Mediunidade
sincera
Batuíra
Médiuns, saibamos servir sempre, sem
perguntar, ainda que reconheçamos a
imposição do raciocínio e da lógica no
desempenho das próprias obrigações.
A mistificação é o mal trazido
conscientemente ao trabalho.
Quem situa a existência na seara do Cristo,
entregando-lhe o coração, não pode alegar-se
embusteiro.
Quem dá de si mesmo em amor puro e
devotamento incessante é canal para os
reservatórios do Bem Eterno e, entre nós, o
doador real do bem, perante a Sabedoria
Divina, é o Cristo, nosso Divino Mestre.
Sejam quais forem os implementos da usina,
os transformadores que alteram as correntes
elétricas ou os fios que conduzem a energia,
a luz que verte da tomada humilde é a
resposta da Força Maior às solicitações
humanas.
Quem serve com sinceridade, portanto,
conserva-se indene de toda suspeita no campo
da luta, embora os fenômenos sejam motivo de
discussões, por vezes proveitosas, daqueles
que os procuram.
Diante dos corações que choram, das mães
padecentes, dos enfermos necessitados, dos
tristes que desesperam, das crianças em
abandono e dos pobres espíritos revoltados
que jazem nas trevas, apresentando o
impositivo da ação constante em favor dos
que reclamam apoio e carinho, proteção e
socorro, de permeio com os irmãos ainda
jugulados pela influência da ignorância e da
obsessão, o médium, realmente, não pode
congelar as oportunidades da instrução e do
alívio, da ajuda moral e da assistência
fraterna, em nome da dúvida que nada
constrói, sob pena de fazer-se descaridoso e
infiel a si mesmo.
Trabalhemos.
Mediunidade é o instrumento. Tenhamo-lo tão
limpo e tão exato quanto possível, para que
os administradores do bem nos utilizem nas
boas obras – nas boas obras que são, em
verdade, a única maneira de traduzir a fé
viva que abraçamos no levantamento do mundo
melhor.
Do livro Mais
Luz, obra mediúnica psicografada pelo
médium Francisco Cândido Xavier.