HYEROHYDES GONÇALVES
hyero.inlar@hotmail.com
Governador Valadares, MG
(Brasil)
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Enquanto estamos a
caminho
“Reconciliai-vos
o mais depressa
possível com o
vosso
adversário,
enquanto estais
com ele a
caminho, para
que ele não vos
entregue ao
juiz, o juiz não
vos entregue ao
ministro da
justiça e não
sejais metido em
prisão. –
Digo-vos, em
verdade, que daí
não saireis,
enquanto não
houverdes pago o
último ceitil."(Mateus
5:25 e 26).
Diante dessa
recomendação do
Mestre Jesus a
todos nós,
Espíritos em
evolução,
passando pelas
bênçãos das
provas e das
expiações, nesta
oficina Terra,
temos de levar
em conta alguns
detalhes
contidos nos
versículos em
pauta, de suma
importância para
o nosso
entendimento e
compreensão.
Observemos que
Jesus nos
recomenda “reconciliar” com
os nossos “adversários” e
chamando-nos a
atenção para que
seja “o
mais depressa
possível”,
e ainda a
circunstância: “enquanto
estiver com ele
a caminho”.
O dicionário online de
português traz a
definição de que
“reconciliar” é
instaurar a paz
entre; ficar em
harmonia com;
harmonizar-se.
Em analogia com
o entendimento
de que para amar
o próximo é
necessário
primeiro amar a
si mesmo,
logo, para
reconciliar com
os adversários,
é necessário
cada qual
reconcilie
consigo mesmo,
em primeiro
lugar,
pacificando a
própria
consciência e
harmonizando-se
com os bons
pensamentos, em
sintonia com as
leis divinas.
Estando em paz
consigo mesmo,
estará
desenvolvendo os
quesitos da
caridade como a
entendia (e
entende) Jesus:
benevolência (=
boa vontade,
surgida da
voluntariedade,
sem esperar nada
em troca);
indulgência (=
doçura por
dentro); e
perdão (doar-se
por completo).
(Vide: O Livro
dos Espíritos,
questão 886.)
Em seguida,
estaremos
habilitados ao
relacionamento
com os
adversários.
Adversários???
Exatamente,
adversários!
Pois bem!
Novamente, em
consulta ao
referido
dicionário,
observamos que
“adversário”
significa aquele
que entra em
combate com
outra pessoa;
antagonista; que
é capaz de se
opor; que é
contrário a;
opositor; que
disputa uma
competição
contra;
concorrente;
rival;
contendor.
Logo, observamos
que um
adversário não
precisa,
necessariamente,
ser um inimigo.
Mas alguém que
está a caminho
conosco e que
pensa e age
diferente de
nós, expõe as
suas opiniões
diversas da
nossa, conduz a
vida de um jeito
que nos
incomoda, ou
pode ser, mesmo,
um inimigo,
decorrente de
entreveros desta
e/ou de outras
existências e
que agora é a
oportunidade de
ajuste ou
reajuste, ou
seja, da
reconciliação,
do acertar dos
ponteiros e
seguir o caminho
desbravando
horizontes de
amizade e paz.
Que essa
reconciliação
atenda a
recomendação do
Mestre Jesus,
sendo a mesma o
mais depressa
possível, porque
estamos a
caminho.
Estar a caminho
tem o sentido de
movimento, de
estar andando
para frente.
Muito diferente
de estar no
caminho, porque
estar no caminho
tem o sentido
estático.
Mas a ideia de
Jesus é de
evolução. E para
evoluir temos de
agir e de nos
movimentar, ir
ao encontro do
outro que,
muitas das
vezes, é nosso
adversário e/ou
inimigo.
Quando Jesus nos
alerta quanto ao
“mais depressa
possível”,
desperta a ideia
de “tempo”, de
aproveitarmos a
oportunidade que
temos para nos
apaziguarmos uns
com os outros,
acertando as
arestas e
desenvolvendo as
virtudes morais,
sendo
caritativos;
cada qual se
colocando no
lugar do outro,
com o coração
misericordioso
removendo e
ajudando o outro
a remover as
pedras do
caminho.
É aproveitarmos
o tempo, essa
ferramenta que
temos em mãos
para o exercício
do
livre-arbítrio,
para
desenvolvermos a
maturidade das
nossas escolhas,
e buscarmos a
felicidade
juntamente com
os companheiros
de jornada
evolutiva que
também estão a
caminho.
Mas a caminho de
quê? Para onde?
Rumo à
felicidade, para
a qual todos
nascemos e
renascemos, que
se localiza
dentro de cada
um de nós em
particular, onde
está o Reino de
Deus, conforme
Jesus nos
ensinou através
do Evangelho de
Lucas, capítulo
17, versículo
21.
E, ao fazer essa
viagem, rumo à
felicidade, no
mundo da
consciência,
muitos, quiçá a
maioria,
acabarão por
concluir que,
também, os
nossos
adversários
podem ser nós
mesmos, que não
nos damos
oportunidades de
nos ouvir e
perceber o que
temos de
melhorar e que
temos de exercer
o amor a nós
mesmos (o
autoamor), não
nos culpando de
nada, mas nos
responsabilizando
pelas nossas
ações e
omissões.
Se estamos a
caminho, estamos
de passagem de
um lugar para o
outro, em busca
do conhecimento
da verdade que
liberta da
prisão do
orgulho e do
egoísmo, da
ignorância, da
intolerância, da
falta de perdão.
É preciso, no
caminho, o mais
depressa
possível,
aprender a
caminhar um com
o outro, lado a
lado, tantas
milhas que forem
necessárias,
aprendendo um
com o outro, com
as experiências
do outro.
É preciso, no
caminho, mostrar
a outra face,
que é a face da
benevolência
para com todos,
da indulgência
para as
imperfeições dos
outros e do
perdão das
ofensas.
É preciso, no
caminho,
entregar a
túnica do
conhecimento e,
se possível, a
capa do
desprendimento.
É preciso, o
mais depressa
possível, e, se
possível, ainda
nesta
encarnação, para
que evitemos a
prisão de nossa
consciência nas
grades da
ignorância, da
consciência
culpada, do
egoísmo e do
orgulho e de
tantos e demais
vícios que nos
aprisionam, a
fim de evitarmos
os pagamentos
dolorosos de
cada ceitil, de
centavo por
centavo, na
conta da vida.