WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 510 - 2 de Abril de 2017

TEMI MARY FACCIO SIMIONATO
temi_mary@yahoo.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 


Sexo transviado


É indiscutível que os problemas do sexo agitam atualmente vastos setores da vida humana, e sexo sem afetividade e responsabilidade gera tormentos na alma e conflitos perturbadores. Entendemos, então, que o sexo é manifestação sagrada do amor universal e divino. Desta forma, homens e mulheres cujas almas vão se libertando dos cativeiros da forma física escapam gradativamente do império absoluto das sensações carnais, pois a escravidão, nos tormentos do sexo, é uma questão do ser que demanda processo individual de cura e sobre esta só o Espírito resolverá no tribunal da própria consciência.

Penetremos assim nos recessos da própria alma: será que conseguiremos apresentar comportamento irrepreensível? Indaguemo-nos e investiguemo-nos quanto às nossas próprias tendências, inclinações e anseios no campo íntimo e verificaremos que não nos achamos ausentes de conflitos que remanescem do acervo de lutas sexuais da humanidade.

É inegável que todo auxílio externo seja valioso e respeitável, mas cumpre-nos reconhecer que os escravos das perturbações no campo sensorial só por si mesmos serão libertos, isto é, pela dilatação do entendimento e das próprias dificuldades na aplicação do “amai-vos uns aos outros como vos amei”. (João,13: 34-35)

Deste modo, encontraremos mais tarde na vitória sobre os nossos instintos a definitiva integração na luz imortal.

E assim, à frente de todas as complicações e problemas do sexo, face aos ensinamentos de Jesus, devemos abster-nos de censura e condenação. E a razão é simples: somos Espíritos em aperfeiçoamento na Terra e estamos emergindo dos labirintos de sombra para que as bênçãos do aprendizado se nos fixem no Espírito. No entanto, ao nos sentirmos inclinados à condenação, entremos no mundo de nós mesmos, pedindo a Deus que nos ilumine a alma e, pela oração, a bênção Divina nos fará perceber onde guardamos também a fresta triste do lado fraco.

Portanto, torna-se importante não julgarmos os supostos desajustamentos ou falhas reconhecidas do sexo, e, sim, respeitar as manifestações sexuais do próximo, tanto quanto pedimos respeito para aquelas que nos caracterizam a existência; ninguém existe no mundo invulnerável ao erro, todos nós estamos sujeitos à ilusão pelos pontos frágeis que apresentemos na construção dos próprios valores para a Vida Maior.

O querido benfeitor Emmanuel elucida-nos no livro Vida e Sexo, capítulo vinte e quatro, que “o instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos de evolução”; desta forma, consideremos o sexo, como o benfeitor nos diz, “por atributo não apenas respeitável, mas profundamente santo da natureza, exigindo educação e controle”.

Podemos perceber, então, que o sexo mal conduzido, em razão de envolvimento emocional e das dilacerações espirituais que produzem em outrem e também naquele que o utiliza mal, abre campo para terríveis enlaces obsessivos, gerando perturbações de longo curso. Portanto, cultivemos a misericórdia para com os outros, lembrando que nos domínios do apoio e pela compreensão, se hoje é nosso dia de dar, é possível que amanhã seja nosso dia de receber.

Fundamentada na ética do amor, a Doutrina Espírita propõe ao comportamento sexual a higiene moral e respeito indispensável ao exercício da sua função, dentro de padrões equilibrados, de modo que se constitua elemento proporcionador de saúde e bem-estar. Se cada um de nós for respeitado em seu foro íntimo para que o amor se consagre por vínculo Divino, muito mais de alma para alma, que de corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do aperfeiçoamento moral, os conceitos de desregramento e deturpação se farão distanciados do cotidiano de vez que a compreensão apaziguará o coração e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser.

O benfeitor Anacleto, no livro Sexo e Obsessão, no capítulo “A Comunidade da Perversão Moral”, esclarece-nos: “Chegará o momento adequado e todos deveremos nos empenhar por apressá-lo, quando luzir o pensamento de Jesus nas consciências humanas, em que o homem e a mulher compreenderão que o sexo existe para fomentar a vida e procriar, amparado por emoções enobrecedoras do intercâmbio de energias revigorantes, e não para o banquete asselvajado dos instintos e das sensações. Que possamos contribuir em favor desse momento, edificando-nos no bem e preservando-nos interiormente das ciladas do mal e das tentações perturbadoras”.

No que diz respeito aos problemas do sexo transviado, abracemos o serviço de educação e bondade com alicerces na disciplina do Cristo e tracemos novos caminhos de entendimento em que as almas se aproximem para a ascensão do progresso.

Finalizando, destacamos no livro Boa Nova, de Humberto de Campos, no capítulo vinte e um, exemplo elucidativo de superação, no qual Maria Madalena, Espírito muito sensível, entendeu e vivenciou o significado dos ensinos de Jesus como poucos, transformando por completo sua vida, deixando os prazeres mundanos e dedicando-se à total renovação de seu comportamento pela prática do amor ao próximo. Assim, o divino Mestre com seu profundo amor e carinho mostrou a ela o caminho para todos que desejam sinceramente levantar-se do pó de suas ruínas morais.

Madalena foi um exemplo de sacrifício dos prazeres pessoais em prol da construção da felicidade ao semelhante.

Recordemo-nos de que ninguém é suficientemente puro para habilitar-se a julgar as impurezas alheias. Portanto, não atiremos pedras no telhado de outrem, observando que a pedra é capaz de ferir, mas, se colocada em lugar certo da construção, torna-se agente de solidez no edifício.
 

Bibliografia:

XAVIER, F. C - Encontro Marcado -  ditado pelo Espírito Emmanuel – 14ª edição – FEB – Brasília/DF – 2013 – lição 31.

XAVIER, F. C. – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel – 35ª edição – Editora Comunhão Espírita Cristã – Uberaba/ MG – 2010 - lição 54.

XAVIER, F. C. – Vida e Sexo – ditado pelo Espírito Emmanuel – 1ª edição – FEB – Brasília/ DF – 1970 – capítulos: 1, 10, 11, 24, 48, 51. 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita