A. Um ou
dois fatos
são
suficientes
para que
tiremos
conclusões
definitivas
acerca da
explicação
de um
fenômeno
como as
“correspondências
cruzadas”?
Claro que
não. Pelo
menos é isso
que
investigadores
respeitados
como o Dr.
Geley
pensam.
Sobre o
assunto, Dr.
Geley
escreveu:
“Mais do que
nunca eu
creio que a
explicação
isolada de
um fato ou
de um grupo
de fatos, no
domínio da
Metapsíquica,
é coisa de
pouca
importância
e quase
sempre
ilusória.
Mais do que
nunca eu
creio na
necessidade
de uma
interpretação
sintética ou
global dos
fatos, a
única
filosoficamente
concebível”. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
B. Que
consideração
Bozzano faz
acerca dos
erros de
pequena
monta que se
verificam em
comunicações
entre vivos
autênticas?
Tais erros
não têm,
segundo
Bozzano,
nenhum valor
teórico,
porque não
chegam a
invalidar o
conteúdo da
mensagem e
são
perfeitamente
explicáveis.
Aliás, erros
assim
verificam-se
às vezes nas
mensagens
mediúnicas,
visto que,
para se
realizarem,
devem elas
passar,
necessariamente,
através do
“comutador”
cerebral de
uma terceira
pessoa. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
C. Pode um
médium
destro, sem
nenhuma
habilidade
com a mão
esquerda,
psicografar
uma mensagem
como se
fosse
canhoto?
Pode, sem
dúvida. Foi
o que
aconteceu
com a médium
Mary H.
Jacob,
citada por
Bozzano
nesta obra
(caso 33).
Ela havia
recebido uma
mensagem do
seu falecido
filho e,
referindo-se
a isso, deu
a seguinte
declaração:
“Note-se que
o meu
falecido
filho, que
se serviu de
minha mão esquerda para
escrever a
mensagem,
era canhoto em
vida, e que
eu nunca fui
capaz de
escrever,
normalmente,
com a mão
esquerda”.
Comentando o
fato,
Bozzano viu
nisso um
elemento
importante a
favor da
comprovação
da
identidade
pessoal do
comunicante
desencarnado. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
Texto para
leitura
312. Depois
de inúmeras
considerações
sobre os
fenômenos a
que se
referiu no
item
anterior,
Dr. Geley
assim
concluiu:
Perguntar-me-ão:
quais são,
então, as
suas
conclusões?
Ei-las: eu
concluo,
observando
que, de
qualquer
modo, as
experiências
de Wimereux
constituem
um documento
metapsíquico
de
primeiríssima
ordem, que
faz honra à
questão das
“correspondências
cruzadas”,
questão
caída em
descrédito.
A respeito
da
interpretação
precisa a
extrair-se
das mesmas
experiências,
acho
supérfluo
indicar
quais são as
minhas
preferências
pessoais,
tanto mais
que elas não
poderiam ser
formuladas,
no momento,
com
suficiente
caráter de
certeza.
Pouco
importa,
aliás. Mais
do que nunca
eu creio que
a explicação
isolada de
um fato ou
de um grupo
de fatos, no
domínio da
Metapsíquica,
é coisa de
pouca
importância
e quase
sempre
ilusória.
Mais do que
nunca eu
creio na
necessidade
de uma
interpretação
sintética ou
global dos
fatos, a
única
filosoficamente
concebível.
Mais do que
nunca eu
creio que
tal
interpretação
sintética
seja
profunda e
inabalavelmente
idealista. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
313. Estas
são as
principais
considerações
que os fatos
expostos
sugerem ao
Dr. Geley e
folgo muito
- diz
Bozzano - em
achar-me de
acordo com
uma das
inteligências
mais
rigorosamente
lógicas que
têm honrado
o campo das
pesquisas
metapsíquicas. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
314. Caso
32 – Transcrevo-o
dos Annales
des Sciences
Psychiques (1917,
págs.
29/30). O
Sr.
Bredmester-Maurer
envia de
Giromagny (Belfort)
a seguinte
carta ao
diretor da
supracitada
revista, Sr.
C. de Vesme:
Ilmo. Sr.
Diretor:
Como
assinante
dos Annales,
submeto à
sua
apreciação o
caso que se
segue:
– Há algumas
semanas, por
ocasião da
partida de
um nosso
amigo com o
qual eu
realizava
experiências
psíquicas e
que
designarei
pela inicial
Y., nós lhe
pedimos que
nos enviasse
uma mensagem
por meio da
mesinha
mediúnica,
no dia
seguinte à
sua chegada
na nova
residência,
que dista de
Giromagny
cerca de 17
quilômetros.
No dia e
hora
marcados (9
da noite),
minha esposa
e eu nos
sentamos à
mesa e
aguardamos.
Convém notar
que, sem o
Sr. Y.,
nunca
tínhamos
conseguido
fazer
mover-se a
mesa. Ao
contrário,
desta vez,
quase
imediatamente
uma forte
pancada
fez-se ouvir
no interior
da mesa, que
depois disso
deu meio
giro. Então
perguntamos:
– Está
presente
algum
espírito?
– Sim.
– Quem o
envia?
– Y.
– Porventura
estás
encarregado
de alguma
mensagem
para nós?
– Sim.
– Qual é a
mensagem?
–
“Jacqueline”
está
apaixonada
pelos
“dragões”.
– Onde se
encontra Y.?
– Em um café
em X.
– Em
companhia de
quem?
– De três
oficiais.
– Quantos
galões têm
os oficiais?
– O primeiro
um, o
segundo e o
terceiro,
dois.
– Acham-se à
mesa para
começar
experiências
mediúnicas?
– Não.
– Que fazem?
– Bebem.
– Que bebem?
– Cerveja.
Na manhã
seguinte
recebemos do
Sr. Y. uma
carta em que
ele nos
comunicava a
mensagem que
nos havia
remetido na
noite
precedente,
a qual era
literalmente
idêntica à
que
recebemos
mediunicamente.
Pedimos
esclarecimentos
ao Sr. Y.
sobre as
respostas
dadas ao
nosso
interrogatório
e ficamos
sabendo que
todas eram
verdadeiras,
salvo uma
inexatidão
sobre a qual
o Sr. Y. nos
escreveu:
“Os três
oficiais
falaram
realmente em
mandar vir
cerveja e
demorar
mais, porém
eu me
despedi e
fui-me
deitar. O
caso parece
tanto mais
estranho,
porquanto
recebestes
informações
independentes
de minha
vontade,
isto é, as
que se
referem ao
lugar em que
me achava.”
(O diretor
da revista
acrescenta:
“A meu
pedido, o
Sr.
Bredemester-Maurer
teve a
gentileza de
enviar-me os
papéis
referentes
ao caso
narrado,
isto é, os
dois
bilhetes
postais e as
notas
tomadas
durante a
sessão”.) (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
315. O
episódio
supracitado
é
interessante
do ponto de
vista das
“comunicações
mediúnicas
entre
vivos”, mas
é, ao
contrário,
um tanto
fraco do
ponto de
vista da
intervenção,
na mensagem
aqui
considerada,
de uma
entidade
espiritual
extrínseca.
Em favor
desta última
interpretação,
notam-se
duas
circunstâncias,
porém, que
são de ordem
resolutiva:
uma, que a
personalidade
comunicante
não disse
ser o Sr. Y.
e sim o seu
mensageiro
espiritual,
afirmação
que só
adquire
certo valor
pelo fato de
existirem
realmente os
mensageiros
espirituais
de tal
natureza,
como já
vimos; e
outra, que o
Sr. Y. se
havia
proposto
enviar
somente uma
breve
mensagem,
enquanto que
os
destinatários
submetem a
entidade
comunicante
a um
interrogatório
longo,
obtendo
informações
suplementares
verídicas
que o agente
não havia
pensado
enviar e que
não teria
podido
mandar na
forma do
interrogatório
que se
desenvolveu,
a menos que
ele se
achasse
presente em
espírito ou
houvesse
conversação
a distância
entre duas
personalidades
integrais
subconscientes.(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
316. Ora, em
ambos os
casos, o
agente
deveria ter
caído em
estado de
sono claro
ou
disfarçado
durante o
período
inteiro da
conversação
que se
desenvolveu,
pois que, se
houvesse
permanecido
todo o tempo
em estado de
completa
vigília,
então o caso
em exame
deveria ser
considerado
como
espírita,
mas
infelizmente
faltam a tal
propósito os
informes
necessários
e, portanto,
não é
possível
chegar-se a
uma
conclusão.
