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Crônicas e Artigos

Ano 11 - N° 515 - 7 de Maio de 2017

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA
(Brasil)

 


O Segundo Sábio!


Mêncio (371 a.C – 289 a.C), grande filósofo chinês, era considerado o segundo sábio (o primeiro fora Confúcio, que vivera 200 anos antes).

Embora tenha esposado os postulados confucianos, Mêncio conseguiu respeito por seus próprios méritos.

Suas ideias tiveram grande aceitação na China, principalmente após o aparecimento do neoconfucionismo nos séculos XI e XII.

Passou grande parte de sua vida viajando por toda a China, aconselhando sabiamente os soberanos daquele país. Sabe-se que fora funcionário do governo de Ch’i, mas não chegara a ocupar cargos permanentes e que envolvessem planejamento governamental.

Idealista, otimista, em seus discursos apregoava que a natureza humana é boa e que um governante deve comandar seu povo pelo exemplo moral e não pela força. 

Mêncio fora um homem do povo, prova disso é uma de suas frases mais conhecidas – “Os céus veem o que o povo vê, os céus ouvem o que o povo ouve”. 

Afirmava em alto e bom som que o governo deve oferecer ao povo orientação moral e condições básicas para uma vida com dignidade.

Cuidar dos recursos naturais, prover os incapazes, auxiliar os idosos, preocupar-se com o cidadão... 

Para Mêncio, verdadeiro líder é aquele que, se preciso for, sacrifica seus desejos individuais em prol do bem coletivo. 

Ideias avançadas para sua época, Mêncio certamente fora um desses vanguardeiros do bem que vêm espalhar benesses pela face da Terra. 

Escreveu em chinês, portanto, suas ideias não tiveram grande influência no ocidente, todavia, eis uma boa dica para nós e nossos governantes – seguir os exemplos idealistas de Mêncio. 

Temos a tendência de nos eximir da culpa, temos o hábito de colocar a responsabilidade pelos insucessos de nossa nação nos homens que nos dirigem, todavia, é salutar lembrar que esses homens que nos dirigem não vieram de Marte, Júpiter ou Saturno, nada disso, são eles crias de nossa sociedade, filhos das ideias preconceituosas que durante séculos a fio propagamos. 

Engana-se quem pensa que a corrupção está presente apenas no Legislativo, Executivo ou Judiciário; se estamos a conviver diariamente com a corrupção e o desrespeito é porque eles estão impregnados em todos os ramos de nossa sociedade. 

Para que as coisas se encaixem, mister se faz um olhar mais consciente para dentro de nós mesmos, porquanto, apenas modificando nossas disposições íntimas livraremos o país em que vivemos desse caos social. 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita