O leitor Aparecido Paulo,
conforme mensagem publicada
na seção de Cartas da edição
passada, enviou-nos a
seguinte pergunta:
Céu, Inferno, Purgatório e
Umbral são estados de
consciência que adquirimos
ao desencarnar? Ou realmente
existe o Umbral tão falado
por André Luiz em sua fala
em o livro "Nosso Lar"?
Segundo os ensinos
espíritas, não existe um
lugar chamado Céu. A
felicidade, explica Allan
Kardec, está na razão direta
do progresso realizado, de
sorte que, de dois
Espíritos, um pode não ser
tão feliz quanto o outro,
unicamente por não possuir o
mesmo adiantamento
intelectual e moral, sem que
por isso precisem estar,
cada qual, em lugar
distinto.
Ainda que juntos, pode um
estar em trevas, enquanto
que tudo resplandece para o
outro, tal como um cego e um
vidente que se dão as mãos:
este percebe a luz da qual
aquele não recebe a mínima
impressão.
Sendo a felicidade dos
Espíritos inerente às suas
qualidades, haurem-na eles
em toda parte em que se
encontram, seja à superfície
da Terra, seja no meio dos
encarnados ou no Espaço, no
chamado Plano Espiritual.
O mesmo ensinamento
aplica-se ao conceito de
Inferno. Conforme a doutrina
espírita, o inferno não se
traduz por regiões
circunscritas em que o
indivíduo passaria, conforme
a teologia católica, por
sofrimentos atrozes e
eternos. Céu e Inferno são,
em essência, um estado de
alma que varia conforme a
visão interior e o grau
evolutivo da pessoa.
Diferentemente do que diz a
respeito do Céu e do
Inferno, o Espiritismo não
nega a existência do
purgatório e diz mais: que
nele nos achamos, pois é em
um planeta como a Terra – de
provas e expiações – que
expiamos os equívocos, os
erros e os males que
tenhamos cometido.
A palavra purgatório sugere
a ideia de um lugar
circunscrito; eis por que,
segundo o entendimento
espírita, mais naturalmente
se aplica à Terra do que ao
Espaço infinito onde erram
os Espíritos sofredores,
visto que a natureza da
expiação terrena tem os
caracteres da verdadeira
expiação.
No tocante ao conceito de
Umbral, trata-se de uma
região espiritual de
transição, a que André Luiz
se referiu na obra mediúnica Nosso
Lar, psicografada por
Francisco Cândido Xavier.
Segundo André Luiz,
debatem-se na zona umbralina
Espíritos desesperados,
infelizes, malfeitores e
vagabundos de várias
categorias, mas todos eles
ali permanecem o tempo que
se faça necessário ao
esgotamento de seus resíduos
mentais negativos.
Fisicamente falando, o
Umbral faz parte do campo
magnético da Terra que,
segundo alguns autores,
estaria dividido em sete
regiões ou esferas.
Para entender melhor o que
ele significa, sugerimos aos
interessados que leiam o
artigo “Umbral e Inferno:
termos diferentes para
designar situações
diferentes”, que publicamos
no blog Espiritismo Século
XXI. Eis o link: http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/04/reflexoes-luz-do-espiritismo_9.html
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