Reprodução de um trecho da
entrevista concedida ao
jornalista e radialista
Tharsis Bastos de Barros,
para um Programa
comemorativo dos 50 anos de
atividades mediúnicas
ininterruptas de Francisco
Cândido Xavier, intitulado:
“Especial com Chico Xavier”,
e levado ao ar pela Rádio
Sete Colinas, de Uberaba,
MG, em fins de julho de
1977:
“SOU UM MÉDIUM COMUM,
FALÍVEL COMO QUALQUER
OUTRO”
Mesmo nas horas em que Chico
Xavier não está no Grupo
Espírita da Prece e sim em
descanso em sua residência,
o médium continua a ser
procurado pelas pessoas.
Entretanto, a equipe de seus
amigos que lhe cuidam do
bem-estar nem sempre
concordam em que, no
recolhimento de seu lar,
Chico Xavier seja
importunado pois, afinal,
ele é gente como nós mesmos
que necessita também de
descanso e algumas horas de
lazer.
Assim como o público não se
contenta em vê-lo somente
nas sextas e sábado, é
perfeitamente compreensível
que um repórter também não
se sinta satisfeito com
apenas uma hora de
entrevista com o médium.
Chico, diga algo sobre os
mais de 50 anos de seu
mandato mediúnico:
- É como se o tempo não
tivesse existido na contagem
humana das horas. Observo
que, se o meu corpo cede à
lei do desgaste com o tempo
terrestre, meu espírito se
vê cada vez mais interessado
e contente. Reconheço
plenamente que as
realizações dos espíritos
benevolentes, que nos
auxiliam, estão muito acima
de qualquer cogitação do meu
espírito estreito,
cabendo-me a obediência.
Eles me proporcionam a honra
do engajamento no trabalho
deles em nome de Jesus,
nosso Divino Mestre e
Senhor, segundo as
instruções fundamentais de
Allan Kardec, no
Cristianismo atualmente
redivivo.
Uma entrevista para ser
completa em termos de Chico
Xavier necessitaria não de
uma hora, ou horas, mas de
dias. Como dispusemos de um
tempo reduzido (enquanto se
procedia a entrevista, a
fila de pessoas interessadas
em falar com o médium
crescia a cada minuto), é
claro que o total de
assuntos a ser tratado foi
também reduzido.
Mas, para quem quiser saber
algo além sobre o médium, os
seus livros estão aí. Ou,
quem sabe, algum dia não
ocorrerá um outro encontro
nestas mesmas páginas?
Do livro Entender
Conversando, de
Francisco Cândido Xavier e
Emmanuel.
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