Ao servir
Casimiro Cunha
Na sementeira do bem,
Nas linhas da compaixão,
Não te limites a dar
Remédio, agasalho e pão.
Ergue a mensagem
fraterna
Da bondade e da
esperança
E espalha primeiramente
As bênçãos da confiança.
Ajuda com discrição,
Não te comportes a esmo.
A chaga dos semelhantes
Podia estar em ti mesmo.
Recolhe a criança em
sombra,
Relegada ao desalinho,
Qual se tivesses nos
braços
O corpo de teu filhinho.
Escuta os velhos da
estrada
Que, por tristes, sofrem
mais,
Como se ouvisses
pulsando
O coração de teus pais.
Junto a qualquer
sofredor,
Em vez de lamentação,
Estende amor e alegria,
Que ele é sempre nosso
irmão.
Todos somos uns dos
outros,
Toda a Terra é nosso
lar.
Sê como o raio de sol
Que ajuda sem perguntar.
Não ampares
reprovando...
Toda malícia é cruel.
Socorro com reprimenda
É pão recheado a fel.
Semeia luz no teu
campo...
Não durmas em teu
arado...
Seguimos, perante Deus,
Todos juntos, lado a
lado.
Se atendes à caridade,
Não te esqueças, cada
dia,
Que é preciso servir
sempre
Como Jesus serviria.
Do livro Correio
Fraterno, obra
mediúnica psicografada
pelo médium Francisco
Cândido Xavier.