Quanto à
pequena
inexatidão
ocorrida na
transmissão
telepática
da mensagem,
em que o
fato de
mandar vircerveja
para beber
no local se
transformou
no outro
fato de beber
cerveja não
apresenta
valor
teórico,
pois que se
trata,
evidentemente,
de um dos
erros comuns
de
transmissão,
dos quais
não podem
escapar as
mensagens
mediúnicas,
porque, para
se
realizarem,
devem,
necessariamente,
passar
através do
“comutador”
cerebral de
uma terceira
pessoa. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
317. Caso
33 – Extraio
do Journal
of the
American S.
P. R. (1919,
pág. 276)
este caso
que Mary H.
Jacob
relatou ao
diretor da
citada
associação,
nos
seguintes
termos:
Quando meu
filho
partiu, como
soldado,
para a
França, eu
não podia
saber a data
de sua
partida, nem
de sua
chegada, até
que o
governo dos
Estados
Unidos
houvesse
recebido um
telegrama do
comando
militar
anunciando a
chegada, a
salvo, do
transporte
em que ele
embarcara.
Depois desse
telegrama é
que
deixariam
sair os
postais para
as famílias,
escritos
pelos
soldados
antes da
partida e
nos quais
eles
próprios
anunciavam
sua chegada
à França.
Depois que
meu filho
partira,
estava eu
sentada
certa noite
na
biblioteca,
quando a
minha mão
esquerda
pôs-se a
fazer
curiosos
movimentos
automáticos
semelhantes
aos dos
telegrafistas
no exercício
das suas
funções.
Minha filha
trouxe logo
papel, lápis
e a mesinha,
e minha mão
começou
imediatamente
a escrever.
Era um aviso
de que o meu
filho havia
chegado, são
e salvo,
naquele
momento, à
França e o
tal aviso
era assinado
por um outro
filho meu,
já falecido.
Tomamos logo
nota do dia
e da hora em
que havíamos
recebido e
mensagem e,
no devido
tempo,
recebemos
cartão
postal de
meu filho,
que, como
disse acima,
escrevera e
entregara ao
comando
militar,
antes de
partir.
Algumas
semanas após
chegou uma
carta dele,
na qual
descrevia as
peripécias
da viagem e
nos
informava
haver
chegado são
e salvo à
França,
justamente
na hora em
que
recebêramos
a mensagem
mediúnica.
Note-se que
o meu
falecido
filho, que
se serviu de
minha mão esquerdapara
escrever a
mensagem,
era canhoto em
vida, e que
eu nunca fui
capaz de
escrever,
normalmente,
com a mão
esquerda. A
mensagem do
Além fora
mais rápida
do que a
mensagem do
Aquém.
(Assinado)
Mary H.
Jacob.
(A filha da
relatora
confirma
assim: “A
mensagem, de
que trata a
narração de
minha mãe,
foi recebida
nas
condições
exatas por
ela
descritas. (Assinado)
Mary K.
Jacob.” (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
318. Também
o caso
exposto é
teoricamente
fraco do
ponto de
vista da
intervenção
presumível
de uma
entidade de
morto na
comunicação
mediúnica
entre vivos
e,
naturalmente,
eu não o
teria
classificado
neste subgrupo se
não
existissem
outros
tantos
episódios
desse
gênero,
genuinamente
espíritas,
que nos
induzem a
presumir o
mesmo também
para os
casos menos
notoriamente
espíritas.
De qualquer
modo, o
episódio da
médium que,
na ocasião,
escreve com
a mão
esquerda, o
que coincide
com o fato
de ser o seu
falecido
filho
canhoto, não
é privado de
certo valor,
do ponto de
vista da
identificação
pessoal do
morto
comunicante. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F) (Continua
no próximo
número.)