WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 11 - N° 512 - 16 de Abril de 2017

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 33)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. De acordo com a programação feita por Marie-Eléonore, que fora mãe do marquês de Sade, em que condições Rosa Keller reencarnaria?  

Como já vimos, Rosa Keller e o marquês seriam irmãos, ambos filhos de Marie-Eléonore. Rosa reencarnaria escondida em uma forma degenerada, com a mente lúcida mas sem os equipamentos que a pudessem traduzir. Seria esse, porém, um curto período de expiação, que lhe proporcionaria futuras experiências em outro clima de realização e em outras circunstâncias mais favoráveis. (Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.) 

B. Quais os planos que foram elaborados com relação a Madame X, atualmente reencarnada como padre Mauro?

A Madame X, ou padre Mauro, que era quem assimilara as instruções de Marie-Eléonore com maior lucidez, caberia erguer um Lar para crianças infelizes, Espíritos profundamente endividados em recomeços difíceis, para que pudesse reabilitar-se em relação àqueles a quem feriu, e em cuja convivência adquiriria resistência para vencer as doentias tendências que assinalavam sua atual existência de extravagâncias, que a fé religiosa iria corrigir. (Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.) 

C. Concluídas as recomendações feitas por Marie-Eléonore, que resultados daí resultaram?

Quando Maria-Eléonore silenciou, aqueles que haviam ouvido as recomendações especiais e que foram convocados ao recomeço apresentavam diferentes emoções, que se lhes estampavam nos rostos emocionados. Relutante e enfraquecido, o antigo marquês transformara-se, tornando-se, repentinamente, fragilizado e temeroso. Todos os conflitos que lhe dormiam no íntimo vieram-lhe à face e apresentavam-se em forma de pavor e angústia, evocando, sem dúvida, as atrocidades cometidas em ambas as esferas da Vida, que deveria então começar a enfrentar sem disfarces nem cinismo. (Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.) 

Texto para leitura

161. Rosa Keller e o marquês serão irmãos na próxima existência – Marie-Eléonore fez uma pausa, ensejando a Rosa Keller absorver a lição, e prosseguiu: “Também tu voltarás ao corpo carnal, a fim de recomeçares o exercício do equilíbrio e a reconquista da saúde espiritual. Fustigada pelas reminiscências do largo trânsito pelos sítios de sombra e de dor, ressurgirás escondida em uma forma degenerada, com a mente lúcida mas sem os equipamentos que a possam traduzir. Será um curto período de expiação, que te proporcionará futuras experiências em outro clima de realização, em outras circunstâncias mais favoráveis. No momento, face às dolorosas conjunturas em que vos encontrais, meu filho e tu, não será possível outro recurso senão este de significado expiatório e libertador. Pensa em termos de amanhã, deixando para trás sombras e ressentimentos, ódios e vinganças, porque o pântano em putrefação vive morto aniquilando tudo que se lhe acerque com os seus vapores morbosos”. Rosa Keller indagou então: “E quem receberá nos braços a desditada Rosa Keller? Quem se compadecerá do meu destino?” A voz fazia-se assinalar por profunda amargura e angústia, resultado dos pesados sofrimentos que havia experimentado até então. Sem titubear, a Senhora elucidou: “Aquele Pai Generoso que a todos nos criou, não tem preferência por um em detrimento de outro, amando-nos de igual maneira e ajudando-nos da melhor forma possível. Ele, que te libertou do cativeiro onde estiveste até há pouco, já providenciou o Espírito que te receberá nos braços, envolvendo-te em carícias e molhando de lágrimas de ternura teu corpo deformado. Eu ofereci-me ao Senhor da Vida para ser utilizada como tua mãe, auxiliando-te ao lado do meu filho, na escalada da iluminação”. (Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.) 

162. Ninguém pode fugir da injunção das Leis do Amor – A informação produziu um impacto em quase todos que acompanhavam o diálogo libertador. Rosa Keller, após recuperar-se da surpresa, inquiriu, assustada: “Eu voltarei ao corpo na condição de irmã do monstro que me despedaçou a alma? Por intermédio de qual sortilégio isso acontecerá?” A mãe do marquês redarguiu: “Todos somos irmãos uns dos outros, queiramos ou não, em razão da Paternidade Divina. O importante não é o seres irmã biológica daquele que te seviciou, mas estares ao seu lado, a fim de que ambos encontreis a paz e o perdão recíproco na situação dolorosa em que ascendereis do abismo no rumo da Estrela Polar, que é o Mestre Jesus. Ele abençoou os seus algozes e desceu às regiões de desespero antes de ascender ao Pai, a fim de arrancar Judas das mãos perversas daqueles Espíritos que o induziram por inspiração ao crime hediondo. E o fez em silêncio absoluto, resgatando-o de imediato, a fim de que pudesse avançar através dos tempos e volver, feliz, à convivência com os amigos que abandonara... Assim funcionam as Leis do Amor e ninguém poderá fugir da sua injunção inapelável”. Após uma rápida pausa, ela concluiu: “Aqui estamos diversos Espíritos que falimos juntos, experimentando a misericórdia de Deus para o recomeço. O fracasso nos volta a reunir em nome das vitórias do futuro, não nos cabendo apresentar exigências, pois que carecemos de valores para propô-las. Em nossa condição de indigentes, toda moeda de luz é fortuna que nos cumpre aproveitar com sabedoria, numa decisão irrevogável. Desse modo, resta-nos somente aceitar o divino convite ou recusá-lo e mergulhar novamente no abismo, sem outra alternativa para o momento”.(Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.) 

