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Crônicas e Artigos

Ano 11 - N° 516 - 14 de Maio de 2017

GUARACI DE LIMA SILVEIRA
guaracisilveira@gmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)

 

 

Belezas siderais


“Não procures Deus nos templos de pedra e de mármore, ó homem que quer conhecê-lo, mas no templo eterno da Natureza, no espetáculo dos mundos que percorrem o Infinito, nos esplendores da vida que se desabrocha na sua superfície”. Este texto é de Léon Denis e o retiramos do capítulo 1 da sua Obra: O Grande Enigma. Naquele livro o grande filósofo espírita deixa extravasar toda a sua gratidão a Deus e, para tanto, cita as grandes maravilhas da natureza, a partir da Terra, indo além até os orbes que rolam pelo Universo. Uma verdadeira sonata, um verdadeiro cântico de ternura à criação divina.

Mais à frente ele dirá: “... tudo revela e manifesta tua presença. Tudo o que na Natureza e na Humanidade canta e celebra o amor, a beleza, a perfeição, tudo que vive e respira é uma mensagem de Deus. As forças grandiosas que animam o Universo proclamam a realidade da Inteligência Divina; ao lado delas, a majestade de Deus se manifesta na História, pela ação das grandes almas que, semelhantes a ondas imensas, trazem às margens terrestres todas as potências da obra de sabedoria e de amor”.

Gradativamente a ciência nos vai desvendando essa beleza. Através dos seus telescópios, observações e conclusões colocam-nos frente a frente com o belo inusitado que permeia toda a Obra de Deus. E vamos encontrar no belo trabalho de Edward Bell, diretor de arte da revista Scientific American, páginas de rara beleza, onde ele e Ron Miller, ilustrador, nos convidam a um passeio pelo Sistema Solar para apreciarmos oito maravilhas que se encontram bem próximas de nós e que as veremos, certamente, quando deixarmos para trás as temíveis garras do orgulho e do egoísmo que nos prendem de tal modo ao ego inferior que não conseguimos sequer olhar à frente e imaginar o que existe além da linha do horizonte.

E eles iniciam citando os Anéis de Saturno. E comentam: “Você está cruzando a troposfera de Saturno sob a mais magnífica estrutura de anéis do Sistema Solar. Poucos lugares são mais surpreendentes. O brilho dos anéis ilumina tudo ao seu redor”. À frente, citam A Mancha Vermelha de Júpiter: “É difícil para um viajante apreender o enorme tamanho do maior anticiclone do Sistema Solar”. Ela possui movimentos de extraordinária magnitude que encantam e ao mesmo tempo excitam nossa curiosidade, e perguntamos: Qual a sua finalidade? Ah tempos vindouros...  A seguir veremos os Vales Marineris de Marte. Eles dizem: “Há pessoas que caem de joelhos e choram ao contemplar o Grand Canyon, no Arizona. O que fará o primeiro viajante aos Vales Marineris ao vislumbrar esse desfiladeiro? Seis quilômetros e meio de profundidade e tão largo que “... em alguns lugares alguém teria que se esforçar para ver o outro lado. Cobriria a distância de Nova York a Califórnia”.

E o passeio continua; adiante encontram-se os Gêiseres de Encélado. Gêiseres são buracos que liberam fortes jatos de água quente e vapor de dentro da terra e só acontecem em áreas com vulcões ativos. Encélado é o sexto maior satélite de Saturno. “Duas gigantescas plumas de gelo explodem na superfície de Encélado, expelindo cristais de gelo no espaço, a mais de 1.600 km/h”. Uma apoteose exuberante de luzes e sons. Existem também os Gêiseres de Tritão, que é o maior satélite natural de Netuno. São de aparência esfumaçada e colorida, formados provavelmente por cristais de nitrogênio, ejetando seus materiais a mais de 8.000 metros, na fina atmosfera de Netuno. Continuando nesta aventura sideral, vamos encontrar Os Picos da Luz Eterna. Está bem perto de nós, na nossa Lua, e é uma região única no Sistema Solar onde o Sol nunca se põe. Possível pela leve inclinação do eixo de rotação da Lua, relativamente ao plano de sua órbita em torno da Terra e relativamente ao plano da Terra em torno do Sol. Parece um caminho iluminado onde os deuses da mitologia devem fazer suas moradas para expiar, lá de cima, como andam os humanos aqui da Terra!

Também é citada a Cratera Herschel em Mimas, uma lua de Saturno. Um aventureiro que por lá passasse poderia se perguntar: “Como Mimas sobreviveu ao impacto que formou essa depressão a 13 km de extensão, o que é quase um terço do diâmetro do Satélite?” Perguntas, segredos, mistérios... Como necessitamos evoluir para entender essa gigantesca Obra do Criador! E olha que estamos apenas citando algumas efemérides do nosso Sistema Planetário e existem bilhões deles só na nossa Galáxia! Para concluir, os autores do artigo citam O Nascer do Sol em Mercúrio. São espetáculos gigantescos. O Sol lá é visto duas vezes e meia o tamanho que o vemos daqui. Sua órbita é muito elíptica e daí o sol nasce e se põe duas vezes durante o dia de Mercúrio. O Sol nasce, cruza o céu e retorna para o horizonte de nascimento para só aí recomeçar sua jornada em direção ao horizonte poente.

E é aqui, e para encerrarmos, que novamente citaremos Léon Denis em seu livro: O Grande Enigma. Diz ele: “É a ti, ó Potência Suprema! Qualquer que seja o nome que te deem e por mais imperfeitamente que sejas compreendida; é a ti, fonte eterna da vida, da beleza, da harmonia, que se elevam nossas aspirações, nossa confiança, nosso amor!”.

É preciso que deixemos tanto neons que alimentam nossas ilusões para penetrarmos mais fundo na casa onde residimos. Comumente nos alimentamos de vazios prazeres que necessitam ser renovados a cada dia sob pena de cairmos em vazios existenciais que certamente nos prenderão ao fundo do poço. Não. Não precisamos nada disto. Somos almas infinitas a caminho. Somos Espíritos dinâmicos adquirindo e acumulando informações. Somos dínamos do amor que nalgum momento explodirá de nós tornando-nos seres de consciências aladas e refúgios da divindade superior.

Eis o Universo! Aparentemente fora de nós, está na verdade dentro de nós, de cada um de nós! Funciona como um estímulo às nossas procuras. Aqueles que já despertaram para esse fato consultam os compêndios da Astronomia em busca do si, fora de si para retornar a si e encontrá-lo. E quando o encontram, tornarem-se mais belos, e daí para a singularidade do amor com Deus será questão de tempo e aprimoramentos. Assemelha-se ao garimpeiro que vê na bateia o diamante preciso e que se tornará um brilhante após sua justa e necessária lapidação.

Mas, para tanto, ele se tornou e se forjou um garimpeiro. Abandonou por um tempo o mundo de confusas relações para buscar algo que o tornasse diferenciado, rico, próspero e respeitado. E, encontrando, faz-se portador dos mistérios divinos escondidos nas profundezas da terra, da sua terra espiritual.

Benditos sejam os construtores siderais que, em construindo essas maravilhas, colocam à tona de si as belezas escondidas em suas essências de Deus. Quiçá, todos os terráqueos comecem a pensar de forma diferente e, ao invés de garimpar bijuterias baratas, iniciem desde já os processos dos seus ajustes, apertando as fivelas das emoções e extravasando a razão a fim de viajarem pelo Universo adentro, em busca de outras moradas e belezas incomuns lá existentes. Pois sabemos que o que está fora está dentro, basta saber propor e procurar.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita