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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 510 - 2 de Abril de 2017

ÉDO MARIANI 
edo@edomariani.com.br 
Matão, SP (Brasil)

 


Revelação: a pedra fundamental


No Evangelho de Mateus, cap. 16 versículos 16 a 19, após pergunta de Jesus, inquirindo dos apóstolos o que dizia o povo ser Ele, Pedro tomando a palavra respondeu: “Tu És o Cristo, o filho do Deus Vivo”, tendo Jesus afirmado: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foram a carne nem o sangue que to revelou, mas Meu Pai que está nos Céus.” Jesus continuou afirmando: “Também tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na Terra terá sido ligado nos Céus”. No Evangelho de Marcos, cap. 12, versículos 10 e 11, Jesus, volta falar sobre a importância da pedra afirmando: “Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; Isto procede do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos”! (
Grifamos,)

Com base nessas afirmações de Jesus, deduzimos que a Religião Dominante tenha criado a figura do Papa que seria, no seu entendimento, o representante de Deus na Terra e o substituto de Pedro, o Apóstolo.

Refletindo no ensinamento de Jesus, retirando da letra, que mata, o espírito que vivifica, compreenderemos que Ele, Espírito sublime, puro e perfeito, não conceberia a possibilidade de colocar sobre um homem, mortal e falível, a responsabilidade de ser o único intermediário direto entre o Céu e a Terra e muito menos o Seu representante.  

Inquirimos então: - Onde está a pedra na qual Jesus edificou a sua Igreja? Temos a certeza de que não está sobre Pedro, que por três vezes O negou junto à prisão.

Os ensinamentos deixados por Jesus são por demais importantes, pois Sua palavra nunca foi dita em vão. Por isso a igreja de Jesus só pode estar assentada na revelação, onde se assentam as bases da ligação entre os homens e os Espíritos desencarnados. Foi o que aconteceu com Pedro, médium inspirado, intuído por um mensageiro celestial lhe revelou ser Jesus, o Cristo, filho de Deus Vivo.

Para nos comunicar usamos da palavra falada ou escrita. A palavra é o veículo pelo qual nos relacionamos. É através da palavra, escrita ou falada, que podemos consertar erros e faltas cometidas contra o nosso próximo ainda na presente existência. Assim procedendo, nos livramos de inimizades e mágoas que dificultam o nosso crescimento espiritual, através do qual nos elevamos, melhorando nossa classificação na escala espírita idealizada por Kardec.

É também imprescindível a nossa comunicação com os Espíritos, pois ela nos propicia a recepção de ensinamentos revelados pelos Espíritos, os quais demorariam incalculável tempo para serem, por nós, descobertos.    

Os Espíritos superiores informaram a Kardec que são eles que nos dirigem. Como poderiam nos dirigir sem que houvesse meios de comunicação recíproca, através das revelações espirituais?

Em todos os tempos, a humanidade foi intuída pelos mensageiros celeste, a respeito do intercâmbio entre os dois mundos.  Deus é amor e a Sua misericórdia jamais nos deixaria ao desamparo.

Perlustrando a história dos povos, mesmo as mais antigas civilizações, constataremos que esse intercâmbio sempre existiu.

Ensina Cairbar Schutel em "Parábolas e Ensinos de Jesus": “A Revelação é a base fundamental da Religião. Toda a moral, toda a filosofia, toda a ciência, tem por base a Revelação. Ela é o fundamento de todo progresso, é a Pedra inamovível sobre a qual se ergue o edifício da verdade, que abriga a Humanidade”.

Estamos convictos de que para o homem manter-se equilibrado e alinhado com as benesses divina que nos são ofertadas, como um chamamento às responsabilidades assumidas na programação da reencarnação, visando o cumprimento do trabalho redentor em favor da evolução espiritual, é imprescindível e de capital importância aprender que só através da prece o conseguiremos. Atentemos para os ensinamentos de Jesus: “Quem busca acha".

Ensina Rodrigues Ferreira, autor do livro O Espiritismo e as Distorções do Ser Humano: “Na visão espírita, a oração corretamente cultivada altera a vibração mental de quem ora e, por isso, coloca a espiritualidade no coração”.

A finalidade da oração não é pedir para receber, mas preparar para merecer. A prece busca proteção; ela promove a alteração vibratória da mente para um nível mais elevado, facilitando, simultaneamente, a fuga das ligações inferiores e a abertura da mente para as superiores. Vemos, assim, que a Lei Divina colocou a proteção dentro do próprio homem.

Nestes tempos em que grandes perturbações assolam a humanidade, o Espiritismo vem-nos trazer as diretrizes eficazes para o equilíbrio espiritual, esse escudo protetor, a oração, imprescindível às ligações com a fonte divina, verdadeiro manancial de orientação para o melhor aproveitamento da existência terrena.

Orar é tão importante para a alma como o pão é para o corpo. Aprendamos a orar como nos ensina o Espiritismo e assim poderemos participar do convívio mental com os amigos espirituais.

Observemos o que nos ensina André Luiz em “Missionários da Luz”: “Toda a prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda a criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento, transforma-se gradativamente, em foco irradiante de energias da divindade”. (Grifo nosso.) 


 


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