A Boa-Nova
A
vida de Jesus é
o permanente
apelo à
mansidão,
à dignidade, ao
amor, à verdade
"O Evangelho
é a mais
expressiva
história de uma
vida, através
de outras vidas,
iluminando a
vida de todos os
homens."
Amélia Rodrigues
Em sua ainda
inigualável
parenética,
Amélia Rodrigues
desenha, com o
colorido de sua
sensibilidade e
com firmes
pinceladas do
seu conhecimento
profundo e
superior da Vida
de Jesus, bem
como das
circunstâncias
histórico-político-sociais,
os painéis dos
proscênios onde
se desenrolou a
Saga que dividiu
as eras da
Humanidade.
Narra com
elegância e
precisão os
fatos, os
acontecimentos
da vida d`Aquele
que se alevantou
acima da própria
história,
constituindo-Se
o marco
rutilante dos
fastos do
pensamento
universal.
As narrativas
vêm sempre
emolduradas por
ricas descrições
geográficas de
rara beleza, a
ponto de nos
levar a
considerar a
Benfeitora
Espiritual uma
paisagista de
singular
sensibilidade.
Atentemos para a
aula dessa
Mestra,
compulsando seus
livros: "Primícias
do Reino" e "Quando
Voltar a
Primavera", ambos
psicografados
por Divaldo
Franco: "o
Evangelho de
Jesus ─ a
mais
significativa
história, jamais
narrada,
encontra-se
sintetizada em "O
Novo Testamento",
modesta obra de
pouco mais de
trezentas e
cinquenta
páginas. Grafada
por duas
testemunhas
pessoais de
todos os
acontecimentos,
Mateus e João, e
confirmada pelos
depoimentos de
outras que
conviveram com
Ele, tais como
Pedro ─ que
pede a Marcos
escrevê-la para
os romanos
recém-convertidos ─ e
Lucas, que a
recolhe de
Paulo, o chamado
da estrada de
Damasco, de
Maria, Sua mãe,
de Joana de Cusa,
de Maria de
Magdala e de
outros,
escrevendo para
a grande massa
dos gentios
conversos.
Outros
depoimentos de
conhecedores e
participantes
diretos
reaparecem nas
Epístolas para
culminarem na
visão do
Apocalipse.
Milhares de
manuscritos de
cópias relataram
Sua Vida e Seus
feitos... Os
quatro
narradores ─ Mateus,
Marcos, Lucas e
João ─,
no entanto, são
de uma
veracidade tal
que os seus
escritos são a
mesma Mensagem e
Vida por
escribas
diferentes na
cultura, na
emotividade e
nos interesses
distintos,
convergindo e
centralizando a
Incomum
Personagem que é
Jesus!...
Lê-los é provar
as angústias do
mundo e o néctar
dos Céus, a fim
de saber dos
paladares, qual
se deve
escolher.
Os evangelistas
não foram
romancistas,
historiadores,
antes,
narradores de Uma
Vida que
foi maior do que
todas as
vidas...
Mateus escreveu
os "ditos
do Senhor" entre
50 e 55; Marcos
narrou os fatos
num período que
vai de 55 a 62,
em Roma, ao lado
de Pedro. Lucas
fez o mesmo logo
depois, por
volta de 63...
João escreveu o
Apocalipse entre
96 a 104, ainda
em Éfeso.
Por volta do ano
63, Lucas narrou
os "Atos dos
Apóstolos",
utilizando-se
das informações
que lhe chegaram
por personagens
que participaram
daqueles
acontecimentos
inesquecíveis.
Ao todo, vinte e
sete pequenos
livros
constituídos por
duzentos
capítulos e sete
mil novecentos e
cinquenta e sete
versículos, em
linguagem
simples: quatro
narrativas
evangélicas, um
Ato dos
Apóstolos
(atribuído a
Lucas), catorze
epístolas de
Paulo, uma de
Tiago Menor,
duas de Pedro,
três de João,
uma de Judas
Tadeu e o
Apocalipse de
João.
