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Crônicas e Artigos

Ano 11 - N° 516 - 14 de Maio de 2017

VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP (Brasil)

 

 

Súplica à Mãe Santíssima


Maria foi a escolhida pelo Criador, Senhor da Vida, para acolher em seus braços o Mestre dos mestres, que deveria nascer na Terra para viver por um curto período de tempo entre os sofredores, ensinando os dois maiores alicerces do progresso espiritual: O amor a Deus, sobre todas as coisas e o respeito incondicional ao próximo.

"Salve agraciada, o Senhor é contigo! Bendita és tu entre as mulheres." A condição de eleita mereceu a sublimação do amor em sua pureza de espírito ao assumir a maternidade, o maior dos compromissos, pois recebeu em seu ventre aquele que, entre os pregadores das sinagogas, escribas e fariseus, afirmou convicto de que, quando Abraão veio ao mundo, ele, Jesus, já existia.

Maria de Nazaré, quando já estava vivendo os últimos momentos na Terra, suas mãos ternas e solícitas abraçaram na sombra do luar a figura de seu filho amado que esteve com ela nesses instantes derradeiros. Não conseguiu dominar o seu intenso júbilo. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Queria abraçar-se aos pés do seu Jesus e beijá-los com ternura. Ele, porém, levantando-a, cercado de um halo de luz celestial, ajoelhou-se aos seus pés e, beijando-lhe as mãos, disse em carinhoso transporte:

‒ “Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos”.

Maria cambaleou, tomada de inexprimível ventura. Queria dizer da sua felicidade, manifestar seu agradecimento a Deus; mas o corpo, como que, se lhe paralisara, enquanto aos seus ouvidos chegavam os ecos suaves da saudação dos Anjos, qual se a entoassem mil vozes cariciosas, por entre as harmonias do céu.

Assim sendo, rogando o auxílio piedoso da Rainha dos Anjos, oferecemos estas vibrações de louvor, de agradecimento e de amor a todas as mães, presentes ou ausentes fisicamente do nosso mundo.

Pela psicografia de Chico Xavier, trazemos, de Francisco Leite Bittencourt Sampaio, uma das fortes colunas morais da Doutrina dos Espíritos, este soneto homenageando a figura materna, como berço da vida, na excelsa presença de Maria, em:

Súplica à Mãe Santíssima

                               

"Anjo dos bons e Mãe dos pecadores,

Enquanto ruge o mal, Senhora, enquanto

Reina a sombra da angústia, abre o teu manto,

Que agasalha e consola as nossas dores.

 

Nos caminhos do mundo, há treva e pranto

No infortúnio dos homens sofredores,

Volve à Terra ferida de amargores

O teu olhar imaculado e santo!

 

Ó Rainha dos Anjos, meiga e pura,

Estende tuas mãos à desventura

E ajuda-nos, ainda, Mãe Piedosa!

 

Conduze-nos às bênçãos do teu porto

E salva o mundo em guerra e desconforto,

Clareando-lhe a noite tormentosa..."

 

Referências:

Boa Nova, de Humberto de Campos, por Chico Xavier.       

Mãe, de Espíritos diversos, por Chico Xavier.

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita