Profilaxia da
alma
De múltiplos
modos,
enxergamos a
intervenção dos
outros na
salvação alheia,
quando o perigo
ameaça.
Bombeiros, aqui
e além,
arrebatam
criaturas ao
império do
incêndio,
repondo-as em
segurança.
Médicos se
devotam a
enfermos,
preservando-lhes
a vida.
Em todos os
recantos da
Terra, guardiões
dedicados das
vias públicas
arrancam à morte
legiões de
pessoas, todos
os dias.
Um amigo
acompanha outro
amigo em
dificuldade,
caminha com ele,
durante algum
tempo,
amparando-lhe os
compromissos e
livra-lhe o
passo de
precipitação em
falência.
E, entre o plano
espiritual e o
plano físico,
nós, os
desencarnados,
observamos, de
maneira
incessante, os
testemunhos de
solidariedade e
carinho de
amigos inúmeros,
domiciliados no
mais além, que
se empenham no
auxílio aos
companheiros que
deixaram no
mundo.
E isso ocorre
nos menores
setores da
vivência
terrestre.
Aqui, é preciso
suplementar a
cautela de
alguém,
alertando-lhe a
memória para
fechar o gás ou
desligar a força
elétrica,
prevenindo
acidentes;
Ali, é
necessário
escoltar uma
criança, pelos
fios intangíveis
do pensamento,
frustrando-lhe
quedas fatais;
Além, é forçoso
socorrer um
motorista
descuidado,
induzindo-o a
verificar essa
ou aquela peça
do carro de que
se vai servir
coibindo
desastre
possível;
Mais adiante, é
indispensável
sugerir a
determinados
companheiros, em
divertimento, a
cessação de
pequenos abusos,
suscetíveis de
impulsioná-los a
processos de
obsessão.
De múltiplos
modos,
repetimos,
anotamos o amor
e a fraternidade
operando
salvação alheia,
entretanto, para
que não venhamos
a tombar nas
trevas da ira ou
do ódio, do
orgulho ou da
crueldade, só
conhecemos um
tipo de
profilaxia
espiritual: -
Cada criatura
deve orar,
asserenar-se,
abençoar os
semelhantes,
compreender que
todos somos
necessitados da
Misericórdia
Divina e
resguardar a si
mesma.
Do livro Paz
e Renovação,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
|