A leitora Yolanda Garcia da
Silveira, em mensagem
publicada na seção de Cartas
desta edição, diz-nos o
seguinte:
Há alguns países cuja
legislação autoriza que o
governo exerça um controle
de natalidade rigoroso.
Perguntamos: Diante das leis
divinas, essa prática gera
algum comprometimento
espiritual? E para as
famílias que moram nesses
países, a medida ocasiona
algum prejuízo de natureza
espiritual?
Se o chamado Planejamento
Familiar é algo
compreensível e
perfeitamente aceito pelos
instrutores espirituais, o
mesmo não se pode dizer
quanto ao Controle de
Natalidade.
Com referência do
Planejamento Familiar,
Joanna de Ângelis legou-nos
no seu livro Após a
Tempestade, cap. 10,
psicografado pelo médium
Divaldo Franco, um texto que
vale a pena ser lido e
meditado.
O homem – assevera Joanna –
pode e deve programar a
família que deseja e lhe
convém ter, o número de
filhos que considere ideal,
bem como o período propício
para a maternidade; contudo,
jamais se eximirá aos
imperiosos resgates a que
faz jus, tendo em vista o
seu próprio passado.
Os filhos não são
realizações fortuitas.
Procedem de compromissos
aceitos antes da
reencarnação pelos futuros
genitores, de modo a
edificarem a família de que
necessitam para a própria
evolução.
É, pois, lícito aos casais
adiar a recepção de
Espíritos que lhes são
vinculados, impossibilitando
mesmo que reencarnem por seu
intermédio. As Soberanas
Leis da Vida dispõem, porém,
de meios para fazer que
aqueles rejeitados venham
por outros processos à porta
dos seus devedores ou
credores, em circunstâncias
talvez mui dolorosas,
complicadas pela
irresponsabilidade dos
cônjuges que ajam com
leviandade, em flagrante
desconsideração aos códigos
divinos.
O Controle da Natalidade
tem, como sabemos, outro
objetivo, pois diz respeito
à intervenção de organismos
oficiais no sentido de deter
ou estimular a expansão
demográfica, por razões
econômicas ou políticas,
como ocorreu, ao longo da
história, em países como a
China.
Allan Kardec formulou a
seguinte pergunta aos
Espíritos: “São contrários à
lei da Natureza as leis e os
costumes humanos que têm por
fim ou por efeito criar
obstáculos à reprodução?”.
Responderam os imortais:
“Tudo o que embaraça a
Natureza em sua marcha é
contrário à lei geral” (O
Livro dos Espíritos,
questão 693).
No livro Entrevistas,
pergunta 102, assevera
Emmanuel: “Não acreditamos
que a coletividade humana
esteja, por enquanto,
habilitada espiritualmente a
controlar o renascimento na
Terra sem prejudicar
seriamente o desenvolvimento
da lei de provas
purificadoras”.
Em face dos ensinamentos
acima, tão claros em suas
premissas, seria melhor que
ninguém – nem os casais e
nem os governantes –
opusesse obstáculos à volta
dos Espíritos a um corpo de
carne, pois o espírita não
ignora a importância do
processo reencarnatório no
progresso dos Espíritos e do
mundo em que vivemos.
O Controle de Natalidade
impõe, pois, sem dúvida
nenhuma, sério entrave às
pessoas por ele atingidas e
constitui um ponto negativo
na vida de todos aqueles que
forem responsáveis por sua
aplicação, sujeitando-os a
sanções que muito lamentarão
no futuro.
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