Da série de erros frequentes
no uso do idioma português,
eis mais cinco exemplos:
1.
Algumas estatais, como a
Petrobras, foram
praticamente saqueadas
nesses últimos anos.
O correto: Algumas estatais,
como a Petrobras, foram
praticamente saqueadas
nestes últimos anos.
Explicação: Em frases assim,
em que o demonstrativo se
refere ao tempo presente,
aos anos em que ainda nos
encontramos, o correto é
usar “neste”, em vez de
“nesse”.
2.
Como disse-te no último
encontro, vou mudar-me para
Portugal.
O correto: Como te disse
no último encontro, vou
mudar-me para Portugal.
Explicação: O vocábulo
“como” atrai o pronome
oblíquo te.
3. Nós estávamos ali e tudo
assistimos, sem nada
podermos fazer.
O correto: Nós estávamos ali
e a tudo assistimos,
sem nada podermos fazer.
Explicação: No sentido de
ver, presenciar, o verbo
“assistir” pede objeto
indireto.
4. Então, o que faremos com
o homem?
O correto: Então, que
faremos com o homem?
Explicação: O pronome
interrogativo “que” dispensa
o “o” que o antecede na
frase citada. Napoleão
Mendes de Almeida diz-nos no
seu Dicionário de
Questões Vernáculas, p.
257, que não cabe em tais
interrogações função
sintática nenhuma à palavra
“o”. A palavra “que” exerce,
por si e bastante, a função
de pronome interrogativo.
5. Em homenagem à Nossa
Senhora, fui em romaria a
Aparecida.
O correto: Em homenagem a
Nossa Senhora, fui em
romaria a Aparecida.
Explicação: Antes de
determinadas personalidades,
como Nossa Senhora, não cabe
artigo e, portanto, não se
justifica a crase. Confira
no texto “Casos em que não
se usa a crase” -
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1656133
*
Um leitor pergunta-nos qual
o significado de
recôncavo.
Trata-se um substantivo
masculino com os seguintes
significados: cavidade
funda, enseada; gruta,
antro, cavidade entre
rochedos.
Recôncavo baiano é o nome da
região geográfica localizada
na Bahia em torno da Baía de
Todos-os-Santos, abrangendo
não só o litoral mas também
toda a região do interior
circundante à Baía.