Traços da nossa
identidade
Na Parábola dos
Trabalhadores da
Última Hora
(Mateus, 20:
1-16) e na
Parábola da
Festa de Núpcias
(Mateus, 22:
1-14), Jesus diz
que são muitos
os chamados e
poucos os
escolhidos.
Criados simples
e ignorantes (no
sentido de
saber, de
vivência, de
conhecimento),
gozamos do
livre-arbítrio a
partir do
momento em que
manifestamos a
vontade de agir
livremente. "Nas
primeiras fases
da vida a
liberdade é
quase nula; ela
se desenvolve e
muda de objeto
com as
faculdades". (O
Livro dos
Espíritos,
questão 844.)
Nascemos com uma
programação de
vida e não com
um destino
traçado. Como
seres
inteligentes,
determinamos
pelas nossas
ações a
destinação da
nossa
existência. São
muitos os
apelos, os
chamamentos.
Pelo nosso
proceder,
podemos cumprir
ou não essa
programação.
Em muitas
existências,
iludimo-nos pela
ânsia das posses
materiais e pelo
brilho falso do
poder. A lei de
causa e efeito
nos cobra, a
cada etapa
reencarnatória,
o necessário
reajuste, até
que nos
despertemos para
a realidade, sem
mentiras, sem
fantasias.
Conscientizados
da nossa
identidade,
colocamo-nos na
condição dos
poucos que são
chamados, dentre
os muitos que
são escolhidos.
E dos últimos
que são os
primeiros, pois
nada há que nos
faça retroceder,
enquanto muitos,
por inércia,
falta de vontade
e determinação,
permanecem à
beira do
caminho, como
parte das
sementes que
caíram junto da
estrada, e
vieram as aves
do céu, e
comeram-nas, tal
como a descrição
da Parábola do
Semeador.
(Mateus, 13:
18-23.)
É quando, na
mesma parábola,
assemelhamo-nos
à semente que
caiu em boa
terra e deva dar
fruto, havendo
grãos que
rendiam a cento
por um, outros a
sessenta, outros
a trinta, isto
é, os que ouvem
a palavra e a
entendem, e
colocam-na em
prática.
Nessa altura,
atingimos a
condição de
entendimento dos
servos da
Parábola dos
Talentos
(Mateus, 25:
14-30), que,
recebendo cinco
e dois talentos,
entraram a
negociar. Um
ganhou outros
cinco e o outro,
outros dois
talentos. E o
senhor disse a
cada um: Muito
bom servo bom e
fiel; já que
fostes fiel nas
coisas pequenas,
dar-te-ei a
intendência das
grandes; entra
no gozo do teu
senhor.
Ao que coube um
talento e o
enterrou, sobrou
severa
repreensão, além
de ver tirado o
talento e
entregue ao que
recebera dez,
porque a todo o
que tem,
dar-se-lhe-á, e
terá em
abundância; e ao
que não tem,
tirar-se-á até o
que parece que
tem, pois que de
nada valeria
grandes
responsabilidades
em mãos de quem
não sabe
aproveitar.