A. Por que
a leitura do
pensamento a
distância
(“clarividência
telepática”)
não consegue
abarcar as
recordações
remotas de
incidentes
insignificantes
e já
esquecidos?
Segundo o
entendimento
de Bozzano,
somente as
coisas
pessoais
podem
constituir,
na
subconsciência,
uma série
sistematizada
de
recordações
latentes,
com uma
“tonalidade
vibratória”
suficientemente
viva para
ser
perceptível
aos
sensitivos.
As simples
recordações
longínquas
de
incidentes
insignificantes
e totalmente
esquecidos,
sucedidos a
terceiras
pessoas
conhecidas
do
consulente,
não teriam
essa
“tonalidade
vibratória”.
Estaria aí a
resposta à
pergunta
proposta.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
B. Pode-se
afirmar que
os fenômenos
de
“clarividência
telepática”
são
governados
por leis
indispensáveis
que os
circunscrevem
em limites
bem
definidos e
relativamente
estreitos?
Sim. Mas
Bozzano
reitera sua
posição de
que – nos
comentários
feitos
acerca dos
casos
expostos no
subgrupo
C – ficou
demonstrado
que nas
comunicações
mediúnicas
entre vivos
não se trata
absolutamente
de
“clarividência
telepática”
em que o
médium
surrupiasse
informes às
subconsciências
alheias, mas
sim de
verdadeiras
e próprias
conversações
entre duas
personalidades
integrais
subconscientes.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
C. As
manifestações
mediúnicas
entre vivos
podem
constituir-se
em uma base
inabalável
e
formidável
em favor da
existência e
sobrevivência
da alma?
Sim.
Inabalável
porque os
fatos, sobre
os quais se
funda, são
verificáveis
não só nos
seus
efeitos, mas
igualmente
nas suas
causas, e
formidável
porque as
manifestações
mediúnicas
entre vivos
subentendem
a existência
subconsciente
de uma
personalidade
integral, ou
espiritual,
independente
das leis
biológicas
que governam
o corpo
somático,
inferência
que mais se
fortalece
quando se
consideram
as
manifestações
em exame
cumulativamente
com as
outras
manifestações
inerentes à
subconsciência
humana, como
a
“clarividência
no tempo e
no espaço”,
os fenômenos
de “bilocação”,
as criações
“ideoplásticas”
e a “visão
panorâmica”
no momento
da morte.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
Texto para
leitura
352. Isto
posto,
querendo
tirar-se as
conclusões
que os
fenômenos da
“leitura do
pensamento
nas
subconsciências
alheias”
necessariamente
encerram,
dever-se-á
reconhecer,
em primeiro
lugar, que,
se os
fenômenos em
exame, que
se realizam
com o
sensitivo e
as pessoas
juntas umas
das outras,
podem ser
cientificamente
demonstrados,
contudo isto
se refere,
limitadamente,
a incidentes
ainda
frescos na
mente,
consciente e
subconsciente,
da pessoa.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
353. Fica
entendido
que um
incidente
pode
conservar-se
vivo por
efeito de
sua
realização
recente, ou
porque tenha
ficado
assinalado
numa data
marcante na
mente,
consciente e
subconsciente,
da pessoa.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
354. Repito
que os
fenômenos da
natureza em
questão não
vão além de
tais
condições
mnemônicas
que
predispõem a
pessoa, isto
é, que nunca
se deu o
caso de um
sensitivo
ter
livremente
retirado
informes
insignificantes
e totalmente
esquecidos
na memória
subconsciente
de um
consultante
e ainda
menos que da
subconsciência
do
consultante
tenha tirado
informes
insignificantes
e totalmente
esquecidos
referentes a
terceiras
pessoas por
ele
conhecidas
em épocas
remotas,
como
pressupõem,
constantemente,
os
opositores
da hipótese
espírita.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
355. Tal
impossibilidade
seria de
presumir-se
mesmo a
priori,
visto que
somente as
coisas
pessoais
podem
constituir,
na
subconsciência,
uma série
sistematizada
de
recordações
latentes,
com uma
“tonalidade
vibratória”,
para assim
nos
expressarmos,
suficientemente
viva para
ser
perceptível
aos
sensitivos.