163. Os planos relativos a Madame X – Dito isso, a mãe do marquês aproximou-se de Madame X, que se apresentava visivelmente transformada para melhor, sendo, dos três, quem assimilava as instruções com maior lucidez. Tocando-a com inefável bondade, ela disse-lhe: “Todos estes planos encontram-se dependendo de tua decisão libertadora. Sendo o único reencarnado, fruindo de excelentes possibilidades no corpo físico, teus braços jovens e fortes deverão erguer um Lar para crianças infelizes, Espíritos profundamente endividados em recomeços difíceis, para que te reabilites em relação àqueles a quem feriste, e em cuja convivência adquirirás resistência para venceres as doentias tendências que te assinalam a atual existência de extravagâncias, que a fé religiosa irá corrigir. Dispões da lucidez necessária para entender que os compromissos negativos que te assinalam a jornada exigem reparação mediante quaisquer sacrifícios, que te constituirão mirífica luz no processo renovador. Certamente, não serão fáceis as horas porvindouras, porque largo tem sido o teu caminho de perversões e iniquidade. O organismo, que vem absorvendo energias deletérias desde há muito, encharcado e dependente, sofrerá compreensível abalo na sua estrutura, que exigirá refazimento através do leito de reflexões. Não te faltarão, porém, os recursos indispensáveis ao êxito do cometimento. Tua mãezinha será a canalizadora da ajuda superior, intercedendo sempre por ti e transmitindo-te as forças indispensáveis para a grande travessia pelo vale de amargura. Confia em Jesus e nunca desanimes. Toda via de redenção exige sacrifício e abnegação. É imperioso refazer o campo destruído e plantar novas sementeiras de esperança e de paz”. (Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.) 

164. Resultados da iniciativa tomada por Marie-Eléonore – Aquietando-se em reflexão profunda, a Emissária do Mundo Maior concluiu, imprimindo enérgico tom à voz: “Aqueles com quem te acumpliciaste ou que foram vítimas da tua e da intemperança do marquês, renascerão nos braços do sofrimento, da miséria socioeconômica, experimentando desde cedo carência e infortúnio, que lhes constituirão a futura palma da vitória. Tendo-os próximos de ti experimentarás sentimentos controvertidos, que deverás transformar em compaixão e misericórdia, as mesmas de que tens necessidade no trânsito do processo de autorrecuperação. Contempla-os, pois, agora, e entrega-te a Deus, tu que Lhe suplicaste o auxílio e a complacência”. Quando silenciou, aqueles que haviam ouvido as recomendações especiais e que foram convocados ao recomeço apresentavam diferentes emoções, que se lhes estampavam nos rostos emocionados. Relutante e enfraquecido, o antigo marquês transformara-se, tornando-se, repentinamente, fragilizado e temeroso. Todos os conflitos que lhe dormiam no íntimo vieram-lhe à face e apresentavam-se em forma de pavor e angústia, evocando, sem dúvida, as atrocidades cometidas em ambas as esferas da Vida, que deveria então começar a enfrentar sem disfarces nem cinismo. Sucede que a verdade sempre surpreende aquele que a escamoteia, e apresenta-se na nudez que lhe é peculiar, exigindo a consideração devida e a atenção antes negligenciada. Nesse momento, o irmão Anacleto, responsável pela atividade, agradeceu ao venerando Espírito Marie-Eléonore e aos seus assessores, que se mantiveram em atitude de elevado respeito durante as providências estabelecidas pela visitante iluminada. Antes de retirar-se, o elevado Espírito acercou-se novamente do filho e o envolveu em cariciosas vibrações de paz, reafirmando os propósitos de indestrutível união e apelando para que fosse dócil aos conselhos dos amigos devotados. Prometeu fazer-se presente sempre que fosse necessário, agradeceu aos abnegados trabalhadores do cometimento e retirou-se com seus dois assessores. (Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.) 

165. O poder incoercível do amor – Philomeno encontrava-se profundamente sensibilizado ante a sabedoria da Espiritualidade, graças às providências tomadas para a solução de um problema tão grave. Daquela vez, o encontro com a Verdade dera-se de maneira totalmente imprevisível, sem discussões violentas nem processos vigorosos de debates, ou sequer utilizando-se de recursos mediúnicos pelo transe, no qual servidores reencarnados ofereciam a instrumentalidade orgânica, a fim de diminuírem o impacto das construções psíquicas deletérias, que necessitam sempre de serem atenuadas. A presença da veneranda Entidade, que trouxe a programação futura já elaborada, bastou para modificar a situação dominante. Os seus argumentos, vazados nas expressões do amor, que alcançava dimensão grandiosa, graças ao seu renascimento carnal para atender o filho extraviado e uma das suas vítimas mais infelizes, produziu um efeito surpreendente no alucinado enfermo espiritual. Madame X, que se renovava em razão do despertamento para uma nova realidade, seria a responsável pelo reduto de misericórdia onde seriam recolhidas as vítimas das tempestades morais que se deixaram arrastar pelos ventos da loucura, às quais não se permitiram resistir. O incoercível poder do amor desmantelava o castelo de perdição erguido há mais de duzentos anos pelo transbordar das paixões primitivas que retinham o antigo marquês e algumas da suas vítimas. (Sexo e Obsessão, capítulo 18: Os labores prosseguem.) (Continua no próximo número.)



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita