RICARDO DI
BERNARDI
rhdb11@gmail.com
Florianópolis,
SC (Brasil)
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Casamentos
provacionais
Dois Espíritos
que na romagem
terrena se unem
visando conviver
sexualmente, o
fazem,
normalmente,
buscando uma
complementação
física,
emocional e
sentimental...
No entanto, a
história de cada
casal é muito
mais antiga.
O planeta que
habitamos é
definido ou
classificado
pelos Espíritos
superiores como
um mundo de
provas e
expiações. O
percentual maior
de seres humanos
que aqui na
Terra renascem
está sob o
regime de testes
para verificação
de aprendizado,
isto é, provas.
Muitos outros
ainda renascem
para
reequilíbrio de
desarmonias em
sua estrutura
psíquica,
necessitando
eliminá-las ou
expiá-las, são
as reencarnações
expiatórias.
Importante
lembrar que
nossas vidas
apresentam mais
de um conteúdo
com relação à
programação
reencarnatória.
Todos nós nos
deparamos com
aspectos
provacionais,
expiatórios, e,
por que não, até
missionários com
relação à
família e ao
trabalho. Da
mesma forma, os
casamentos
também
apresentam
diversos
conteúdos, porém
de forma
didática os
classificaremos
conforme a
característica
mais
significativa do
programa
reencarnatório.
Seguindo a
concepção
clássica,
sobejamente
conhecida dos
estudiosos da
vida espiritual,
as uniões
estáveis ou
casamentos podem
ser
classificados
em:
provacionais,
sacrificiais,
acidentais,
afins e
transcendentais.
Os casamentos
provacionais
ainda constituem
a maioria dos
reencontros
programados para
os que renascem
em nosso
planeta. São
duas criaturas
que trazem em
seu inconsciente
um registro
comum ou
histórico de
vivências
anteriores.
A questão do
amor sexual já
esteve presente
entre ambos.
Como somos,
todos nós, seres
em aprendizado
na escola da
vida, já
erramos muito e
fizemos sofrer
aos companheiros
de jornada,
gerando em nós
mesmos núcleos
energéticos em
desarmonia e
esses se
registraram em
nosso
“computador de
dados”, chamado
de perispírito,
psicossoma ou
corpo astral.
Os dados
computados e
registrados em
nosso corpo
astral ocasionam
um campo de
energia que terá
uma luminosidade
específica,
brilho,
frequência de
onda, coloração
e outras
peculiaridades,
que determinam
uma irradiação
peculiar e toda
nossa. O antigo
parceiro, com
quem convivemos
uma ou mais
vidas, traz em
sua estrutura
íntima os mesmos
registros,
alusivos à vida
pretérita em
comum conosco.
Uma questão,
frequentemente
mencionada em
seminários que
efetuamos sobre
Amor, Sexo e
Vidas Passadas:
Como é possível
que duas pessoas
se sintam
atraídas
profundamente a
ponto de se
unirem de forma
estável; já que
não seriam almas
afins, qual a
“química” que as
atraiu? Já que
se trataria de
um
casamento provacional?
Trata-se da
autoprogramação
inconsciente que
nossas
estruturas
extrafísicas
determinaram.
Quando aqueles
que conviveram
de forma
tumultuada no
passado se
reencontram, se
veem, na vida
atual,
estabelece-se um
fluxo de energia
entre ambos,
motivado pela
similaridade de
seus registros
energéticos. Uma
sintonia
automática
ocorre,
motivando um
envolvimento ou
encantamento no
qual ambos
imaginam estar
diante do Ser
mais especial
que poderiam
encontrar.
De fato é o Ser
que precisam
reencontrar, e o
automatismo
perfeito das
leis da
natureza assim
o programou.
Sem dúvida que a
espiritualidade
superior
acompanha cada
caso, no
entanto, é
importante que
saibamos ser a
“Natureza” o
livro divino
onde Deus
escreve a
história de sua
sabedoria...
Qual seria a
finalidade de um
casamento
provacional?
Sofrer? Estariam
ambos destinados
a um convívio
desagradável? O
“pagamento” das
dívidas de um ou
de ambos
dar-se-ia pelo
sofrimento?
Não, de forma
alguma. A ideia
de que sofrer
“paga” dívidas é
resquício da
idade medieval e
dos conceitos de
penitência. As
provas, sejam em
casamentos ou
não, existem
para serem
vencidas,
superadas,
abrindo-se
caminhos para
horizontes de
felicidade.
Casamentos
provacionais,
com o esforço
dos parceiros,
poderão se
tornar
casamentos
afins, se não
nesta vida, em
uma próxima
encarnação, se o
convívio atual
criar estímulos
novos e
produtivos. Não
se reencarna com
finalidade de
sofrer, mas para
crescer, mudar,
evoluir e amar.
Por outro lado,
não se está
fazendo apologia
da aceitação de
convívios
agressivos ou
francamente
nocivos e
improdutivos nos
quais a
separação seria
o caminho
inexorável.
Temos notícia de
que, em
determinados
casos, a
superação dos
problemas
determinará no
final da vida
presente um
convívio
fraterno e
respeitoso. A
superação das
dificuldades
mútuas
ocasionará a
liberação de
ambos que, ao se
sentirem livres
na
espiritualidade,
poderão renascer
em outro
contexto, isto
é, junto de suas
almas afins.
O autor é
médico, escritor
e conferencista
espírita.