Embora as
pequenas
variantes de
narrativas ─ o
que lhes dá o
testemunho
inconteste da
opinião pessoal
dos escritores ─ através
dos quatro
evangelistas, a
história do Filho
do Homem é
uma só.
Mateus (Levi)
escreveu-a para
os israelitas
que se
cristianizaram,
comparando a Boa-Nova com
os Textos
Antigos e
utilizando-se
das figuras
comuns ao
pensamento
hebreu.
Marcos (também
chamado João),
filho de Maria,
de Jerusalém, em
cujo lar os
cristãos se
reuniam e onde o
Apóstolo Pedro,
libertado do
presídio, se
acolheu, que
conheceu de
perto as lides
apostólicas
junto a Paulo e
Barnabé, dos
quais se afastou
em Perge, na
Panfília,
retornando a
Jerusalém, tendo
sido convocado
mais tarde pelo
próprio Pedro, à
sementeira em
Roma, em cuja
ocasião grafou a
sua narrativa.
Lucas,
recém-convertido
por Paulo,
residiu em
Cesareia, no lar
do diácono
Filipe, de quem,
emocionado,
escutou a
narrativa oral
dos
acontecimentos,
bem como em
Jerusalém ouviu
os mesmos fatos
contados por
Tiago Menor.
Erudito, nascido
em Antióquia, de
cultura
helênica, é o
narrador
deslumbrado e
comovido dos
feitos e
palavras de
Jesus. É o mais
lindo dos quatro
Evangelhos,
impregnado da
mansuetude do
Cordeiro.
Escrevendo ao "excelente
Teófilo", é
dedicado à
grande grei dos
gentios,
arrebatada pelo
verbo candente
de Paulo, seu
mestre.
Dante afirmava
que Lucas era o
escriba da
mansidão de
Jesus.
Prosseguirá
escrevendo, mais
tarde, os “Atos
dos Apóstolos” com
o seu
inconfundível
estilo.
João, o “discípulo
amado”, místico
por excelência,
escreveu para os
cristãos que já
conheciam a
Mensagem com
segurança.
Aprofundou a
sonda reveladora
e se adentrou no
colóquio do
Mestre com
Nicodemos, sobre o
“novo
renascimento”,
de cujo
colóquio,
possivelmente,
participara como
ouvinte. Começa
o seu estudo com
a transcendente
questão do Verbo
e o encerra no
Apocalipse, com
a fulgurante
visão
medianímica de
Jerusalém
Libertada. O seu
é o Evangelho
espiritual...
Escritos
inicialmente na
língua falada
por Jesus (o
arameu),
excetuando-se
provavelmente
Lucas, logo
foram traduzidos
para o grego,
corporificando o
pensamento do
Mestre, que se
dilataria por
toda a Terra...
A mais comovente
história que já
se escreveu; o
maior amor que o
mundo conheceu;
o exemplo mais
fecundo que
jamais existiu;
a vida de Jesus
é o permanente
apelo à
mansidão, à
dignidade, ao
amor, à verdade.
Amá-lO é começar
a vivê-lO;
conhecê-lo é
plasmá-lO na
mente e no
coração.
A vida que
comporta a
história da
nossa vida ─ eis
a vida de Jesus!
A perene
alegria, a boa
mensagem de
júbilo - Eis o
Evangelho!
Águas abençoadas
de córregos ─ os
textos
evangélicos ─ fluem
na direção do
mesmo rio: a
Verdade!
Passaram fastos
históricos,
sucederam-se
civilizações e
culturas, povos
substituíram
povos, homens se
foram e
renasceram
noutras épocas,
enquanto Jesus
continua o
mesmo.
O homem de hoje
que O busca
encontra-O
compassivo e
gentil a
aguardá-lo, como
ao moço rico
disse no
passado, ao
entardecer, à
entrada da
cidade: ─ "Vende
tudo o que tens,
dá-os aos
pobres, vem e
segue-Me, estou
esperando por
ti”.
Sim, Jesus ainda
espera!