As simples
recordações
longínquas
de
incidentes
insignificantes
e totalmente
esquecidos,
sucedidos a
terceiras
pessoas
conhecidas
do
consulente,
não poderiam
ter essa
“tonalidade
vibratória”.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
356. Em
segundo
lugar,
deve-se
afirmar o
mesmo, e com
maior razão,
a respeito
dos
fenômenos de
leitura do
pensamento
a
distância
(clarividência
telepática),
fenômenos
que, por sua
vez, podem
ser
considerados
cientificamente
averiguados,
conquanto se
realizem
raramente em
comparação
com os
primeiros,
em que o
sensitivo e
a pessoa
estão
juntos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
357.
Ademais,
compreende-se,
como mais do
que nunca se
deve
observar a
respeito,
que não se
conhecem
exemplos em
que um
sensitivo
tenha
retirado,
das
subconsciências
de pessoas
distantes,
informes
insignificantes
e
esquecidos,
ocorridos à
pessoa em
épocas
remotas e
muito menos
ainda
informes
insignificantes
e totalmente
esquecidos
referentes a
terceiros
conhecidos
no passado
pela pessoa.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
358. À vista
do exposto,
mais do que
nunca se
deve repetir
agora que os
fenômenos de
“clarividência
telepática”
são
governados
por leis
indispensáveis
que os
circunscrevem
em limites
bem
definidos e
relativamente
estreitos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
359. A
propósito,
relembro
que, nos
comentários
aos casos
expostos no
subgrupo
C, ficou
demonstrado
que, de
qualquer
modo, nas
comunicações
mediúnicas
entre vivos,
não se trata
absolutamente
de
“clarividência
telepática”
em que o
médium
surrupiasse
informes às
subconsciências
alheias, mas
sim de
verdadeiras
e próprias
conversações
entre duas
personalidades
integrais
subconscientes.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
360. Depois
disso, nos
mesmos
comentários,
foram
comparadas
as
comunicações
mediúnicas
entre vivos
com as
comunicações
análogas
obtidas dos
mortos,
fazendo
salientar a
absoluta
identidade
delas, visto
que estas
últimas são
obtidas, na
sua imensa
maioria, com
o auxílio da
“psicografia”
e sob a
forma de
conversação,
do mesmo
modo que as
comunicações
entre vivos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
361. Resulta
daí que, se
no primeiro
caso se
chega à
certeza
científica
com relação
ao fato de
que as
manifestações
de vivos,
longe de
consistirem
em efêmeras
personalidades
sonambúlicas,
são
autênticas
personalidades
de vivos,
então
deve-se
concluir em
sentido
idêntico,
nas
manifestações
de mortos
que provem
as suas
identidades,
fornecendo
informes
pessoais
ignorados
por todos os
presentes.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
362.
