Divaldo Franco: ”A vida
nos dá o que
necessitamos para sermos
felizes”
Um
número elevado – 1.700
inscritos – esteve
presente no Workshop
Consciência e Liberdade
realizado no
dia 30 de
abril,
em Salvador, BA
O esmero na preparação
do evento em todas as
suas fases culminou em
grande sucesso. Nos
ambientes em que se
desenrolou as
atividades, a ordem e a
organização foram
destaques. Os
organizadores,
voluntários e
participantes estampavam
alegria, serenidade e
harmonia em suas faces,
exteriorizando gestos e
ações solidárias. O
workshop Consciência
e Liberdade foi
realizado nas
dependências do
Fiesta Convention Center
no dia 30 de abril de
2017. Repetindo o
sucesso alcançado em
anos anteriores, esse
episódio apresentou
particularidades. Por
ter completado setenta
anos de oratória,
trajetória iniciada em
27 de março de 1947 em
Aracaju/SE, proferindo
de improviso a sua
primeira conferência
sobre o Espiritismo,
Divaldo Franco recebeu
justas e merecidas
homenagens.
Produzindo momentos de
enlevo e preparação para
uma perfeita sintonia, o
momento artístico
apresentado pela cantora
lírica Vanda Otero
(foto) e
Débora Limeira ao piano,
levou o público a um
estado de
receptividade.
As homenagens
– O Serviço Espírita de
Proteção à Infância –
SEPI – e a Sociedade
Espírita Esperança, de
Amparo/SP, representados
por Jorge e Cristiane
Beira, ofertaram uma
placa com a seguinte
inscrição: O Serviço
Espírita de Proteção à
Infância e a Sociedade
Espírita Esperança tem a
honra de homenagear
Divaldo Pereira Franco
em reconhecimento por
seu trabalho incansável
na promoção do bem e da
paz, por meio de sua
mensagem inspiradora e
iluminada, no decorrer
desses 70 anos de
Mediunidade. Que Jesus
continue a abençoá-lo em
sua jornada de amor.
As realizações do
homenageado se expressam
em números
impressionantes.
Estampados em projeções
nas telas dos
confortáveis auditórios
(para acomodar os 1700
inscritos foram
utilizados dois salões),
as ações beneméritas de
Divaldo Franco foram
traduzidas em
fotografias, atestando o
profícuo labor em favor
do próximo ao longo do
tempo. Somente os
predestinados conseguem
lograr esse sucesso
inquestionável. Divaldo
Franco, espírita,
humanista e pacifista
recebeu homenagens da
Mansão do Caminho, da
Federação Espírita
Brasileira, da Federação
Espírita do Estado da
Bahia e o do Centro
Espírita Caminho da
Redenção, representados
por Telma Sarraf,
Brigadeiro Jorge Godinho,
André Luiz Peixinho e
Demétrio Ataíde Lisboa,
respectivamente.
Jorge Godinho Barreto
Nery, Presidente da
Federação Espírita
Brasileira – FEB,
destacou que Divaldo
Franco é o verdadeiro
espírita cristão,
conforme Allan Kardec
classifica em o Livro
dos Médiuns, no capítulo
Do Método. Não só
adotando os postulados
cristãos, vivenciando-os
a tal ponto que eles
passaram a fazer parte
de sua vida, nas
experiências e ações com
próximo. Tal
reconhecimento é
comprovado pelas
incontáveis e laboriosas
atividades cristãs ao
longo de décadas.
Divaldo Franco: Uma Vida
com os Espíritos
– André Luiz Peixinho
descreveu sua admiração,
desde que foi cativado,
há décadas, pelo nobre
homenageado, que lhe
sensibilizou a alma
pelas expressões
espirituais e materiais
desenvolvidas pelo
grande lapidador de
diamantes.
Disciplinado e
resistente a qualquer
dificuldade e sempre
centrado no bem ao seu
semelhante, jamais
valorizou o mal. Seu
ideal é servir o Cristo
lançando luzes nas
sombras da intimidade do
homem.
Suely Caldas Schubert
(foto),
médium e escritora de
Juiz de Fora/MG,
salientou as qualidades
de educador e dedicado
servidor de Jesus,
homenageando os 70 anos
de oratória e
antecipando a
comemoração dos 90 anos
de idade desse médium e
educador por excelência.
Divaldo, portador de uma
mediunidade maleável e a
serviço de Jesus, tem
esclarecido e consolado
inúmeras almas,
amparando-as em suas
doces vibrações de
incentivo. Outro
destaque é o trabalho
multifacetário
desenvolvido pelo médium
baiano, o Semeador de
Estrelas, dotado de uma
mediunidade ímpar,
catalogada e divulgada
através do livro:
Divaldo Franco: Uma Vida
com os Espíritos,
assinado por Suely
Caldas Schubert e
lançado neste
Workshop. A obra em
tela oferece relatos de
diversas pessoas,
testemunhas de momentos
especiais agora
revelados, com
comentários da autora.
