A. Qual a
principal
consequência
das
pesquisas
metapsíquicas
relativas às
comunicações
mediúnicas
entre vivos?
Segundo
Bozzano, com
tais
comunicações
é dado
chegar-se à
certeza
científica
sobre o fato
capital da
possibilidade
do eu
integral
subconsciente
ou, em
outros
termos, o
espírito
humano,
entrar em
relação com
outros
espíritos de
vivos, quer
mediunicamente,
quer
telepaticamente,
ora
separando-se
temporariamente
do seu
próprio
corpo
somático (bilocação),
ora se
comunicando
e
conversando
telepaticamente
a distância,
desde que
haja entre
eles a
necessária
“relação
psíquica”.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
B. Da
certeza
científica
mencionada
na questão
anterior
decorre
outra
importante
consequência.
Qual é ela?
As
circunstâncias
que
concorrem
para
fornecer
prova da
independência
do espírito
humano
quanto ao
organismo
corpóreo
demonstram
que, se o
espírito
pode passar
algum tempo
sem o mesmo
organismo,
deve também
poder passar
sempre sem
ele, depois
da morte.
Além disso,
pela lei da
analogia,
demonstram
essas
circunstâncias
que a
existência
das
comunicações
mediúnicas
com o
espírito dos
mortos é
mais do que
provável,
pois que,
uma vez
conseguida a
certeza
científica
da realidade
das
manifestações
dos vivos,
com as
consequências
teóricas que
dela
resultam,
então as
manifestações
correspondentes,
em tudo
idênticas,
dos mortos
tornam-se o
complemento
natural das
primeiras,
ressalvada
sempre a
cláusula de
que o morto
comunicante
demonstre
sua própria
identidade
pessoal,
fornecendo a
seu respeito
informações
suficientes
do mesmo
modo que as
fornecem os
espíritos
dos vivos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
C. Conhecida
por suas
faculdades
mediúnicas,
a célebre
escritora
inglesa
Florence
Marryat
também fez
experiência
com
manifestações
de vivos?
Sim. Marryat
fez
numerosas
experiências
com
manifestações
de vivos e
Bozzano
descreve
neste livro
dois
interessantes
casos
relativos às
experiências
relatadas
por ela.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
Texto para
leitura
282. A
apreciação
feita pela
Sra. Hester
Travers-Smith
está
plenamente
justificada.
As
comunicações
mediúnicas
entre vivos
constituem
de fato uma
das questões
mais
interessantes
e sugestivas
que surgem
no campo das
pesquisas
metapsíquicas,
porque com
tais
comunicações
é dado
chegar-se à
certeza
científica
sobre o fato
capital da
possibilidade
do eu
integral
subconsciente
ou, em
outros
termos, o
espírito
humano
entrar em
relação com
outros
espíritos de
vivos, quer
mediunicamente,
quer
telepaticamente,
ora
separando-se
temporariamente
do seu
próprio
corpo
somático (bilocação),
ora se
comunicando
e
conversando
telepaticamente
a distância,
desde que
haja a
“relação
psíquica”.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
283. Todas
as
circunstâncias
que
concorrem
para
fornecer
prova da
independência
do espírito
humano
quanto ao
organismo
corpóreo
demonstram
que se o
espírito
pode passar
algum tempo
sem o mesmo
organismo,
também deve
poder passar
sempre sem
ele, depois
da morte.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
284. Além
disso, pela
lei da
analogia,
demonstram
essas
circunstâncias
que a
existência
das
comunicações
mediúnicas
com o
espírito dos
mortos é
mais do que
provável,
pois que uma
vez
conseguida a
certeza
científica
da realidade
das
manifestações
dos vivos,
com as
consequências
teóricas que
dela
resultam,
então as
manifestações
correspondentes,
em tudo
idênticas,
dos mortos
se tornam o
complemento
natural das
primeiras,
salvo sempre
a cláusula
de que o
morto
comunicante
demonstre a
sua própria
identidade
pessoal,
fornecendo a
seu respeito
informações
suficientes
do mesmo
modo que as
fornecem os
espíritos
dos vivos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
285. No caso
precedente –
Caso 27
– a
afirmação de
“Shamar”,
segundo a
qual é por
sua
iniciativa
que se
manifestam
espíritos de
vivos, se
mostra
justificada
pelo
seguinte:
1) Em
primeiro
lugar,
porque,
segundo
regra
científica,
não é
possível
isolar um
episódio
para
analisá-lo
separadamente
e nessa base
estabelecer
conclusões
gerais, mas
deve-se
considerá-lo
em relação
com o
conjunto das
manifestações
em que se
acha
integrado,
pois só
desta
maneira
pode-se
ajuizar
ponderadamente
sobre a sua
gênese.