Chegados a
este ponto,
fizemos
notar que
aos
opositores
restava uma
única
argumentação
para
confirmarem
e era a de
que, se as
comunicações
mediúnicas
entre vivos
se
realizavam
em forma de
conversação
entre duas
personalidades
subconscientes,
isto não
excluía que
os médiuns
pudessem
igualmente
retirar de
terceiras
pessoas
afastadas,
sob essa
forma,
informes que
forneciam em
nome dos
supostos
espíritos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
363. A tal
argumentação,
respondemos
observando
que a ela se
opunha,
acima de
tudo, a
grande lei
da “relação
psíquica”,
que é
impossível
de ser
estabelecida
com pessoas
afastadas e
desconhecidas
do médium e
dos
presentes, o
que fica
provado
pelos
processos da
análise
comparada
aplicados às
manifestações
telepáticas
e
clarividentes,
impossibilidade
essa que
deveria ser
considerada,
ao
contrário,
muitíssimo
possível, a
fim de
chegar a
explicar, de
algum modo,
o montante
de casos de
identificação
pessoal de
mortos, sem
admitir a
hipótese
espírita.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
364. Depois
acrescentemos
que a ela se
contrastava
o outro fato
de que, se a
objeção em
exame
tivesse
fundamento,
então o
automatismo
psicográfico,
no que tem
de
automatismo,
deveria
transcrever,
inevitavelmente,
as respostas
obtidas das
personalidades
que dão os
informes aos
vivos
distantes,
visto que as
manifestações
mediúnico-psicográficas
consistem
nisso e em
nada mais do
que isso e,
portanto,
deveriam
trair a
origem
“telemnésica”
dos
presumidos
episódios de
identificação
espírita.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
365. Estas
observações
chegam a
condições
resolutivas
a cujas
consequências
os
opositores
não têm
meios de
subtrair-se,
levando-se
em conta
que, se os
casos de
identificação
pessoal dos
vivos, em
sua grande
maioria, são
obtidos por
meio da
“psicografia”
e da “tiptologia”,
do mesmo
modo que nos
casos de
identificação
pessoal dos
vivos, então
o que fica
cientificamente
demonstrado
com respeito
às
manifestações
dos vivos
deve estar
cientificamente
demonstrado
com respeito
às
manifestações
dos mortos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
366. Depois
do que fica
dito acima,
é quase
inútil
observar
que, do
ponto de
vista
científico,
deve ser
excluída, de
modo
absoluto, a
possibilidade
teórica de
explicar,
pela
clarividência
telepática,
entrando
pela
telemnesia,
os casos em
que as
personalidades
dos mortos
comunicantes
fornecem
informes
insignificantes
e ignorados
sobre a sua
vida térrea,
possibilidade
teórica que
deve ser
excluída
porque não
existem
manifestações
supranormais
que a
confirmem,
enquanto que
existem
numerosas
manifestações
de ordem
análoga que
a
contradizem.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
367. Além
disso, deve
ser excluída
porque se
revela
inconciliável
com as
modalidades
de
realização
das
manifestações
em exame e,
finalmente,
deve ser
excluída
porque é
igualmente
inconciliável
com a lei
fatal da
“relação
psíquica”. E
tudo isto
basta para a
demolição de
qualquer
hipótese.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
368. Uma vez
desocupado o
terreno com
a retirada
das
hipóteses
insustentáveis,
então surge,
em toda a
sua
evidência, o
grande valor
teórico das
“comunicações
mediúnicas
entre
vivos”, as
quais
apresentam
sobre as
comunicações
análogas dos
mortos, a
imensa
vantagem de
se prestarem
a fornecer
inferências
teóricas
incontestáveis,
porquanto
são baseadas
em dados de
fatos
verídicos e
completos,
fornecendo a
possibilidade
de edificar,
sobre
fundamentos
solidíssimos,
a nova
Ciência da
alma. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
369. Ora, se
pela força
das
manifestações
mediúnicas
entre vivos
somos
forçados a
admitir que,
entre duas
personalidades
integrais
subconscientes,
podem
desenrolar-se
conversações
espirituais
a qualquer
distância,
então com
isto vem-se
a criar uma
base
inabalável e
formidável
em favor da
existência e
sobrevivência
da alma.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
