Divaldo
Franco:
“Hoje, mais do
que nunca, temos a
necessidade de viver
Jesus”
Um
público numeroso – cerca
de 4.200 pessoas –
assistiu
na cidade
mineira de Uberlândia a
mais uma brilhante
conferência proferida
pelo estimado orador
No dia 2 de março, o
Centro de Convenções de
Uberlândia, Minas
Gerais, foi insuficiente
para atender a tantos
que buscavam ouvir
Divaldo Franco. Amplas e
confortáveis instalações
acolheram cerca de 4.200
pessoas.
Assumindo a tribuna,
Divaldo Franco deu
início à conferência
citando as palavras de
Allan Kardec a respeito
da Ciência e do
Espiritismo conforme
está em A Gênese:
“O Espiritismo,
caminhando com o
progresso, não será
jamais ultrapassado,
porque se novas
descobertas lhe
demonstrarem que está em
erro sobre um ponto,
modificar-se-á sobre
esse ponto; se uma nova
verdade se revela, o
Espiritismo a aceitará”.
Em seguida, Divaldo
apresentou uma
espetacular e
esclarecedora incursão
pelo avanço da ciência e
do pensamento racional e
positivista passando
pelos principais
destaques e
desbravadores de várias
especialidades dos
últimos 150 anos:
Psiquiatria, Psicologia,
Física, Química,
Astronomia e a
contribuição de cada um
deles para o progresso
do conhecimento humano.
A ciência materialista e
céptica com relação a
Deus, à alma e à
continuidade da vida
após a morte do corpo
físico começa a se
dobrar, ensaiando
aceitar tais conceitos à
força
dos
resultados
|
|
concretos
logrados
por uma
série
grande
de
pesquisadores
e
confiáveis
cientistas
e que
seguem,
por ora,
ainda
desconsiderados
pelo
pensamento
acadêmico
–
refletindo
sua
arrogância
e
orgulho
–
refratário
à
Ciência
do
Espírito.
Mas é só
uma
questão
de tempo
para que
a
Ciência
e o
Espiritismo
se unam
complementando-se. |
Divaldo, então, passou a
enumerar as conquistas
do pensamento científico
materialista opondo-lhe
as considerações da
própria Ciência.
Começou pela antiga
Grécia com a Filosofia,
que buscava e ainda
busca responder: Qual o
sentido da vida? Há vida
após a morte do corpo
físico?
Divaldo fala de Leucipo
e Demócrito, precursores
do pensamento atomista
que reduz a criatura a
um agrupamento de
átomos. Mas qual seria o
propósito existencial
desse amontado de
átomos? Cita Sócrates e
Platão, que se
contrapondo à doutrina
atomista mostram que a
vida tem um sentido
ético e moral.
Após passar pelas
considerações e
interpretações de uma
grande série de
doutrinas – Bhagavad
Gita e os Upanishades da
tradição hindu, passando
pelos Livro dos Mortos
dos Egípcios da
antiguidade e as
cogitações da Maçonaria,
revelando a preocupação
manifesta em todas elas
a respeito do
significado superior da
Vida – Divaldo chega ao
Espiritismo e a base
sólida em que a doutrina
dos Espíritos foi
edificada, citando
então, na sequência, os
pilares que a sustentam:
1. Existência de Deus
– Investigador emérito,
Kardec pergunta aos Bons
Espíritos conforme O
Livro dos Espíritos,
questão 4 : Onde se pode
encontrar a prova da
existência de Deus? E a
resposta é sublime, pois
é tirada do pensamento
lógico advogado pelos
cientistas: “Não há
efeito sem causa.
Procurai a causa de tudo
o que não é obra do
homem e a vossa razão
responderá”.
2. Imortalidade da
alma – Não devemos
confundir Imortalidade –
não destruição dentro do
conceito de Espaço e
Tempo – com a
Eternidade, que é a
inexistência de Espaço e
Tempo.
3. Comunicabilidade
dos Espíritos –
Utilizando-se do
conceito de Einstein de
que Matéria e Energia se
equivalem, os Espíritos
desencarnados
experimentam a
existência em uma outra
dimensão e de que é
possível a comunicação
entre ambos os estados
vibracionais.
4. Reencarnação –
Que vem responder à
pergunta “Por que eu
sofro?” A reencarnação
vem explicar-nos que
somos o que fazemos de
nós e que o nosso
destino está em nossas
mãos. Felizes quando
agimos em conformidade
com as Leis Divinas e
infelizes quando delas
nos afastamos, plantando
e colhendo.
5. Pluralidade dos
Mundos Habitados – A
Astronomia – a partir
das imagens de campo
profundo do telescópio
espacial Hubble – estima
de maneira conservadora
que existem 10 vezes
mais estrelas no
Universo do que grãos de
areia na Terra. Por quê?
Qual a finalidade da
existência de tantas
estrelas senão a de
abrigar vida, nem sempre
da maneira como nós
“definimos” que deva
ser.