Assim, neste
caso,
devem-se
levar em
conta as
seguintes
circunstâncias:
Que sob os
auspícios da
entidade
“Shamar”
foram
obtidas
notáveis
provas de
identificação
espírita e
que a mesma
entidade se
demonstrou
verdadeira
em suas
promessas e,
assim sendo,
não se sabe
por que
deixaria de
ser sincera
e leal
quando
anuncia a
intenção de
levar às
sessões
espíritos de
vivos.
2) Em
segundo
lugar, não
se deve
esquecer de
que, a cada
manifestação
de
personalidade
de um vivo,
“Shamar” o
anunciava
com
antecedência,
avisando que
era preciso
fazer a
sessão em
alta hora da
noite para
aproveitar o
sono do
vivo, coisa
racional na
hipótese que
defendemos,
ao passo
que, de
outro ponto
de vista,
isso
demonstra a
existência
de uma
vontade
extrínseca
que dispõe
as coisas
para o
êxito. Ora,
se no caso
exposto não
existissem
provas
diretas a
favor do
auxílio
prestado por
uma entidade
espiritual
às dos vivos
comunicantes,
existem
provas
indiretas
suficientes
para levar
em
consideração
as
afirmativas
de “Shamar”,
que nada têm
de
inverossímil,
tanto mais
se se
consideram
as provas em
relação com
os casos
pertencentes
ao segundo
grupo das
manifestações
que
examinamos,
nas quais,
como já se
disse, a
intervenção
de uma
entidade
espiritual
nas
comunicações
dos vivos
parece muito
real, como
se verá
dentro em
pouco.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
286. Caso
28 – A
célebre
escritora
inglesa
Florence
Marryat,
dotada de
notáveis
faculdades
mediúnicas,
fez
numerosas
experiências
com
manifestações
de vivos.
Tomo o
episódio
seguinte de
seu livro
There is no
death,
pág. 36, no
qual ela
própria
serviu de
médium para
as
experiências
de outrem.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
287.
Havendo-se
mudado, com
o seu
filhinho,
para
beira-mar,
para uma
estação de
banhos, seus
companheiros
de
experiências
em Londres,
os Srs.
Helmore e
Colnaghi
continuaram
as sessões e
numa delas
deu-se o
caso em
questão.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
288. Eis a
sua
narrativa:
Numa noite
de
quinta-feira
os Srs.
Colnaghi e
Helmore,
reunidos em
sessão,
quando
discutiam
sobre a
possibilidade
de se
comunicarem
com os
espíritos de
vivos,
ouviram, na
mesinha,
três golpes
que
afirmavam a
possibilidade,
golpes que
atribuíram a
“Charlie”, o
“guia
espiritual”
das sessões.
– “Charlie”,
pois que é
possível,
poderia
trazer-nos
algum
espírito de
vivo?
– Fá-lo-ei
com prazer.
– Quem
trará?
– A Sra.
Florence
Marryat.
– E levará
muito tempo?
– Quinze
minutos.
Naquele
momento eu
dormia. Meus
amigos me
disseram que
esperavam
impacientes
o resultado
da
experiência.
Transcorreram
exatamente
quinze
minutos e a
mesinha
começou a
agitar-se,
ditando as
seguintes
palavras:
“Sou
Florence
Marryat. Por
que me
chamaram?”
Procuraram
desculpar-se
e eu soube
que estava
muito
agitada,
repetindo
insistentemente:
“Deixem-me
voltar para
casa. Um
grave perigo
ameaça meu
pequerrucho.
Devo voltar
para junto
dele.” Tais
palavras
causaram
grande
impressão
aos meus
amigos e, no
dia
seguinte, o
Sr. Helmore
escreveu-me
perguntando
cautelosamente
se tudo ia
bem em minha
família, mas
sem
especificar
coisa
alguma.
Aconteceu
que na manhã
de
sexta-feira,
ou seja, no
dia seguinte
ao da sessão
de Londres,
meus sete
filhos com
as suas amas
se achavam
numa pequena
estalagem,
quando meu
cunhado, o
Dr. Henrique
Norris, que
voltava com
os
voluntários
de tiro ao
alvo, entrou
na casa e,
quando
ensinava
tiro aos
meninos,
disparou
inesperadamente
na direção
deles e a
bala entrou
na parede,
dois dedos
acima da
cabeça de
minha filha
maior, que
estava
sentada.
Quando
contei o
caso ao Sr.
Helmore,
respondeu
ele com a
narrativa da
experiência
de Londres e
reproduziu
as palavras
por mim
proferidas.
Eu me
pergunto:
“Como
poderia
saber com
antecedência
o que
deveria
acontecer na
manhã
seguinte? Se
não era eu
quem o sabia
em sonho,
devia
sabê-lo “Charlie”.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
289. No caso
exposto, a
probabilidade
de que
“Charlie”
tenha sido o
agente
determinante
da
manifestação
da Sra.
Marryat se
depreende da
circunstância
de que foi
precisamente
ele quem
levou à
sessão o
espírito da
referida
senhora.
Depreende-se,
ademais, do
fato de que
“Charlie”,
em outras
circunstâncias,
se
encarregara
de
transmitir
em pessoa
mensagens de
um círculo
de
experimentadores
a outro, com
a
particularidade
importante
de que os
dois grupos
não
realizavam
ao mesmo
tempo as
suas
sessões, mas
em dias
diferentes,
condições de
experiência
que
demonstram a
impossibilidade
da
manifestação
direta de um
ser vivo,
nem de uma
transmissão
telepática.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
290. Como se
viu, há aqui
um caso
premonitório,
mais notável
porque se
referia a um
infeliz
acidente,
rigorosamente
imprevisível.
Como já
disse em meu
volume sobre
os
Fenômenos
premonitórios,
nada de mais
notável que
o eu
integral
subconsciente
da própria
Sra. Marryat
previsse o
perigo que
ameaçava um
dos seus
filhos, pois
numerosos
fatos de tal
natureza
provam a
possibilidade,
ainda que
pareça
misteriosa e
inconcebível
à nossa
mente,
circunscrita
e obumbrada
pelos laços
materiais.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
291. Caso
29 – Figura
na mesma
obra da Sra.
Marryat
(pág. 42), a
qual assim
escreve:
O meu velho
amigo, ainda
vivo, cujo
espírito se
manifestou a
mim em
sonho, pela
mediunidade
da Sra.
Fitzgerald,
perdera uma
irmã a quem
queria
muito,
porém, como
tal houvesse
acontecido
antes de nos
conhecermos,
eu ignorava
tudo a
respeito da
mesma,
exceto o
nome.
Certa noite
se
manifestou,
tiptologicamente,
uma entidade
que me deu o
nome da irmã
de meu
amigo,
escrevendo o
seguinte:
– Meu irmão
regressou à
Inglaterra e
deseja saber
o seu
endereço.
Escreva-lhe
para o Clube
de
Leamington,
dizendo-lhe
o dia em que
poderá
recebê-lo.
Respondi:
– Seu irmão
não me
escreve há
oito anos, o
que prova
que já me
esqueceu.
Não quero
ser a
primeira a
reatar
nossas
relações,
sem a
certeza de
que ele
também o
queira.
– Ele não a
esqueceu e
continua a
interessar-se
por sua
pessoa, de
quem se
lembra nas
suas preces.
Deseja
vivamente
tornar a
vê-la.
– Farei o
que deseja,
mas na base
de uma
comunicação
mediúnica,
não me
decido. Se
quiser
renovar
nossa velha
amizade, que
me escreva
primeiro.
