momento
morreu a
Sra. de
Girardin”.
Eram dez
horas da
noite.
Naquela
mesma noite
havia Victor
Hugo
recebido uma
carta da
Sra. de
Girardin na
qual lhe
comunicava
que iria
passar uns
dias em
Guernesey,
de modo que
ele deveria
esperá-la de
um momento
para outro.
Dois dias
após chegou
uma carta em
que se
participava
a morte da
referida
senhora.
Ninguém em
Guernesey
podia saber
de tal
coisa, pois
não havia
telégrafo
nem telefone
e, portanto,
Charles Hugo
o ignorava,
como todos
os demais. O
mais
interessante,
porém, é que
ela havia
falecido
precisamente
na noite da
sessão às 10
horas.
Confesso que
quando penso
neste
episódio
sinto um
calafrio,
porque como
pô-lo em
dúvida com
tais
testemunhas? (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
261. No caso
citado,
Charles Hugo
assim se
expressa:
“Os
espíritos me
participam a
triste
nova...”, do
que se
poderia
concluir que
não fosse
precisamente
a Sra. de
Girardin
quem
comunicasse
a própria
morte, mas
algum
espírito
familiar ao
médium, o
que pode ser
certo. Como,
porém, não é
lícito
admiti-lo
baseando-nos
simplesmente
em uma
afirmação
como a
exposta,
devemos
apegar-nos à
“hipótese
menos lata”
aplicável ao
caso que é a
de uma
comunicação
da Sra.
Girardin
moribunda ou
recém-falecida. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
262. Caso
24 – Emma
Hardinge-Britten,
em seu livro Modern
American
Spiritualism,
pág. 500,
narra uma
série de
manifestações
mediúnicas
obtidas na
casa do Dr.
Laird, com a
mediunidade
de sua
própria
esposa e em
relação com
o seu filho
e o do Dr.
Marsden, os
quais
lutavam no front da
Guerra de
Secessão
norte-americana. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
263. Quando
os dois
jovens
morreram na
luta,
manifestaram-se
à médium por
meio da
visão
clarividente
e o filho do
Dr. Marsden
se lhe
manifestou
quando ainda
jazia
mortalmente
ferido no
campo de
batalha. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
264. A
narradora,
Sra.
Hardinge-Britten,
que tomou
parte na
experiência,
assim se
expressa:
Nenhuma
notícia dos
filhos...
Pela noite,
quando os
desolados
pais se
reuniram em
sessão, caiu
a Sra. Laird
em sono
mediúnico e,
em tal
condição, se
manifestou o
espírito de
James
Marsden, que
assim falou:
“Avisa a meu
pai que
parta
imediatamente
para
Donaldsonville
e uma vez
ali, que
chame o Cap.
Somers,
comandante
da minha
companhia.
Foi ele quem
recebeu o
encargo de
entregar-lhe
a minha
pobre
crisálida
dilacerada
da qual a
mariposa se
evolou para
a
eternidade.”
A respeito
da mensagem
o Dr. Laird
fez-me saber
que ela
adquire
maior
significação
porque o
filho do Dr.
Marsden
tinha um
caráter
jovial,
despreocupado
e um tanto
volúvel, o
que levara
seus
camaradas a
dar-lhe por
gracejo o
apelido de
borboleta.
O Dr.
Marsden
partiu logo
para a
localidade
indicada e
cinco
semanas após
regressou
com um
ataúde que
continha os
restos
mortais do
rapaz. O
Cap. Somers
lhe informou
que seu
filho caíra
gloriosamente
coberto de
ferimentos,
achando-se
ainda vivo
quando fora
transportado
para um
posto de
socorro,
onde
expirara
lentamente.
Comparando-se
as datas
pôde-se
verificar
que o seu
espírito se
manifestara
à Sra. Laird
algumas
horas antes
de morrer,
quando jazia
moribundo na
tenda-hospital.