Uma pequena edição com
capa dura foi preparada
para esse lançamento.
Assim, Moema Lyrio e
Lucas Milagre entregaram
um exemplar a Divaldo
Franco e a Suely Caldas
Schubert. Na sequência,
Demétrio Lisboa entregou
fino buquê de flores ao
homenageado que entoa
hinos de louvor a Deus
amando
incondicionalmente o seu
próximo.
Os agradecimentos
– Sensibilizado e
comovido, Divaldo
externou a sua gratidão
aos que o estimularam a
manter-se fiel ao Cristo
e à Doutrina Espírita.
No crepúsculo de sua
atual existência
atribuiu a Allan Kardec
todas as homenagens,
aceitando a ternura, o
amor, a gratidão e a
generosidade traduzidas
nas homenagens.
Agradeceu a generosidade
de muitos que lhe
estenderam as mãos,
encaminhando-o na vida,
acolhendo-o e
incentivando-o nos
momentos tormentosos.
Externou, ainda, o seu
profundo reconhecimento
à ação benfazeja dos
Espíritos que o
ampararam e o orientaram
ao longo dessa sua atual
existência, incluindo aí
aqueles que se colocaram
em oposição. Esses lhe
permitiram dar o
testemunho que
necessitou demonstrar.
Aos generosos amigos que
lhe facilitaram a vida
suplicou desculpas pelos
senões, provocados pelas
suas próprias
limitações.
Divaldo Franco é ímpar,
um fenômeno. Prestes a
completar 90 anos de
idade, no período de 17
dias (de 11 a 28 de
abril) esteve proferindo
16 conferências em 15
diferentes cidades dos
Estados Unidos da
América, do Peru, da
Colômbia e em São Paulo,
no Brasil, o que o
categoriza como o
Paulo de Tarso da
atualidade. Divaldo não
se permite viver um
único dia sem agir em
prol do próximo,
divulgando as lições de
Jesus, lapidando-se
intelectual e
moralmente. É um
Espírito dotado de
vontade férrea,
inquebrantável. Aos que
estão lendo esse texto,
saibam que Divaldo
Franco desenvolve
labores intensos,
diuturnamente, no Centro
Espírita Caminho da
Redenção e em sua obra
social, a Mansão do
Caminho. Em breve,
realizará mais um grande
roteiro doutrinário pela
Europa, com início em 8
de maio e conclusão em 8
de junho de 2017.
O Workshop
Consciência e Liberdade
– A vida nos dá o que
necessitamos para sermos
felizes. (Divaldo
Franco)
Destacando um fato
ocorrido em 4 de abril
de 2016, Divaldo Franco
deu início, propriamente
dito, ao trabalho
programado. Naquela
data, Espíritos muito
infelizes e inimigos do
bem, se lhe acercaram,
assinalando o início de
uma guerra contra a
esperança e àqueles que
se dizem servidores do
Cristo. Esses
servidores, disseram,
terão que demonstrar a
persistência e dedicação
ao trabalho no bem.
Estarão, daquela data em
diante, testando os
cristãos na aplicação,
em si mesmos, das lições
que ministram aos
outros. Estaremos,
reprisam, em batalha,
gostaríamos de vê-los
chorar, debaterem-se na
vida, testando-os todos
os dias.
Assim, o Embaixador da
Paz no Mundo exortou que
todos tivessem bom
ânimo, que orassem muito
e fervorosamente,
trabalhando com alegria
e dedicação. Não
temamos, não
desfaleçamos, Jesus
secará nossas lágrimas!
Todos os que se dizem
cristãos estão
convocados a oferecer o
seu próprio testemunho
através das mais
meritórias ações no bem.
O psicólogo e teólogo
norte americano Rollo
May, (1909 —1994)
estudando os hábitos do
homem moderno,
imediatista, e esquecido
das aspirações mais
sublimes para uma
existência feliz,
classificou-o segundo
três parâmetros
presentes no ideário da
grande maioria dos
indivíduos. São eles:
Individualismo:
A valorização da
autonomia individual em
busca da liberdade e da
satisfação das
inclinações naturais,
esquecendo-se que o amor
é a base da vida. O
Individualismo leva o
homem a ter medo de
amar, pois que entende
que amar significa
“aprisionar-se”,
conflitando com o
conceito individualista
de liberdade, que na
realidade não passa de
libertinagem.
