Quanto tempo
falta para a
Terra chegar a
mundo
de regeneração?
A Revista
Espírita foi
uma obra com
periodicidade
mensal dirigida
por Allan
Kardec, de
janeiro de 1858
até abril de
1869. Embora
tenha
desencarnado em
março de 1869, o
professor havia
deixado a
publicação de
abril daquele
ano pronta.
Com frequência,
os assinantes da Revista
Espírita pediam
a Kardec para
que sua
publicação fosse
semanal ou
quinzenal.
Objetivavam
beber da
literatura do
sábio francês
mais
constantemente.
Kardec
respondia, de
forma educada,
que era
humanamente
impossível. Em
primeiro lugar
porque o
trabalho a que
se prestava o
professor
tornava-se cada
dia mais
intenso.
Além disso, caso
optasse pela
periodicidade
menor o
professor teria
que aumentar o
valor das
assinaturas.
Embora muitos
afirmassem que
pagariam de bom
grado, isto
seria um prato
cheio para os
detratores de
Kardec que, vira
e mexe, acusavam
o professor de
enriquecer às
custas do
Espiritismo.
E, também, a
Revista trazia
em si o ideal da
variedade e do
complemento da
obra construída
pelo professor,
portanto,
deveria seguir a
publicação
mensal o que,
segundo ele,
seria mais
conveniente.
Kardec informa,
ainda, que a
Revista
registraria o
desenvolvimento
da ciência
espírita e as
novas teorias,
mas que estas
não poderiam ser
aceitas antes de
passar pelo
controle
universal do
ensinamento dos
Espíritos.
Percebe-se o
zelo que Kardec
tinha com o
Espiritismo. Sua
busca, conforme
ele mesmo narra
na introdução da
Revista
Espírita, era
pela verdade,
então teria que
traçar
estratégias
seguras para que
dela – verdade –
não se
afastasse, mas,
também, que não
obstruísse o
progresso,
porquanto sabia
ele que o
Espiritismo
permanecia no
patamar de
ciência em
construção, ou
seja, aberto à
continuação da
verdade que,
diga-se, deveria
obedecer à
marcha do
progresso humano
e não seria
ministrada senão
paulatinamente.
A grosso modo é
a comparação da
luz que, quando
muito forte,
ofusca ao invés
de iluminar.
Kardec não tinha
pressa, antes
primava pela
observação,
pesquisa e
estudo de
determinado
ponto, para que
a verdade não
lhe escapasse.
Pode-se afirmar
que Kardec era
um homem sem
agonia!
Agonia que
muitas vezes
reflete-se na
ansiedade de
constatar que a
Terra será, em
breve, promovida
de mundo de
prova e expiação
para mundo de
regeneração.
Alguns falam até
de datas.
Todavia, é
válido buscar no
professor Rivail
a prudência, até
porque essa
promoção não
ocorrerá por
decreto. Na
constituição de
Deus não há
espaço para
negociatas. Ou
seja, a Terra
será promovida
quando os homens
a promoverem por
meio de suas
ações pautadas
na prática
evangélica.
Basta uma breve
observação para
conferir que a
mudança moral é
lenta.
Vejamos:
Cerca de 1.400
anos mais ou
menos separam a
primeira
revelação dada
por Moisés da
vinda do Cristo
à Terra. Logo,
de Cristo para o
Espiritismo são
mais de 1.800
anos.
Não precisamos
fazer grandes
reflexões para
constatar que
ainda não
assimilamos nem
a revelação dada
por Moisés,
porquanto ainda
matamos,
roubamos,
tiramos
vantagens
indevidas e por
aí vai...
Vide a situação
do Espírito
Santo, estado
afetado pela
“greve” da
Polícia Militar
e que as mortes
pipocaram, os
saques tomaram
espaço e homens,
até então não
envolvidos com o
crime, acabaram
por se envolver
pela razão de
não estarem
sendo
fiscalizados
pela polícia.
Em termos morais
avançamos, mas
ainda não
praticamos nem o
que Moisés
revelou.
Vale lembrar que
o Espiritismo
tem pouco mais
de 150 anos...
Percebe-se que
as revelações
demoraram um
bocado de tempo
para fazer
pequenino efeito
no comportamento
moral dos
homens.
Em partindo
deste princípio,
se fizermos uma
média entre as
revelações, ou
seja, 1.400 anos
de Moisés a
Jesus e 1.800
anos de Jesus ao
Espiritismo,
teremos 1.600
anos de média.
Será que irão
1.600 anos para
começarmos a
praticar as
lições de Jesus?
Em realidade,
tudo dependerá
dos homens,
então, cabe-nos
acelerar esta
progressão da
Terra para um
mundo melhor.
Outro dia ainda
comentei com
amigos: - Que os
homens sejam
todos,
independentemente
de religião,
kardequianos,
pois kardequiano
quer dizer:
Kardec para o
cotidiano...
Só assim nosso
mundo, de fato,
será promovido
para mundo de
regeneração.