TEMI MARY FACCIO
SIMIONATO
temi_mary@yahoo.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
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O Cristo no
trabalho
cotidiano
Melhorar para
progredir, eis a
senha da
evolução e, para
que isso
aconteça, é
importante não
nos entregarmos
à lamentação
indébita, pois
uma hora anulada
na queixa é
amplo patrimônio
perdido no
preparo da
vontade
verdadeira para
alcançar a nossa
meta.
Não existem
fórmulas mágicas
para diminuir
nossas
angústias, nem
para nos
impulsionar na
senda evolutiva.
A única fórmula
é aquela que
Jesus definiu
como sendo a
conquista do
reino dos céus,
que se faz com a
decisão firme de
trilhar o
caminho do bem,
com o trabalho
edificante em
nós e para o
próximo.
A luta nos
fortalece e
liberta da
ignorância não
nos permitindo
confrontar
indagações
infelizes que
fazem parte do
nosso processo
evolutivo, dando
lugar ao
desânimo ou ao
pessimismo
perturbadores.
Para isso, é
preciso parar e
refletir com
otimismo em
torno das
infinitas
possiblidades de
amor e de luz
que o
conhecimento da
imortalidade nos
oferece.
Se cultivarmos a
paz, ela
irradiará à
nossa volta; se
mantivermos a
confiança e
trabalharmos no
bem,
multiplicaremos
a área de
plenitude,
avançando assim,
gradativamente,
para a
emancipação
espiritual.
No mundo,
ninguém passará
sem tempestades
e incertezas,
sem a irritação
das provas
ásperas ou sem o
assédio das
tentações,
porém,
recomendou o
Mestre: “Não
se turbe o
vosso coração”¹,
porque o coração
puro é garantia
da consciência
limpa e reta e,
se dispomos
dessa
consciência
limpa e reta,
venceremos toda
perturbação e
trevas por
trazer em nós
mesmos a luz
resplandecente
para o caminho.
No Evangelho de
João, capítulo
dezesseis,
versículo trinta
e três, Jesus
também assevera: “No
mundo tereis
aflições, mas
tende bom ânimo,
Eu venci omundo”,
e por isso a
Terra é uma
escola de
aprendizagem
transitória e a
luta que nela se
trava tem por
objetivo a
vitória sobre
todas as paixões
indignas.
Ante os
conflitos que
nos assombram e
afligem,
trabalhemos
desenvolvendo o
sentimento de
amor, mantendo
serenidade em
todas as
situações em que
nos
encontrarmos,
percebendo que,
para vencer o
mundo e seus
conflitos, a
presença de
Jesus na mente e
na emoção
bastará para
solucionar os
desafios.
O Mestre amado
afirma que todos
nós, Espíritos
encarnados e
desencarnados
que almejamos
pela comunhão
com Ele, somos
portadores de
cicatrizes e
aflições,
dúvidas e
fraquezas,
muitas vezes
escabrosas, daí
recomenda-nos: “Se
alguém quer vir
por mim, negue
a si mesmo, tome
a sua cruz e
siga-Me”
(Lucas, 9:23).
Deste modo, para
a edificação da
nossa
felicidade,
renunciemos às
futilidades da
estrada,
suportando
corajosamente as
consequências
dos nossos atos
de ontem e de
hoje, procurando
Jesus por Divino
modelo, mantendo
nossas almas
voltadas para o
bem incessante,
levantando cada
dia, reparando
nas dores e
inquietações que
nos cercam e
oferecendo mãos
cheias de
serviço ao
Senhor na pessoa
do outro.
Guardando a
certeza de que
assim
procedendo,
recolheremos do
outro o socorro
espontâneo às
nossas
carências.
Assim, é preciso
não esquecer a
necessidade de
abraçar a cruz
das provas
indispensáveis à
nossa redenção
com amor e
alegria, com o
verdadeiro
espírito cristão
no trabalho do
bem, vivendo
cada dia segundo
a fé salvadora
que nos orienta
o caminho.