370. Digo
inabalável
porque os
fatos, sobre
os quais se
funda, são
verificáveis
não só nos
seus
efeitos, mas
igualmente
nas suas
causas, e
formidável,
porque
apenas
encontrado
um
fundamento
teórico de
tanta
solidez,
então a
inferência
de que as
manifestações
mediúnicas
entre vivos
subentendem
a existência
subconsciente
de uma
personalidade
integral, ou
espiritual,
independente
das leis
biológicas
que governam
o corpo
somático,
torna-se a
dita
inferência
uma
necessidade
lógica
igualmente
irrefutável,
tanto mais
quando se
considerem
as
manifestações
em exame
cumulativamente
com as
outras
manifestações
inerentes à
subconsciência
humana, como
a
“clarividência
no tempo e
no espaço”,
os fenômenos
de “bilocação”,
as criações
“ideoplásticas”
e a “visão
panorâmica”
no momento
da morte.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
371. Uma vez
admitida a
existência
subconsciente
de uma
entidade
espiritual e
integral,
capaz de
existir, de
agir e de
pensar
independentemente
dos laços da
matéria,
deste ponto
até
admitir-se-lhe
a
sobrevivência
à morte do
corpo não há
senão um
breve passo,
inspirado
antes de
tudo pelo
complexo das
manifestações
indicadas,
mas depois
tornado
necessário
pela
existência
das
correspondentes
manifestações
de mortos
que fornecem
informes
pessoais em
tudo
conformes
com os
fornecidos
pelos vivos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
372. Em
outras
palavras,
uma vez
provado que
as
personalidades
dos vivos
que se
comunicam
mediunicamente,
longe de
serem
personificações
efêmeras de
ordem
onírico-sonambúlica,
são os
espíritos
dos vivos
em cujo nome
se
manifestam,
e uma vez
demonstrado
que a
“telemnesia”
não existe,
então
dever-se-á
concluir em
igual
sentido
quanto aos
espíritos
de mortos,
toda vez que
provem, com
fatos, a sua
identidade
pessoal.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo F)
373.
Conclusões
– Chegados
ao fim desta
longa
classificação,
convém
lançar um
olhar
retrospectivo
às etapas
ascensionais
percorridas,
para depois
nos determos
a discutir
as questões
teóricas de
ordem
particular e
geral que
derivam da
mesma
classificação.
Vimos que os
fenômenos
das
“manifestações
mediúnicas
entre vivos”
se dividem
em duas
grandes
categorias,
na primeira
das quais
figuram as
mensagens
obtidas
quando o
agente e o
percipiente
estão longe
um do outro.
(Conclusões)
374. A
primeira
categoria,
que é
análoga,
quanto aos
fatos, aos
fenômenos de
“leitura de
pensamento”,
salvo a
circunstância
de que as
manifestações
do gênero se
realizam
mediunicamente,
varia muito
pouco nas
modalidades
pelas quais
se
manifesta,
de sorte que
bem pouco
tivemos que
observar a
respeito,
porquanto os
referidos
casos
apresentaram
ocasião para
formular
considerações
importantes
sobre a
gênese
presumível
de algumas
mistificações
anímicas que
se dão nas
comunicações
mediúnicas
entre vivos,
como também
sobre a
natureza
presumível
do “controle
mediúnico”,
o qual
consistiria,
quase
sempre, na
transmissão
telepática
do
pensamento e
não em uma
posse
temporária
do organismo
do médium
pelo
espírito
comunicante.
(Conclusões)
375.
Conclui-se,
portanto,
que os
fenômenos
examinados
trazem uma
primeira
indução a
favor da
autenticidade
das
comunicações
mediúnicas
com os
mortos, pois
que, se a
vontade de
um vivo
chega a
ditar
mentalmente
uma carta
inteira,
palavra por
palavra,
servindo-se
do cérebro e
da mão de
outrem (caso
3), então
não se pode
mais negar a
possibilidade
de que as
personalidades
dos mortos
transmitam
as suas
mensagens,
exercendo
telepaticamente
a vontade
sobre o
cérebro e a
mão do
médium.
(Conclusões)
376.
Enquanto os
fenômenos de
tal natureza
abalavam os
fundamentos
da hipótese
das
“personificações
subconscientes”,
pela qual
todas as
personalidades
que se
manifestam
no domínio
mediúnico
não seriam
mais do que
efêmeras
personificações,
ou
mistificações
onírico-sonambúlicas
da
subconsciência,
casos como
estes em
exame
demonstram a
origem
positivamente
extrínseca
das
manifestações
de mortos.
(Conclusões)
(Continua no
próximo
número.)