– Porém ele
não sabe o
seu
endereço, e
eu não posso
entrar em
relação com
ele.
– Meu nome é
bem
conhecido, e
se ele
quiser,
ser-lhe-á
fácil achar
o meu
domicílio.
O espírito
comunicante
pareceu
refletir um
momento, e
escreveu:
– Espera,
vou ver se o
faço vir, e
então se
explicará.
Pouco depois
a mesinha
voltou a
mover-se,
porém de
modo
diferente,
ditando o
nome de meu
velho amigo.
Deu
bastantes
detalhes
para se ver
que se
tratava dele
mesmo e a
seguir
escreveu: –
“Apesar dos
anos que nos
separaram, o
tempo não
apagou as
recordações
do passado.
Não tenho
deixado de
lembrar-me
de sua
pessoa, em
quem pensava
nas minhas
preces,
supondo que
aí fazia o
mesmo.
Confirmo o
que lhe
disse minha
irmã, pois
desejo
vivamente
ter notícias
suas”.
Não obstante
a aparente
ingenuidade
da mensagem,
minha
teimosia não
me permitia
escrever-lhe,
porém, em
noites
consecutivas,
a irmã
insistiu e
eu resolvi
agradá-la.
Escrevi para
o Clube de
Leamington e
pela volta
do correio
recebi a
resposta,
com natural
espanto, ao
ver que a
carta do meu
amigo
começava com
as mesmas
palavras do
parágrafo
que me havia
ditado
mediunicamente.
Ante tal
resultado,
pergunto ao
Sr. Stuart
Cumberland,
como a
tantos
outros
sábios, que
me expliquem
quem foi a
entidade
mediúnica
que se
manifestou
dez dias
antes, para
ditar-me,
palavra por
palavra, uma
frase que
não podia
estar ainda
formulada no
cérebro de
meu amigo,
pois ele não
havia ainda
recebido a
minha carta.
Estou sempre
pronta a
acolher toda
explicação
racional que
os sábios me
derem sobre
os fatos;
porém, no
momento,
creio
firmemente
que não há
no mundo
quem seja
capaz de
demonstrar-me,
de maneira
natural e
convincente,
que o fato
supracitado
seja devido
a um
fenômeno de
“cerebração
inconsciente”.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
292. Não me
parece que a
Sra. Marryat
só tenha
uma, mas cem
razões para
não admitir
que fatos de
tal natureza
possam
explicar-se
com a
hipótese da
“cerebração
inconsciente”
em voga
naquela
época.
Depois,
outras
hipóteses
foram
formuladas
para
explicar
tais casos,
a começar
pela
“telepatia”,
para
terminar na
recente “criptestesia”,
porém se
tais
hipóteses
têm a sua
razão de
ser, isto
não impede
que, do
ponto de
vista
explicativo
das
comunicações
mediúnicas
com os vivos
e com os
mortos, se
mostrem
impotentes.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
293. Observo
finalmente,
que até para
o caso
exposto as
maiores
possibilidades
são para a
hipótese
segundo a
qual o
espírito da
irmã morta
foi
realmente o
agente que
levou à
sessão o
espírito do
irmão vivo.
Tenha-se em
conta que,
antes da
manifestação
deste, o
espírito da
irmã havia
transmitido
à Sra.
Marryat o
seu
domicílio
exato,
circunstância
verídica e
importante
que se
traduz numa
boa prova a
favor da
identidade
pessoal do
dito
espírito, e
como o
propósito de
conduzir à
sessão o
espírito do
vivo não
fora
premeditado,
mas em
consequência
da negativa
daquela
senhora em
atender ao
seu pedido
de
escrever-lhe,
tudo isto
mais não faz
que
consolidar a
hipótese
indicada,
pois se a
manifestação
em
referência
foi
determinada
por uma
imprevista
decisão do
momento, da
qual havia
de
excluir-se a
vontade da
Sra. Marryat
e a do vivo
comunicante,
mais não
resta senão
atribuir o
fenômeno à
vontade do
espírito que
se afirmava
presente,
como
responsável
pelo
desenvolvimento
dos fatos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
(Continua no
próximo
número.)