Na luz do
Cristo, a
liberdade do “devo
servir” gera
o progresso e a
sublimação, e
somente através
do dever
retamente
cumprido
permaneceremos
firmes sem nos
dobrarmos diante
da escravidão de
nossos próprios
desejos.
Acordando para a
cooperação com
Jesus,
recordemos a
afirmativa do
Apóstolo Paulo
de Tarso na
Carta aos
Filipenses,
capítulo quatro,
versículo onze:
“Aprendi a contentar-me
com o que tenho”,
aspirando,
assim, a servir
aos outros para
que sirvamos a
nós mesmos no
reino do
Espírito. Então,
não percamos
tempo na
expectativa
inútil, pois, se
sentirmos e
agirmos com o
Cristo,
viveremos
satisfeitos e
procuraremos
melhorar,
melhorando a
vida com o que
temos.
Os ensinamentos
do Mestre nos
princípios
espíritas
cristãos
constituem
sistema
renovador,
indicação do
caminho, roteiro
de ação,
diretriz de
aperfeiçoamento
de cada um. Seja
qual for a nossa
posição a
serviço do nosso
Irmão Maior, é
imperioso
refletir, porque
se esperamos por
Ele, é natural
que Ele
igualmente
espere por nós
e, não obstante
os equívocos que
ainda nos
assinalem o
coração, sejamos
sinceros em nós
mesmos,
decididos a
cumprir o dever
que abraçamos
diante da
consciência,
desistindo de
justificar
tropeços,
culpas,
inibições para a
fuga das
responsabilidades
que nos
competem.
Viver é atributo
de todos, mas
viver bem é o
caminho de
quantos se
dirigem leais ao
bem para a
divina luz da
verdadeira vida.
Para usufruir a
intimidade de
Jesus e senti-Lo
no coração é
imprescindível
amá-Lo,
compartilhando-Lhe
a obra e a vida.
Eis por que o
divino Mestre
foi claro quando
asseverou para
os aprendizes
que tão somente
os que O amem
saberão trilhar
o caminho e
guardar Seus
ensinamentos.
Quando o doce e
meigo Rabi
disse: “A
minha paz vos
dou”², era
para que a paz
se fizesse na
senda que
trilharmos à
custa do nosso
próprio esforço,
para que
pudéssemos
irradiá-la em
tudo no amparo a
todos.
Os ensinamentos
do Mestre Jesus
não cessarão de
ecoar nas
eternas
bem-aventuranças.
Por mais que
demore, o
direito divino
do amor
universal há de
reger a vida
humana para o
entendimento e
felicidade de
todos. O modo de
ser do Cristo
foi amar em
todas as
ocasiões,
deixando pegadas
luminosas que
desde há dois
mil anos
constituem
roteiro de
segurança para
toda a
humanidade.
Recordemos que o
Senhor espera
por nossa
vontade firme e
por nossos
braços para
responder com a
paz e com a
esperança que
nos cercam. Que
o nosso modo de
ser feliz seja
aquele que o
Amigo divino nos
ofereceu como
modelo e jamais
nos aflijamos
porque Ele
sempre estará
conosco.
Bibliografia:
(1) João,
14:1
(2) João,
14:27.
Outras fontes:
XAVIER, C.
Francisco – Palavras
de Vida Eterna – ditado
pelo Espírito
Emmanuel – 35ª
ed., Uberaba/ MG
– Editora
Comunhão
Espírita Cristã
– 2010 – lições:
7, 18, 36, 41,
124 e 175.
FRANCO, P.
Divaldo – Seja
Feliz Hoje –
ditado pelo
Espírito Joanna
De Ângelis – 1ª
ed., Salvador/BA
– Editora Centro
Espírita Caminho
da Redenção –
2016 – págs. 46,
68 e 100.
Xavier, C.
Francisco – Encontro
Marcado –
ditado pelo
Espírito
Emmanuel - 14ª
ed., Editora
FEB, Brasília/DF
– 2013 – lição
60.