Em seguida Divaldo
questionou: Na medida em
que toda doutrina tem
uma ética, qual é a
ética do Espiritismo?
O Espiritismo tem por
base o tratado mais
notável de princípios
éticos de que a
Humanidade jamais teve a
glória de conceber: O
Evangelho de Jesus.
Com uma clareza cortante
associada ao domínio dos
fatos Divaldo emprega as
descobertas e
constatações
irretorquíveis de
pensadores e cientistas
para derrubar conceitos
equivocados em torno dos
ensinamentos de Jesus,
começando pela
Reencarnação e o
trabalho magistral do
prof. Hemendra Nath
Banerjee (1929-1985),
diretor do Departamento
de Parapsicologia da
Universidade de
Rajasthan, Índia, e do
Dr. Ian Stevenson –
americano, que foi chefe
da Divisão de
Parapsicologia do
Departamento de
Psiquiatria da
Universidade de
Virginia, EUA.
Muito embora essas
pesquisas realizadas por
Dr. Stevenson e Dr.
Banerjee não sejam ainda
consideradas como provas
científicas, trazem
fortíssimas evidências
que, com certeza, dentro
de algum tempo, deixarão
de ser consideradas como
teoria para migrarem à
categoria de prova
concreta, tal é o
critério científico
utilizado nelas.
Baseado em fatos reais
registrados pela
história, Divaldo
evidencia que o
Cristianismo em seus
primórdios admitia a
Reencarnação, que foi
banida dos cânones
religiosos católicos a
partir do Concílio de
Constantinopla, que em
552 condenou os
pensamentos
neoplatônicos de
Orígenes, divulgados
pelo livro A Doutrina
dos Princípios, em
que constava o princípio
da reencarnação.
Adentrando-se pela parte
da final da conferência,
Divaldo chamou-nos a
atenção para as questões
morais vinculadas à
figura da reencarnação,
evidência magistral da
Justiça, Perfeição e
Bondade Absolutas de
Deus nosso Pai.
“Todos nós podemos ser
felizes ou desventurados
através de nossas
escolhas.” Manter o ego,
os nossos idealismos
castradores e as nossas
heranças do passado, que
transformamos em códigos
e leis sem nenhuma
estrutura de validade,
fortalecendo nossos
preconceitos sob a
justificativa de que é
preciso “proteger” a
Sociedade. Mas de qual
Sociedade estamos
falando? A Sociedade que
corrompe, indignifica,
destrói valores morais
edificando a luxúria e o
imediatismo?
Kardec – na questão 621
de O Livro dos Espíritos
– indaga aos Espíritos
Superiores: Onde está
escrita a Lei de Deus?
Os luminares da
Humanidade em nome de
Jesus responderam
sinteticamente: Na
consciência.
É na consciência que
devemos trazer o
Evangelho de Jesus e não
somente na mente.
Retornarmos à suave
montanha nas cercanias
de Cafarnaum para
reviver na alma o
sublime poema das
Bem-Aventuranças
convidando-nos a viver
os atributos destacados
pelo Mestre: Humildade,
Mansuetude,
Misericórdia, Paz e
Pureza de Coração, além
do desenvolvimento da
Resignação, ao nos
afirmar que todos os que
choram e sofrem serão
consolados.
“Hoje, mais do que
nunca, temos a
necessidade de viver
Jesus.”
Enquanto a depressão e o
vazio existencial
dominam as criaturas que
buscam afastar os
objetivos superiores da
vida, preferindo
exaurir-se nas metas
imediatistas e
superficiais do
consumismo, egoísmo e
sexualismo, correndo
atrás do nada, Jesus
continua de braços
abertos e estendidos
aguardando-nos, como se
estivesse a nos dizer:
“Vinde a mim todos vós
que estais
sobrecarregados e
aflitos que eu vos
aliviarei”.
No tumulto que assola em
toda parte no planeta
terrestre,
desequilibrando o
comportamento humano,
parece não haver espaço
para a harmonia,
tampouco segurança para
a vivência espiritual
que dignifica e
tranquiliza o Espírito.
As distrações
confraternizam com as
tragédias e os sorrisos
misturam-se às lágrimas,
numa paisagem de ilusão
e dor, que empurra suas
vítimas para o
desencanto, a saturação,
o empobrecimento moral,
o vazio existencial.
Quanta saudade de Jesus!
Sua mensagem de ternura
e amor, repassada de
misericórdia, possui o
condão mágico de alterar
o significado de todas
as existências. A
ingenuidade inserta na
sabedoria dos Seus
ensinamentos é um poema
de atualidade em todos
os tempos, que comove,
propicia equilíbrio e
restaura a compreensão
em torno dos deveres que
a todos cabe
desempenhar.
Nota do Autor:
As fotos desta
reportagem foram feitas
por Sandra Patrocínio.
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