FELINTO ELÍZIO
DUARTE CAMPELO
felintoelizio@gmail.com
Maceió, Alagoas
(Brasil)
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Da mágoa ao ódio
Pequena é a
distância que
separa a mágoa
do ódio.
Basta o ofendido
guardar a
lembrança de um
insulto recebido
para, em breve
tempo,
transformar a
mágoa em aversão
e, daí,
enveredar nas
malhas do vil
sentimento do
ódio que
retarda, por
séculos, a
oportunidade de
progresso
espiritual.
Compara-se o
magoado ao
imprevidente que
vagueia,
descuidado, à
beira do
penhasco. Ao
menor tropeço,
desequilibra-se,
vacila,
precipita-se no
abismo, é
tragado pela
voragem do ódio.
Reter o ódio no
coração
invigilante
provoca
distúrbios
emocionais, leva
o homem à
pratica de atos
insensatos, que
o fazem
descambar,
muitas vezes,
para o crime.
Compete aos que
se melindram
facilmente
exercer um
rigoroso
controle de suas
emoções,
recolher-se em
oração na busca
do reequilíbrio
psíquico, em
consonância com
a exortação de
Jesus:
“Vigiai e orai
para que não
entreis em
tentação”.
O ódio demole, o
amor edifica.
Para que não
sejam destruídas
nossas
perspectivas
futuras de paz e
de harmonia,
sufoquemos,
agora, a mágoa
que nos aflige,
antes que possa
fazer-se ódio.
Lembremo-nos,
sempre, do
Provérbio de
Salomão (10:12):
“O ódio
excita
contendas, mas o
amor cobre todas
as
transgressões”.
Lembremo-nos
também da oração
ensinada pelo
Mestre na qual
repetimos
diariamente:
“Perdoai as
nossas ofensas
assim como
perdoamos aos
nossos
ofensores, não
nos deixeis cair
em tentação, mas
livrai-nos do
mal”.
O mal que amiúde
nos visita
nasce, cresce e
toma proporções
desastrosas
dentro de nós
mesmos;
origina-se de
pequenos
contratempos que
nos tocam a
sensibilidade,
ferem a nossa
vaidade,
instalam-se em
nossos corações
como mágoas que
relutamos em não
esquecer.
É preciso também
recordar as
palavras de
Jesus:
“... fazei o bem
aos que vos
odeiam e orai
pelos que vos
perseguem e
caluniam, a fim
de serdes filhos
do vosso Pai que
está nos
céus...”.
Se queremos
alcançar a
plenitude da
luz, façamos o
bom combate,
lutemos sem
tréguas para
corrigir nossas
íntimas
imperfeições.
Com muita
propriedade,
afirmou Kardec
que o verdadeiro
espírita se
conhece pela sua
transformação
moral e pelo
esforço que
envida no
sentido de
vivenciar o que
aprendeu na
Doutrina
Espírita.