Sexismo:
Os abusos sexuais e o
erotismo têm tornado o
homem em um ser
meramente sexual,
afastando-o das emoções
superiores para viver as
sensações puramente
físicas, produzindo
conflitos que se
expressam nas artes, na
ciência, na filosofia,
na ética.
Consumismo:
Aturdido, o homem
procura construir-se de
forma irreal,
aparentando o que
efetivamente não é,
consumindo o que não
necessita. Há uma
compulsão que propicia,
na busca de atender o
prazer, o sucesso e a
felicidade, construir um
modo de vida que leva o
indivíduo a consumir de
forma ilimitada bens,
mercadorias e serviços,
muitos supérfluos.
Mira y Lopez e os
Gigantes da Alma
– Já o psiquiatra,
professor e psicólogo
Emilio Mira y Lopez
(1896-1964), autor da
obra Os Quatro Gigantes
da Alma, elenca-os como
sendo: rotina,
ansiedade, medo e amor.
Joanna de Ângelis
modernizando esses
conceitos, elege como
gigantes da alma a
rotina, a ansiedade, o
medo e a solidão. Nos
dias atuais, grandes
contingentes de
indivíduos são
visitados, pelo menos,
por um desses gigantes
destruidores da
felicidade.
A rotina leva o
homem aos estados de
pessimismo precoce. A
ansiedade é a
expectativa do porvir na
hora presente, há uma
ânsia de ideais. Ela é
adversária que rouba os
momentos de felicidade.
Para combater a
ansiedade é preciso
fruir o instante atual,
autoconhecendo-se, não
vivendo na expectativa.
Não te atormentes pelo
dia de amanhã, a cada
dia basta as suas
próprias aflições,
conforme ensinou Jesus.
O medo torna as
pessoas infelizes, os
receios de vivenciar
dissabores e situações
desagradáveis. É um
fantasma que se avoluma
na intimidade do
indivíduo toda a vez que
se pensa nele. O medo
deve ser enfrentado com
o uso da audácia e da
coragem. A solidão
tem levado os indivíduos
a viver, nestes últimos
tempos, momentos em que
o sentimento da
afetividade se apresenta
bastante distante das
ações e das emoções.
Nunca houve tanta
solidão humana: moral,
fraternal e afetiva como
nesse período de
amarguras íntimas e de
glórias externas.
Esta é a década da
solidão, disse Divaldo.
O exercício da coragem e
a dignidade de viver,
são atitudes que
propiciam ao homem
conviver. A
solidariedade é o único
antídoto para a solidão.
Somente o
desenvolvimento da
consciência de si mesmo
será capaz de promover o
homem a patamares de
bem-estar
biopsicossocial e
espiritual. O amor, que
é a base da vida, não
tem encontrado no homem
o suporte espiritual e
psíquico para se fazer
presente na vida dos que
transitam pela Terra.
Uma ponte entre Ciência
e Espiritismo
– Discorrendo sobre os
avanços da ciência
moderna no campo
espiritual, Divaldo
Franco registrou que as
pesquisas científicas
realizadas pelo Dr.
Michael Persinger (1945
-) e Dr. Vilayanur
Ramachandran (1951 -),
neurocientistas que
descobriram o denominado
“Ponto de Deus” no
cérebro humano, e pela
Dra. Danah Zohar (1945
-), física que falou por
primeira vez da
existência da
inteligência espiritual,
estabelecendo-se, dessa
maneira, uma ponte entre
a Ciência e o
Espiritismo,
demonstrando que ambos
os conhecimentos estão
em perfeita sintonia
entre si e apontam o ser
profundo que somos como
a fonte geradora da
saúde integral.
Pesquisas aprofundadas
sobre o gene humano
indicam que, entre
outros 35.000 genes
catalogados, o VNAT2 é
divino. O objetivo da
vida, aduziu o nobre
conferencista, é fazer
com que o Deus
interno se expanda,
tomando todo o ser. Ser
esse de natureza
imortal, o princípio
inteligente do Universo,
conforme catalogado em O
Livro dos Espíritos –
Questão 23.
Em 1985, o jovem
psicólogo norte
americano Daniel Goleman
(1946 -), notou que os
que possuíam alto QI –
Quociente de
Inteligência, não eram
contemplados com o
sucesso e com os
relacionamentos sociais
saudáveis. Goleman,
então, desenvolveu o QE
– Quociente emocional, o
que facultou compreender
o quanto o indivíduo é
gentil para consigo
mesmo.