Antes de
expirar,
havia pedido
ao Cap.
Somers que
informasse
seus pais da
sorte que
tivera e que
o mandasse
enterrar num
lugar bem
marcado a
fim de
facilitar ao
pai o
trabalho de
identificá-lo
quando
viesse
buscar os
despojos. O
Cap. Somers
fizera-lhe a
vontade, mas
não chegou a
escrever ao
seu
progenitor
porque
adoecera
gravemente.
Quando viu
este chegar,
supunha que
ignorasse
tudo e
quando o
velho lhe
narrou todo
o caso,
informando-o
do modo como
soubera do
acontecimento,
o capitão
ficara
profundamente
impressionado... (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
265. O
episódio
narrado
difere dos
outros
porque se
deu pela
“mediunidade
vidente” e
apresenta
muita
analogia com
os casos
comuns de
telepatia,
salvo que em
nosso caso
não se
tratava de
um
percipiente
em estado
normal de
vigília ou
sono, e sim
de um médium
em estado de
“transe”. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
266. Ademais
é
notabilíssima
a mensagem
transmitida
pelo
fantasma
telepático-mediúnico
porque
encerra
informações
pessoais
ignoradas de
todos os
presentes e
rigorosamente
verificadas,
compreendendo
também a
simbólica
alma-borboleta
que da
“crisálida
dilacerada
se evolara
para a
eternidade”.
Tal
comparação
faria também
supor que
quando o
jovem herói
se
manifestara
à médium, já
estivesse
morto e
assim o caso
em exame se
transformaria
em ótimo
exemplo de
identificação
espírita. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
267. Caso
25 – Tomo-o
do vol. I,
pág. 376, do Journal
of the S. P.
R., o
qual foi
narrado pelo
Prof.
William
Barrett. O
episódio se
contém em
duas cartas,
uma de 29 de
setembro de
1882 e a
outra de 24
de março de
1885,
dirigidas
àquele pelo
Sr. Samuel
Jennings.
Extraio de
tais cartas
os seguintes
trechos:
Querido
professor:
Em resposta
à sua
pergunta,
relato-lhe
um caso
contado pelo
próprio
protagonista,
o Sr.
Nelson,
falecido há
pouco. Tinha
ele a
faculdade de
escrever
automaticamente
por impulso
de
influências
estranhas...
Aconteceu
certa vez
que teve um
sentimento
de “presença
espiritual”
quando se
achava no
trem,
viajando de
Kaneegunge
para
Calcutá.
Pegou então
uma folha de
papel e um
lápis e
esperou
calmamente.
É difícil
escrever num
trem em
marcha, mas
conseguiu
fazê-lo e
obteve uma
comunicação
em que o
agente era a
própria
filha do Sr.
Nelson, que
se achava
num colégio
da
Inglaterra.
Dizia que
acabara de
morrer
naquele
instante, de
uma doença
inesperada,
descrevendo
as
circunstâncias
em que a sua
morte se
dera e as
pessoas que
a
assistiram,
acrescentando
que tinha
querido
manifestar-se
a ele a fim
de lhe dar o
último
adeus.
A mensagem
produziu no
Sr. Nelson a
agitação que
é de se
supor, pois
ignorava a
enfermidade
da filha.
Chegando em
casa disse
que estava
muito
preocupado
com a saúde
de sua filha
Bessie,
porém só deu
conhecimento
da
comunicação
a uma filha
casada,
pedindo-lhe
que
aguardasse
até a
chegada do
correio da
Inglaterra.
Quando esse
chegou, tudo
se confirmou
em seus
menores
detalhes. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E)
268. O caso
exposto é
importante
mas,
infelizmente,
é referido
em segunda
mão. Certo
é, porém,
que a
autoridade
do Prof.
Barrett, que
o recebeu e
publicou,
constitui
prova
suficiente
para a
autenticidade
do mesmo. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo E) (Continua
no próximo
número.)