WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA (Brasil)
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O Segundo Sábio!
Mêncio (371 a.C – 289
a.C), grande filósofo
chinês, era considerado
o segundo sábio (o
primeiro fora Confúcio,
que vivera 200 anos
antes).
Embora tenha esposado os
postulados confucianos,
Mêncio conseguiu
respeito por seus
próprios méritos.
Suas ideias tiveram
grande aceitação na
China, principalmente
após o aparecimento do
neoconfucionismo nos
séculos XI e XII.
Passou grande parte de
sua vida viajando por
toda a China,
aconselhando sabiamente
os soberanos daquele
país. Sabe-se que fora
funcionário do governo
de Ch’i, mas não chegara
a ocupar cargos
permanentes e que
envolvessem planejamento
governamental.
Idealista, otimista, em
seus discursos apregoava
que a natureza humana é
boa e que um governante
deve comandar seu povo
pelo exemplo moral e não
pela força.
Mêncio fora um homem do
povo, prova disso é uma
de suas frases mais
conhecidas – “Os céus
veem o que o povo vê, os
céus ouvem o que o povo
ouve”.
Afirmava em alto e bom
som que o governo deve
oferecer ao povo
orientação moral e
condições básicas para
uma vida com dignidade.
Cuidar dos recursos
naturais, prover os
incapazes, auxiliar os
idosos, preocupar-se com
o cidadão...
Para Mêncio, verdadeiro
líder é aquele que, se
preciso for, sacrifica
seus desejos individuais
em prol do bem
coletivo.
Ideias avançadas para
sua época, Mêncio
certamente fora um
desses vanguardeiros do
bem que vêm espalhar
benesses pela face da
Terra.
Escreveu em chinês,
portanto, suas ideias
não tiveram grande
influência no ocidente,
todavia, eis uma boa
dica para nós e nossos
governantes – seguir os
exemplos idealistas de
Mêncio.
Temos a tendência de nos
eximir da culpa, temos o
hábito de colocar a
responsabilidade pelos
insucessos de nossa
nação nos homens que nos
dirigem, todavia, é
salutar lembrar que
esses homens que nos
dirigem não vieram de
Marte, Júpiter ou
Saturno, nada disso, são
eles crias de nossa
sociedade, filhos das
ideias preconceituosas
que durante séculos a
fio propagamos.
Engana-se quem pensa que
a corrupção está
presente apenas no
Legislativo, Executivo
ou Judiciário; se
estamos a conviver
diariamente com a
corrupção e o
desrespeito é porque
eles estão impregnados
em todos os ramos de
nossa sociedade.
Para que as coisas se
encaixem, mister se faz
um olhar mais consciente
para dentro de nós
mesmos, porquanto,
apenas modificando
nossas disposições
íntimas livraremos o
país em que vivemos
desse caos social.