CLAUDIO VIANA
SILVEIRA
cvs1909@hotmail.com
Pelotas, RS
(Brasil)
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Parábola do
semeador:
reflexões
“Um semeador
saiu a
semear...”
(Mateus, 13:4)
Profundamente
sábio e
utilizando-se de
analogias com
figuras
pertinentes à
Palestina de seu
tempo (figuras
da pesca e da
agropecuária
local), o Mestre
das alegorias
não agiria
diferentemente
na parábola do
semeador. O
Benfeitor
Emmanuel
trabalhará em
cima de tais
ensinamentos e
aqui fazemos
nossas próprias
reflexões.
O primeiro
ensinamento da
parábola é
aquele que nos
adverte que a
cada
reencarnação
temos deveres
intransferíveis:
na qualidade de
‘donos do
campo’, somos os
próprios
lavradores. Não
podemos
contratar
‘peões’ e
ordenar-lhes que
evoluam por nós!
Ou pedir-lhes
que, enquanto
descansamos ao
pé da escadaria,
galguem todos os
degraus que nós
próprios
precisaremos
subir.
Como segundo
ensinamento,
nós, na
qualidade de
cooperados –
Espíritos não
evoluem sozinhos
–, seremos
convidados a
abandonar
personalismos ou
pontos de
vista e
convocados a
lavrar na
“terra das
almas, sufocada
de espinheiros,
ralada de
pobreza,
revestida de
pedras ou
intoxicada de
pântanos,
oferecendo-nos a
divina
oportunidade de
agir em
benefício de
todos”.
Pode-nos parecer
até
contraditória
tal consideração
se comparada à
primeira, mas
não é: uma coisa
é ‘desejarmos’
evoluir, no
sentido de
utilizarmos
nossa vontade de
fazê-lo; outra
coisa é a
cooperativa
fraternal.
Terceira e
última
consideração é a
de que, se o
divino Semeador,
da manjedoura de
Belém ao Gólgota,
se fez pequeno
em suas lides,
por que nós,
seus
terceirizados,
não deveremos
nos vestir com a
túnica e
sandálias da
humildade? Se
ele nasceu entre
pastores;
cresceu no
anonimato de
Nazaré; conviveu
com a hipocrisia
de sacerdotes,
doutores da lei
e fariseus; teve
como
colaboradores,
humildes
pescadores; e
morreu
cruelmente numa
cruz entre
malfeitores...
será óbvio que o
tipo de berço
que nos trouxer
a esta
reencarnação não
será relevante;
que o anonimato
será o tempero
de qualquer
frente crística
que abracemos;
que opositores
se farão
presentes na
lavoura,
travestidos de
lavradores ou
semeadores,
desejosos de
plantar
cizânias; que
dos que
ombrearem
conosco, nenhum
será perfeito; e
que, a nós,
cruzes se
depararão sob os
mais diversos
aspectos.
* * *
Impossível
raciocinarmos
com semeadura
sem os naturais
constrangimentos
do Orbe: o vento
que espalha as
sementes; a
diversidade dos
solos a serem
semeados; o
orgulho e o
egoísmo a
desejarem a
perfeição do
plantio e a
santidade das
ajudas; as
sementes de joio
infiltradas; e o
cansaço que gera
deserção e
desânimo no
cultivo.
A parábola do
semeador é só
uma das provas
da sabedoria de
nosso divino
Professor atento
a este Planeta
muito antes da
manjedoura; da
manjedoura ao
Gólgota; e em
Espírito
de Verdade
até que se faça
necessário.
(Sintonia com
Xavier,
Francisco
Cândido,
Fonte viva,
ditado por
Emmanuel, em seu
Cap. 64,
Semeadores,
1ª edição da FEB.)