No livro QS -
Inteligência Espiritual,
a física e filósofa
americana Danah Zohar
(1945 -) aborda a
existência de um
terceiro tipo de
inteligência que aumenta
os horizontes das
pessoas, torna-as mais
criativas e se manifesta
em sua necessidade de
encontrar um significado
para a vida. Ela baseia
seu trabalho sobre
Quociente Espiritual (QS
– S de Spiritual, em
Inglês), isto é, uma
inteligência
transpessoal. Pesquisas
desenvolvidas por
diversos cientistas
apresentam resultados
que apontam para a
existência de uma
memória cerebral e outra
extracerebral. Assim, os
homens de ciência não
param de pesquisar e
aprofundar o
conhecimento,
promovendo, pouco a
pouco, a libertação do
ser humano das sombras
da ignorância de si
mesmo.
O que a vida nos dá para
sermos felizes
– Eben Alexander,
neurocirurgião americano
e professor de Harvard,
nunca acreditou em vida
após a morte até passar
por uma experiência
dramática. Ele entrou em
coma profundo, teve
contato com
desencarnados, guardando
perfeita lembrança do
tempo e das ações
realizadas no período em
que estava na UTI. Ao
retornar, lúcido, estava
convencido de que existe
vida do outro lado. Os
espíritas e os
espiritualistas possuem
a consciência da sua
imortalidade. O
Espiritismo foi a única
ciência que matou a
morte. (Vianna de
Carvalho).
Em assim sendo, há
necessidade de o homem
mudar de atitudes,
desenvolvendo uma
consciência de si mesmo,
assenhorando-se de seus
impulsos instintivos,
dominando-lhes as ações,
abrindo campo para que o
amor se instale e passe
a comandar. O grande
exercício para a
aquisição e/ou
desenvolvimento do amor
é o núcleo familiar,
insubstituível
agrupamento humano. Com
relação à família,
Divaldo Franco afirmou:
Não dê presentes,
faça-se presente.
A vida nos dá o que
necessitamos para sermos
felizes.
Inserindo diversos
fatos, à guisa de
exemplos, Divaldo foi
tocando nos núcleos da
sensibilidade humana,
preparando para novos
conceitos, como os de
Joanna de Ângelis
encontrados na obra
Momentos de Meditação;
de Joan Kabat Zin (1944
-); Milton Erickson
(1901-1980); e de Mark
Williams e Danny Penman,
autores do livro Atenção
Plena.
Segundo a Mentora Joanna
de Ângelis, a vida
moderna é rica de
divertimento e pobre de
espiritualidade. A
meditação é o meio mais
eficaz para disciplinar
a vontade, exercitando a
paciência para vencer as
tendências inferiores
que aprisionam. Por
fixar-se ora no passado,
ora no futuro, o homem
desenvolveu o hábito de
ignorar o momento atual
em que vive, deixando de
fruí-lo plenamente.
Passos importantes para
a meditação
– A vida enseja ao homem
se fixar nos
acontecimentos bons, não
levando em consideração
o mal que lhe é feito. É
necessário desenvolver o
hábito de pensar bem
sobre a vida e sobre os
valores que são
adotados. Ao situar os
interesses em
determinado aspecto, ali
circularão as
necessidades. Onde
repousa o pensamento,
ali estarão as emoções.
Dar aos outros o que
deles recebeu é a
atitude cristã a ser
posta em prática. Aquele
que conheceu o maior
psicoterapeuta que a
humanidade já conheceu,
Jesus, não poderá
continuar a ser o mesmo.
Para meditar e exercitar
a atenção plena, visando
estar em sintonia plena
com a divindade, Divaldo
apresentou alguns passos
sugestivos: 1º)
Disciplina: reserve um
momento diário,
cumprindo-o
religiosamente; 2º)
Relaxe o corpo: adote
uma posição confortável,
respeitando os seus
limites; 3º) Respire:
permaneça concentrado na
inspiração e na
expiração. É importante
estar presente onde se
está; 4º) Pare e esteja
presente: a meditação
não é apenas ficar
parado; 5º) Silencie: é
necessário silenciar a
voz e a mente. 6º) Seja
um observador atento: o
que está acontecendo, o
que está vendo, o que
sente?; 7º) Não lute
contra os pensamentos:
conquiste-os com
paciência. 8º)
Entregue-se a Deus: é
necessário se entregar a
Deus, agradecendo pelo
muito que recebeu, tendo
consciência do pouco que
doou aos outros.
Assim, ao declamar o
Poema da Gratidão, de
Amélia Rodrigues,
Divaldo Franco encerrou
o laborioso trabalho,
acariciando as almas
presentes, acolhendo-as
em seu coração. Os
aplausos foram intensos
e demorados, atestando o
reconhecimento e a
gratidão a Divaldo
Franco, paladino do
Espiritismo dos dias
atuais.
Nota do autor:
As fotos desta
reportagem são de
autoria de Jorge Moehlecke.
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