VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP
(Brasil)
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Súplica à Mãe
Santíssima
Maria foi a
escolhida pelo
Criador, Senhor
da Vida, para
acolher em seus
braços o Mestre
dos mestres, que
deveria nascer
na Terra para
viver por um
curto período de
tempo entre os
sofredores,
ensinando os
dois maiores
alicerces do
progresso
espiritual: O
amor a Deus,
sobre todas as
coisas e o
respeito
incondicional ao
próximo.
"Salve
agraciada, o
Senhor é
contigo! Bendita
és tu entre as
mulheres." A
condição de
eleita mereceu a
sublimação do
amor em sua
pureza de
espírito ao
assumir a
maternidade, o
maior dos
compromissos,
pois recebeu em
seu ventre
aquele que,
entre os
pregadores das
sinagogas,
escribas e
fariseus,
afirmou convicto
de que, quando
Abraão veio ao
mundo, ele,
Jesus, já
existia.
Maria de Nazaré,
quando já estava
vivendo os
últimos momentos
na Terra, suas
mãos ternas e
solícitas
abraçaram na
sombra do luar a
figura de seu
filho amado que
esteve com ela
nesses instantes
derradeiros. Não
conseguiu
dominar o seu
intenso júbilo.
Num ímpeto de
amor, fez um
movimento para
se ajoelhar.
Queria
abraçar-se aos
pés do seu Jesus
e beijá-los com
ternura. Ele,
porém,
levantando-a,
cercado de um
halo de luz
celestial,
ajoelhou-se aos
seus pés e,
beijando-lhe as
mãos, disse em
carinhoso
transporte:
‒ “Sim, minha
mãe, sou eu!...
Venho buscar-te,
pois meu Pai
quer que sejas
no meu reino a
Rainha dos
Anjos”.
Maria cambaleou,
tomada de
inexprimível
ventura. Queria
dizer da sua
felicidade,
manifestar seu
agradecimento a
Deus; mas o
corpo, como que,
se lhe
paralisara,
enquanto aos
seus ouvidos
chegavam os ecos
suaves da
saudação dos
Anjos, qual se a
entoassem mil
vozes
cariciosas, por
entre as
harmonias do
céu.
Assim sendo,
rogando o
auxílio piedoso
da Rainha dos
Anjos,
oferecemos estas
vibrações de
louvor, de
agradecimento e
de amor a todas
as mães,
presentes ou
ausentes
fisicamente do
nosso mundo.
Pela psicografia
de Chico Xavier,
trazemos, de
Francisco Leite
Bittencourt
Sampaio, uma das
fortes colunas
morais da
Doutrina dos
Espíritos, este
soneto
homenageando a
figura materna,
como berço da
vida, na excelsa
presença de
Maria, em:
Súplica à Mãe
Santíssima
"Anjo dos bons e
Mãe dos
pecadores,
Enquanto ruge o
mal, Senhora,
enquanto
Reina a sombra
da angústia,
abre o teu
manto,
Que agasalha e
consola as
nossas dores.
Nos caminhos do
mundo, há treva
e pranto
No infortúnio
dos homens
sofredores,
Volve à Terra
ferida de
amargores
O teu olhar
imaculado e
santo!
Ó Rainha dos
Anjos, meiga e
pura,
Estende tuas
mãos à
desventura
E ajuda-nos,
ainda, Mãe
Piedosa!
Conduze-nos às
bênçãos do teu
porto
E salva o mundo
em guerra e
desconforto,
Clareando-lhe a
noite
tormentosa..."
Referências:
Boa Nova,
de Humberto de
Campos, por
Chico
Xavier.
Mãe,
de Espíritos
diversos, por
Chico Xavier.